OBRIGAÇÕES CORTÁZAR...
O insone está me cobrando todas as coisas que nunca lhe disse...
Vírgula 21 de Abril, 23:55 hs a frase ressurge em minha cabeça e me afasta do ambiente circundante onde estou sentado num bar de Nova Córdoba tomando um Gin Tonic de frutas vermelhas entre as cerejas, aranhas e as moras convivem duas pastilhas de Rivotril anaranjadas que pus e se vão dissolvido procurando aportar essa tranquilidade que procura minha psiquis. Sobre uma mesa de Guayuriba, com vetas de cores escuras e claras, marcando esta nova tendência comunitária que busca allanar o caminho para integrar desconhecidos, estou sentado, observando lampadas quentes, puestas sobre colgantes de estilo industrial que logram um ambiente muito agradável e sobre a parede habitam quadros dos mais ilustres exponentes do rock, pendurados, mudos testemunhas da noite. A música, um pouco alta, mas sem ser uma molestia para sobreviver uma conversa, vejo que uma grande janela deixa entrever a chuva querendo ser parte dessa noite e de maneira sutil, se apresenta nas primeiras gotas, justamente entre elas, te vi entrar, passaste rápido entre a gente e apoiaste o seu celular na mesa, muito perto de mim, com um gesto alocado, chamaste o garçom e pediste um negroni, coisa que me chama muito a atenção, pois não é o típico trago em moda , note como mirabas o telefone e mandavas mensagens, mas parecia ser que sem respostas, passados alguns minutos, te note mais nervosa, embora tararebas, arde! A cidade, da mancha, que estava sonando de fundo ….arde a cidade, chove em tua mirada cinza, a gente festeja e volta a rir….-não vai vir. Perguntei-te. Me olhaste como com bronca – estou esperando uma amiga! Respondeu-me cortante – imagino que disse e ato seguido, comente.Era vamos sem procurarmos, mas sabendo que era vamos para nos encontrar supôs escrever Cortázar
Creio que lá há logrei captivar um pouco mais tua curiosidade, pelo menos, não saíste em busca de outro lugar, com uma leve sorrisa me perguntaste – você também espera a alguém. -não! te respondi, eu estou escapando um pouco do meu insônia. Como estás, Mariano me chama. -olá Mariano, eu sou Sofi e o insônia por quê? -o insônia está me cobrando uma montanha de coisas que nunca disse, mas nem avançar nisso, há que ver o lado positivo, você com seu Negroni eu com meu gim, há algo que é seguro. Ah lá pusiste uma cara -que é seguro. -eu, é seguro que não vou te aborrecer, olha fazemos um trato, eu te converso, te distraio e te faço esquecer do salame aquele que não te está respondendo os mensagens e você me acompanha nesta noite, que ia ser difícil de transitar para mim e te prometo que, não vou te pedir o número, nem o Instagram, nem saber de qual signo você é ou se trabalha ou estuda, todos esses lugares comuns, me aborrem. Eu prefiro descobrir-te na conversa, passar um momento diferente. -vejo que você é bastante caradura. -não, para nada, é mais bastante tímido, mas o disimulo muito bem.
Aqui você riu e tomou um pouco do seu copo e voltou a verificar o celular, olhando para si disse: posso dizer-lhe alguma coisa, que? Respondeu -O melhor que alguém pode fazer por você, é decepcioná-lo à tempo, porque a decepção é o único que tira as venda dos olhos e muitas vezes do coração.Você ficou pensando, vi que guardaste o celular e olhando de esguelha, franziste um pouco o nariz e soltaste um leve suspiro. -não vale a pena, eu disse, mas tenta aproveitar este momento em que estamos passando, esquece um pouco tudo, a mim me costuma dar muito resultado.
-Fique atento a uma coisa, já consegui conhecer algumas coisas sobre você. Por exemplo, gosta de ler, ou está relacionada com o mundo das letras, porque se bem, te cito um clássico,RabaladaNão todos o têm muito presente, além imagino que você não nasceu em Córdoba cidade, é mais do interior, veio estudar aqui,- e isso como sabes…-porque o Negroni que pediste, é um clássico mais do interior, Rio IV, Rio 3, -Villa María, me contestaste. Arranque com psicopedagogia, mas termine fazendo advocacia. -Te dás conta, eu passei por advocacia, mas termine fazendo martelheiro e corredor imobiliário, mas minha verdadeira paixão está no design e entreter morochas lindas nos bares, ahí sou de melhor. -A verdade é que você é um personagem, agora conte-me sobre seu insônia que me deixou com dúvida.
-Como eu disse, o insônia nos cobra as coisas que não dizemos, o orgulho resulta ser um mau conselheiro, não naturalizamos o pedir perdão, desculpas ou então tens razão, ou eu estava errado, e todas essas coisas, em algum momento te passam conta. -O seu vem de desamor, perguntei-te. E o seu de abandono retruquei, ato seguido pedi outro gin e outro negroni. -Conheces Maria Maria, Sofi? -Sim, é óbvio. -Bom, em meia hora toca uma banda amiga minha, acompanharei-te? -Dale. Terminamos os tragos e caminhamos apenas 4 quadras, até chegar a Maria, a chuva muito tenue, foi cúmplice para obrigarnos a caminhar mais juntos, uma vez no lugar, a banda já sonava e nos pusimos a dançar um pouco, relaxados. -Vou à barra, trago algo, perguntei-te – Te acompanharei. A barra de Maria explodia de gente, encontrei um espaço e metemos, pedimos dois absolutos de pera, por momentos a gente nos cutucava e nesse vaivém nos encontramos beijando-nos, sem que nos importasse nada, parecia que o mundo se detinha e todo meu insônia e todo seu abandono ficaram em outro plano. Perto das seis da manhã, disse-te: não quero saber o seu número, nem o seu Instagram, quero esperarte amanhã às 11, em Santa Lucia, bairro General Paz, eu te convido ao desjejum, você me convida a madrugada. Beijaste profundamente e escutei até amanhã... continuar
O insone está me cobrando todas as coisas que nunca lhe disse...
Vírgula 21 de Abril, 23:55 hs a frase ressurge em minha cabeça e me afasta do ambiente circundante onde estou sentado num bar de Nova Córdoba tomando um Gin Tonic de frutas vermelhas entre as cerejas, aranhas e as moras convivem duas pastilhas de Rivotril anaranjadas que pus e se vão dissolvido procurando aportar essa tranquilidade que procura minha psiquis. Sobre uma mesa de Guayuriba, com vetas de cores escuras e claras, marcando esta nova tendência comunitária que busca allanar o caminho para integrar desconhecidos, estou sentado, observando lampadas quentes, puestas sobre colgantes de estilo industrial que logram um ambiente muito agradável e sobre a parede habitam quadros dos mais ilustres exponentes do rock, pendurados, mudos testemunhas da noite. A música, um pouco alta, mas sem ser uma molestia para sobreviver uma conversa, vejo que uma grande janela deixa entrever a chuva querendo ser parte dessa noite e de maneira sutil, se apresenta nas primeiras gotas, justamente entre elas, te vi entrar, passaste rápido entre a gente e apoiaste o seu celular na mesa, muito perto de mim, com um gesto alocado, chamaste o garçom e pediste um negroni, coisa que me chama muito a atenção, pois não é o típico trago em moda , note como mirabas o telefone e mandavas mensagens, mas parecia ser que sem respostas, passados alguns minutos, te note mais nervosa, embora tararebas, arde! A cidade, da mancha, que estava sonando de fundo ….arde a cidade, chove em tua mirada cinza, a gente festeja e volta a rir….-não vai vir. Perguntei-te. Me olhaste como com bronca – estou esperando uma amiga! Respondeu-me cortante – imagino que disse e ato seguido, comente.Era vamos sem procurarmos, mas sabendo que era vamos para nos encontrar supôs escrever Cortázar
Creio que lá há logrei captivar um pouco mais tua curiosidade, pelo menos, não saíste em busca de outro lugar, com uma leve sorrisa me perguntaste – você também espera a alguém. -não! te respondi, eu estou escapando um pouco do meu insônia. Como estás, Mariano me chama. -olá Mariano, eu sou Sofi e o insônia por quê? -o insônia está me cobrando uma montanha de coisas que nunca disse, mas nem avançar nisso, há que ver o lado positivo, você com seu Negroni eu com meu gim, há algo que é seguro. Ah lá pusiste uma cara -que é seguro. -eu, é seguro que não vou te aborrecer, olha fazemos um trato, eu te converso, te distraio e te faço esquecer do salame aquele que não te está respondendo os mensagens e você me acompanha nesta noite, que ia ser difícil de transitar para mim e te prometo que, não vou te pedir o número, nem o Instagram, nem saber de qual signo você é ou se trabalha ou estuda, todos esses lugares comuns, me aborrem. Eu prefiro descobrir-te na conversa, passar um momento diferente. -vejo que você é bastante caradura. -não, para nada, é mais bastante tímido, mas o disimulo muito bem.
Aqui você riu e tomou um pouco do seu copo e voltou a verificar o celular, olhando para si disse: posso dizer-lhe alguma coisa, que? Respondeu -O melhor que alguém pode fazer por você, é decepcioná-lo à tempo, porque a decepção é o único que tira as venda dos olhos e muitas vezes do coração.Você ficou pensando, vi que guardaste o celular e olhando de esguelha, franziste um pouco o nariz e soltaste um leve suspiro. -não vale a pena, eu disse, mas tenta aproveitar este momento em que estamos passando, esquece um pouco tudo, a mim me costuma dar muito resultado.
-Fique atento a uma coisa, já consegui conhecer algumas coisas sobre você. Por exemplo, gosta de ler, ou está relacionada com o mundo das letras, porque se bem, te cito um clássico,RabaladaNão todos o têm muito presente, além imagino que você não nasceu em Córdoba cidade, é mais do interior, veio estudar aqui,- e isso como sabes…-porque o Negroni que pediste, é um clássico mais do interior, Rio IV, Rio 3, -Villa María, me contestaste. Arranque com psicopedagogia, mas termine fazendo advocacia. -Te dás conta, eu passei por advocacia, mas termine fazendo martelheiro e corredor imobiliário, mas minha verdadeira paixão está no design e entreter morochas lindas nos bares, ahí sou de melhor. -A verdade é que você é um personagem, agora conte-me sobre seu insônia que me deixou com dúvida.
-Como eu disse, o insônia nos cobra as coisas que não dizemos, o orgulho resulta ser um mau conselheiro, não naturalizamos o pedir perdão, desculpas ou então tens razão, ou eu estava errado, e todas essas coisas, em algum momento te passam conta. -O seu vem de desamor, perguntei-te. E o seu de abandono retruquei, ato seguido pedi outro gin e outro negroni. -Conheces Maria Maria, Sofi? -Sim, é óbvio. -Bom, em meia hora toca uma banda amiga minha, acompanharei-te? -Dale. Terminamos os tragos e caminhamos apenas 4 quadras, até chegar a Maria, a chuva muito tenue, foi cúmplice para obrigarnos a caminhar mais juntos, uma vez no lugar, a banda já sonava e nos pusimos a dançar um pouco, relaxados. -Vou à barra, trago algo, perguntei-te – Te acompanharei. A barra de Maria explodia de gente, encontrei um espaço e metemos, pedimos dois absolutos de pera, por momentos a gente nos cutucava e nesse vaivém nos encontramos beijando-nos, sem que nos importasse nada, parecia que o mundo se detinha e todo meu insônia e todo seu abandono ficaram em outro plano. Perto das seis da manhã, disse-te: não quero saber o seu número, nem o seu Instagram, quero esperarte amanhã às 11, em Santa Lucia, bairro General Paz, eu te convido ao desjejum, você me convida a madrugada. Beijaste profundamente e escutei até amanhã... continuar
1 comentários - Obrigado Cortazar