Sedução Intrusa

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Sedução Intrusa




Capítulo 06.

Fantasmas.

Erika e Siara estavam no salão de aulas, sem prestar muita atenção ao que o professor estava dizendo. Falavam entre si em susurros, trocando ideias para ajudá-las a continuar com a investigação sobre o caso de Dalma. Estavam num beco sem saída. A única alternativa que lhes ocorria era que Xamira continuasse compartilhando momentos íntimos com Alexis, e assim poder sacar mais informações.
Nós não podemos pedir para Xamira voltar a fazer algo assim ―disse Siara, em voz baixa. Erika estava sentada à sua direita, fazendo rabiscos no seu caderno―. Somente vamos recorrer a isso se esgotarmos todas as opções.
―E se contratar alguém para bater-lhe a informação?
Não sejas boba, Erika!
O professor José María Carrasco, que lhes ensinava estatística, fulminou-os com o olhar. Era sabido que a ele não gostava que os alunos falassem em aulas. Siara e Erika se endireitaram e fingiram prestar atenção durante alguns minutos. No entanto, o tema começou a interessar-lhe a Siara, o professor Carrasco não estava falando sobre algum tema aborrecido relacionado à estatística. Estava contando a história de um tipo que havia estafado a diferentes Obras Sociais Prepagas fazendo-se passar por sócio das mesmas com documentação falsa. Dessa forma conseguia dinheiro que, supostamente, era para cobrir tratamentos médicos. De que forma o atraparam? Fizeram-se perguntas todos na classe.
A polícia suspeitou que o indivíduo devia ter um médico amigo que se encarregasse de assinar alguns documentos e receitas.
―Então foi fácil ―disse uma aluna―. Só tinham que agarrar aquele médico.
Sim, mas não sabiam quem era nem onde trabalhava. O que os levou a pensar que aquele médico na verdade não existia, e se tratava de outra falsificação de documentos. No entanto, a pessoa que fazia essas estafas sabia muito sobre os métodos que utilizam as obras sociais para pagar a cobertura por tratamentos médicos.
―Era assim alguém que trabalhava dentro de uma das obras sociais? ―Perguntou Nicolás, um aluno magro e baixo com grandes orelhas.
Tudo parecia apontar para isso ―disse José Maria Carrasco, caminhando lentamente de um lado para outro, frente aos seus alunos―. Talvez até poderia ser um médico aposentado que agora trabalhava em uma obra social. Essa era a teoria mais forte. Mas qual era seu nome real? Como se faz para atrapar um fantasma? ―Todos os alunos se miraram entre si e se encolheram de ombros. Siara e Erika estavam com todos os sentidos postos no professor―. A chave é não buscar o fantasma, sim suas pegadas. Por onde se move? Em que lugar realiza suas operações? A quem recorre quando precisa ajuda? Qualquer informação que responda essas perguntas pode levar à resolução do mistério, sem necessidade de saber quem é essa pessoa. E isso foi o que fez a polícia. Deixaram de buscar o fantasma e se concentraram em suas pegadas. Rastrearam todas as Obras Sociais que suspeitassem de casos de estafa similares. Analizaram cada pista, embora os nomes fossem diferentes. Assim chegaram à conclusão de que alguém estava falsificando muitos documentos, inclusive títulos médicos.
Sólo tinham que encontrar o falsário ―disse Siara.
―Assim é. Essa era a chave. O estafador não podia trabalhar sem alguém que se encarregasse da documentação… a menos que fosse ele mesmo. De todas formas, a polícia agora tinha a certeza de que alguém trabalhava nessas falsificações e que talvez não estivessem procurando um só fantasma, mas sim muitos. Gente que se aproveitava de algum erro no sistema, comprava documentos falsos, e luego os usava para se fazer passar por sócio dessas Prepagas. E imaginam como apanharam este falsificador?
―Eles descobriram onde eu morava? ―Perguntou uma aluna.
―Não respondeu Carrasco.
Eles descobriram seu nome ―disse Nicolau.
Também não.
Eles solicitaram seus serviços ―respondeu Siara―. Alguém da polícia trabalhou à paisana e solicitou documentação falsa. Certamente foi seguindo boatos da gente até dar com a pessoa certa.
―Assim é ―Carrasco sorriu e se ajustou os óculos. Instintivamente Siara fez o mesmo―. Quando este oficial da polícia se reuniu com o falsificador, já lhes tinham preparada uma armadilha. O detiveram naquele mesmo dia. Assim confirmaram o que suspeitavam: não havia um único fantasma. Eram muitos, mais de dez. Como fizeram para descobrir os nomes dessas pessoas?
―O falsificador mantinha um registro? ―Perguntou Claudia, uma aluna tímida, que normalmente não falava, mas o tema a tinha fascinado.
―Não acredito. Um bom criminoso não devia manter registro de suas atividades delitivas ―disse Natacha, uma garota magra de olhos cinzentos e cabelo negro que participava pouco nas aulas, mas quando o fazia costumava fazer comentários precisos. O professor Carrasco assentiu com a cabeça.
Contrataram-no na polícia, respondeu Erika. Isso eu vi em um filme com Leo DiCaprio, sobre um falsário. A polícia está muito interessada no que esses tipos podem fazer, é por isso que às vezes os contratam.
―Exatamente ―Carrasco voltou a sorrir―. Lhes ofereceram um trabalho legal muito bem pago... a troco dos nomes dos fantasmas. O falsificador aceitou... e sim, alguns dirão que tinha pouca integridade. Afinal e ao cabo delatou seus próprios clientes; mas...
Era um sobrevivente --disse Siara--. Fez o necessário para continuar com uma vida confortável.
―Isso parece. Além disso, a polícia teve muito bem contar com um especialista na matéria. Diz-se que esse mesmo falsificador ajudou a resolver mais de doiscentos casos semelhantes, em pequena e grande escala. Por isso é importante pensar fora dos esquemas. Às vezes um abordagem direta aos problemas não te serve de nada. É preciso buscar uma alternativa mais inteligente. Encarar o assunto desde outra perspectiva. Mas bem, não me quero estender muito sobre este tema. A aula devia ter terminado há cinco minutos. Pode-se retirar.
Como se tivesse disparado um tiro, todos os alunos puseram-se de pé imediatamente, agarraram suas coisas e saíram dali à toda velocidade. Excepto Siara e Erika. Elas ficaram sentadas no seu lugar, pensando no que o professor havia dito. Quando ele também se foi e elas ficaram sozinhas na sala, Erika disse:
Eu gosto do professor Carrasco. Ele é um dos poucos que não passa a maior parte da aula olhando para as minhas tetas.
Isso é verdade —disse Siara—. Nunca o surpreendi olhando para mim de forma inadequada. Coisa que não posso dizer da maioria dos professores.
―Você ficou pensando no que ele disse sobre os fantasmas?
Sí... foi muito interessante. E acho que já sei como podemos avançar com nossa investigação.
―Eh sim? Conte-me. O que lhe ocorreu?
―Temos que falar com minha mãe. Ela pode nos ajudar nesse assunto.
―Você é sua mãe? Mas como?
Vou-te contar quando falarmos com ela. Vamos, pois à essa hora ela costuma estar em casa.

Nada

Quando Erika viu a mãe de Siara ficou fascinada com sua elegância, apesar de a ter visto muitas vezes antes. Mas esse era o efeito que Verónica LeClerc costumava causar nas pessoas. Llevava um vestido negro ajustado que realçava a pequenez da cintura e o volume dos seios. Evidentemente Siara herdou o busto da mãe. Verónica tinha o cabelo tão negro quanto o da filha, mas o levava num corte carré assimétrico. Erika sempre pensou que Siara devia cortar o cabelo assim, lhe ficaria perfeito. Opinava que o corte que ela agora tinha era demasiado... simétrico, sem graça. Demasiado estruturado. Em vez disso, Verónica parecia se sentir confortável ao mostrar ao mundo que ela não era uma mulher comum e corrente. Seus anéis de diamantes clamavam isso a gritos. E sim, eram diamantes reais.
Verônica estava de pé frente ao seu escrito, olhando desenhos de roupas, parecia não ser capaz de se decidir por um.
―Olá, mãe ―saudou Siara―. Necessitamos a sua ajuda com alguma coisa.
―Quanto você precisa? ―Perguntou Verónica, sem levantar a cabeça.
Não preciso dinheiro —Siara pareceu ofendida pela pergunta da sua mãe—. Só preciso que me faças um pequeno favor.
Esta vez Verónica levantou a cabeça e mirou para sua filha nos olhos.
―O que é isso?
Bem, estava pensando... você é uma designer de moda e faz muitas sessões de fotos. Poderias chamar uma casa de fotografia em particular e perguntar-lhe sobre os estúdios que usam? A você responderiam logo, na cidade todos te conhecem.
―E por que faria isso? Já tenho um bom lugar para tirar fotos...
Eu sei, mas não é necessário que use isso. Só preciso das direções dos estúdios que trabalham com essa casa de fotografia.
―Por que você precisa disso?
É um... projeto escolar. Só preciso disso. Nada mais.
―Mmm... Sabias que as mães têm um sexto sentido para saber quando nossas filhas não estão sendo inteiramente sinceras? Mas bem, eu te conheço bem e confio na tua critério. Se precisares dessa informação, deve ser por uma boa razão. Vou fazer... mas com uma condição.
―A qual você quiser ―disse Siara.
Não digas isso, porque não depende apenas de você. Erika também tem que estar de acordo.
―Who am I? ―Erika asked, confused.
Sim. As duas. Tenho novos desenhos que gostaria de testar... e acho que vocês seriam as modelos perfeitas.
Ai, mãe... eu disse mil vezes que não gosto de modelo.
―Não estou lhes pedindo que subam a uma passarela. Só que se provem os conjuntos e façamos algumas fotos. São desenhos sem terminar, preciso vê-los em pessoas reais, para saber quais alterações tenho que fazer-lhe. Além disso, Erika sempre traz boas ideias.
―Obrigada ―disse Erika, com um grande sorriso―. A mim vai me encantar ajudar-te. Me encanta o design. ―Erika pensou que algum dia gostaria de ser como Verónica LeClerc, não disse em voz alta para não parecer uma cholula.
―Está bem, se não tivermos que subir a uma passarela, aceito ―disse Siara―. Poderias chamar agora ao estúdio fotográfico?
―Agora? É tão urgente assim?
Não é algo muito urgente, mas quanto antes tivermos essa informação, melhor.
―Tudo bem, dê um minuto. Estou cheia de trabalho mas também estou desesperada por conquistar as modelos para esses conjuntos.
―Nenhuma das suas modelos está disponível? ―Perguntou Siara.
São... mas vocês sabem como são, a maioria é muito magra, de seios quase planos. Estes desenhos são para mulheres mais voluptuosas ―disse, segurando suas tetas―. Você me explica? Vocês dois seriam as modelos perfeitas. É uma pena que lhes envergonhe tanto subir a uma passarela. Bom, deem-me dez minutos e eu lhes dou a informação que me pediram.
Ah, uma coisa mais ―disse Siara, antes de sair―. Pergunte sobre salões grandes e pequenos. Porque se sabem quem você é vão tentar lhe oferecer o melhor do melhor… e eu preciso da informação de todos.
―Muito bem. Vou dizer que procuro algum espaço modesto para montar algum set mais íntimo.
―Ah... uma coisa mais ―disse Erika.
―Outra?
Sim, peço desculpas... mas eu acho que é importante. Poderias dizer-lhes que vais enviar tua filha para ver os salões?
―Ah sim, que burra ―disse Siara―. Eu havia me esquecido desse detalhe. Sim, mãe, a ideia é poder visitar esses estúdios sem que nos expulsassem para a rua.
―Tudo bem, além disso tem lógica que mande alguém olhar. Não contrataria um salão sem ter boas resenhas.

Nada
 
Veronica atrasou mais de dez minutos, mas ainda assim conseguiu a informação que sua filha lhe pedia.
―Aqui tens ―lhe disse, aproximando-lhe um papelito―. As direções de oito salões que costumam trabalhar. Três são grandes, dois médios e três pequenos. Serve-te?
Sim, mãe. Muitas graças. Devo-te uma.
―Quando você quiser que nos devolvamos o favor, avísenos ―disse Erika―. Além disso eu também posso aproveitar Siara para testar alguns designs nos quais estive trabalhando.
Ah, não! -- Eu me queixei Siara.
Eu gostaria de vê-los — sorriu Verônica.
Pero, mãe. Sabes que os designs de Erika estão inspirados no anime japonês, e a você nem sequer gosta disso.
Eu sei; mas não posso negar que há desenhos muito estranhos que podem me servir de inspiração. Assim, tragam-nos, com muito prazer vamos experimentá-los.
―Claro, porque total a modelo não vais a ser vós ―disse Siara, pondo os olhos em branco. Bom, já foi, falaremos disto num outro momento. Agora temos trabalho para fazer, Erika, vamos.
Até logo, Verónica, e muitas graças pela sua ajuda. Nós fomos salvos.

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Apos revisar as notas que lhe passou Verónica, Erika e Siara chegaram à conclusão de que todos os salões estavam na mesma zona da cidade, isso lhes facilitava muito a busca. O problema era que não sabiam por onde começar.
―Temos que visitá-los um a um? ―Perguntou Erika.
―Não é necessário. Creio que podemos descartar os três salões grandes. Os vídeos que vimos não parecem estar filmados em um salão grande.
Sim, além disso... quem contrataria um salão grande para filmar uma filme pornô? A menos que participem, não sei... vinte pessoas e que haja muitos decorações.
―Claro, isso era mais ou menos modesto. Assim que melhor seria começar com os estudos pequenos… e podemos descartar um, porque é a mesma direção do estudo fotográfico de Alexis. Ele disse que esse vídeo não se filmou ali e não acredito que estivesse mentindo.
―Isso me dá a mesma impressão. Omitiu informações, mas não creio que tenha mentido em o que disse. Bem, vamos para um dos outros dois. Qual fica mais perto?
Siara apresentou-se nos dois salões pequenos, comentou que sua mãe, a famosa designer de moda, queria realizar uma sessão de fotos mais íntima do habitual. Nos salões estiveram encantados de ajudá-la apenas escutaram seu nome. Permitiram-lhe ver as instalações, mas a Siara e a Erika bastaram apenas alguns minutos para se darem conta que o vídeo não havia sido gravado nesses lugares. Nem as paredes nem o piso encaixavam com o que haviam visto. Disseram que não eram o que buscavam e se marcharam, deixando empregados desilusionados por terem perdido essa grande oportunidade.
Nós teremos que visitar algum dos salões médios ―disse Siara.
Aí isso fizeram. Foram ao que tinham mais perto e a decepção foi instantânea. O lugar não se parecia nem um pouco com o que haviam visto e tinha muitas janelas por onde entrava muito luz natural, algo favorável para uma sessão fotográfica, mas uma complicação se busca gravar material pornográfico.
Tinha que ser esse salão ―disse Erika, apontando o segundo salão médio da lista―. Porque senão só ficam os grandes.
Uma jovem homem chamado Walter atendeu-as e indicou onde estava o salão, deixando-as sozinhas para as contemplarem.
―Você reparou? ―Perguntou Siara―. Walter é meio semelhante a Alexis...
Eu não o vi parecido. Alexis é moreno... Walter é ruivo, e de olhos celestes.
Não me refiro a isso. Simplesmente a que se assemelham em termos de configuração física. Os dois têm corpos bem trabalhados...
Como se fossem atletas...
Os atores pornô. Já sabemos que Alexis fez parte da gravação. E se Walter também participou no vídeo?
―É uma possibilidade ―disse Erika―. Mas não acredito que este seja o salão. É demasiado grande e não se assemelha em nada ao que vimos… e olhe, essa janela da à rua. A menos que ponham cortinas bem grandes, não acredito que isso se use para gravar pornô.
Você está certo.
―Vamos ter que visitar os salões grandes?
Não sei... é que... não tem sentido usar um salão tão grande para isso. Estou confusa.
Também eu.
―E garotas? ―Perguntou Walter, com uma simpática sorrisa―. É o que procuram? Nós gostaríamos de trabalhar com Verónica LeClerc, então espero que o salão lhes seja agradável.
―É... muito lindo ―disse Siara―, mas… demasiado grande. Minha m... é dizer, Verônica está procurando algo mais pequeno. Mais íntimo. Mas já vimos os outros salões pequenos com que vocês trabalham e tampouco nos convenceram por completo. Peço desculpas, mas Verônica é muito perfeccionista, quando a ela se mete uma ideia na cabeça, não se a sacam mais. É muito teimosa.
―Quem me fará lembrar? ―Perguntou Erika, colocando os olhos em branco. Sua amiga a fulminou com o olhar.
Ah, já vejo. Walter analisou a situação durante alguns segundos, então disse: Pode mostrar-lhes um salão mais pequeno que está na parte de trás. Por geralmente está alugado, por isso não passamos a direção a ninguém -- todos os sentidos de Erika e Siara se puseram em alerta --. Mas creio que podemos fazer uma exceção para Verónica LeClerc. Lhes interessa?
Eh... sim, claro -- disse Siara, tentando soar calma--. Se estiver aqui mesmo não perdemos nada em dar uma olhada.
Muito bem, acompanhem-me.
Walter as levou até o lado traseiro do salão onde chegaram a um pequeno corredor que comunicava com duas portas.
Esses são os banhos ―disse Walter, apontando a porta à direita―. E este é o estúdio.
Quando abriu a porta da esquerda as duas amigas souberam que haviam dado no clavo. O estúdio era idêntico ao que haviam visto nos vídeos, mesmo ali estavam os mesmos artíbooties: sofás, lâmpadas, decorado, tapetes. Tudo era exatamente igual.
O decorado pertence à pessoa que contratou o salão, mas evidentemente pode ser retirado. Bem, deixo-as sozinhas um tempo, para que as vejam tranquilas.
Assim que Walter se retirou, Siara e Erika trocaram sorrisos de alegria.
―Encontrámos-lo! ―Exclamou Erica―. É este...
Shhh... não grites, boba.
Percy, é que... eu me emociono com essas coisas.
O local é perfeito para gravar pornô. É pequeno e está bem escondido.
Sim, e a única janela é esse ventiluz... Ah! Olha! Exclamou Erika, apontando o ventiluz.
―O quê? Eu não vejo nada.
Havia uma pessoa!
―O quê?
Sim, havia uma pessoa espiando por ali.
―Era Walter?
Não, não... era uma menina muito pálida e de cabelo negro.
Não venha mais aqui com suas histórias de fantasmas. Sabe que não gostam.
Não era um fantasma... ou pelo menos eu acredito. Te juro que estava lá, nos espionando. Será que sabe alguma coisa sobre tudo o assunto dos vídeos pornô?
Não tenho ideia, mas podemos descobrir se nos apressarmos. Vamos para fora.
Voltaram pelo corredor e no maior salão encontraram-se com Walter.
―E agora? O que lhes pareceu? ―Perguntou o loiro com uma sorriso de triunfo, havia ouvido as exclamações de jubiloso das meninas.
―Eh... o lugar é um pouco escuro ―disse Siara―. Não estou muito convencida; mas é o melhor que vimos hoje. Qualquer coisa te chamo, ¿é? Agora temos que irnos, surgiu uma emergência.
Sem dizer mais, as duas garotas se retiraram. Walter ficou de pé, sozinho, no meio do salão, sem compreender o que havia acontecido.
As meninas caminharam rápido, entraram em um corredor lateral e chegaram à parte traseira do pequeno salão. Lá encontraram uma menina sentada sobre uma pilha de caixas velhas, espiando pelo ventilador.
―Você viu? Eu disse que havia alguém.
As palavras de Erika alertaram a menina, esta se deu volta muito rápido e quase caiu no chão. Logrou segurar-se do saliente do ventiluz. Ao vê-la a cara, puderam notar que a menina tinha claros traços orientais.
―Ah, olhe! ―Exclamou Erika―. É uma Yamato Nadeshiko!
―O quê é uma? ―Perguntou Siara no instante.
―Uma Yamato Nadeshiko ―repetiu Erika―. É dizer, uma mulher que representa a beleza e pureza feminina… pelo menos desde a perspectiva japonesa. Sos japonesa? ―Perguntou à menina, com muito entusiasmo.
―Quem são vocês? ―Quis saber a menina asiática, enquanto descia das caixas―. Trabalham aqui?
Não, para nada. Só vimoss à averiguar alguma coisa ―disse Siara―. E você por que está espionando?
―Ei... também... para descobrir alguma coisa. Agora, a não ser que vocês dois sejam policiais, deixem-me passar. Já descobri o que precisava saber.
E então, casualmente... disse Erika. O que você queria saber não está relacionado com alguns vídeos bem ousados de tom?
―Como você sabe? ―Perguntou a menina asiática, abrindo muito os olhos.
Pois parece que estamos procurando informações sobre o mesmo assunto — disse Siara.
―Isso parece o receio da garota asiática diminuiu muito e baixou a guarda―. Se estamos aqui por isso mesmo, então temos que falar. Eu sou Oriana Takahashi. E vocês?
―Eu sabia! Você é japonesa! Meu nome é Erika Arias. Ela é Siara LeClerc. Prazer em conhecê-la.
―Leclore? Tens alguma relação com Verónica Leclore?
―É sua mãe ―respondeu Erika―. Certamente a conheces.
Sim... então vocês vão para o mesmo instituto que eu.
―Você então? Nunca te vi ―disse Erika―. E acredite que eu me lembraria muito bem se tivéssemos nos visto.
Pode ser porque eu curso no turno tardio. Vocês vão à manhã?
―Sim... hein! ―Voltou a exclamar Erica―. Tendrías que estar no colégio, bosta!
―Hoje não fui às aulas. Precisava ver esse lugar. Este assunto dos vídeos não me deixa dormir em paz.
―E como você chegou até aqui? ―Perguntou Erika.
Espere... meninas... disse Siara. Procurem um lugar mais confortável para falar sobre esse tema. Não me parece apropriado conversar aqui.
―Tens razão ―disse Erika―. Conheço um café-manga por aqui perto. Podemos ir lá. É muito bonito.
Quando chegaram ao café-manga Oriana começou a contar-lhes sua versão dos fatos... embora tenha feito omitindo os detalhes mais íntimos e vergonhosos.

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Xamira estava fazendo exercício no ginásio da sua casa quando o celular lhe informou que havia chegado um novo mensagem. Por regra geral, ela não interrompe sua rotina para atender o telefone, mas essa vez fez porque estava esperando que Alexis confirmasse quando voltariam a se reunir. 'Preciso das fotos restantes', repetia para si mesma.
Ao ver o celular confirmou que não era Alexis, sim Dalma. O mensagem consistia em uma só foto, nada mais, sem texto, sem emojis, nada. Só a imagem. Nela Xamira pôde ver Dalma sentada no chão frente a um espelho. Estava nua quase por completo. Podiam-se ver suas tetas, mas o que mais captava a atenção era a vagina perfeitamente depilada de Dalma. Ela mostrava uma sonrisa tímida e suas faces estavam coradas, como se no momento de tirar a foto estivesse pensando: Não teria que fazer isso.
Pero... por que eu recebi isso?, perguntou-se Xamira.
Ele escreveu um mensagem de texto e a enviou:
―Ei, amiga, o que está acontecendo com essa foto?
―!!! Não, só me deram vontade de te enviá-la. Te importa?
―Ah... não, só foi... inesperado.
Pensei que poderia ajudar-te com tua investigação.
Ah, bom... sim, pode ser...
―Falecendo sobre isso. Conseguiu alguma nova pista?
―Isso é sobre o que eu gostaria de falar contigo ―ela escreveu Xamira―. Quando podemos nos ver?
Se você quiser, pode vir agora para minha casa. Com esse assunto de eu não estar indo para o instituto, tenho muito tempo livre e me aborro um monte.
―Bom, dou um banho e vou para lá. Nós nos vemos.
Vem, amiga. Eu estou esperando.

Translation:

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(Note: Since there's no text provided, I'm returning an empty translation)


Antes de falar sobre qualquer tema importante, Xamira esperou estar sozinha com sua amiga. O quarto de Dalma lucia tão limpo e impecável como sempre. Quando esteve segura de que ninguém as interromperia, disse:
―Sua mãe me mostrou as fotos que se tiraram no estúdio.
―O quê? O verdadeiro? ―Perguntou Dália, parecia desconcertada.
―Você se importa que eu as tenha mostrado?
Não, para nada. Eu queria mostrar-las para você, mas pensei que minha mãe não iria gostar da ideia... porque ela aparece em muita delas. Se apenas eu saísse, não teria problemas em mostrá-las para você, mas não exporia outra pessoa.
Apesar de você pensar que não há nada imundo no corpo feminino.
―Sim, é o que penso, mas também respeito a decisão dos outros. Por exemplo, tenho as fotos que nos tiramos a última vez, você aparece nua em muitas delas e me parece algo precioso. Para mim foi um dos momentos mais lindos que me tocou viver. No entanto, não publicaria nenhuma dessas fotos na internet, e muito menos as suas.
―Alegro saber isso.
―E falando disso, você gostaria de continuar com a sessão de fotos? ―Dalma exibiu uma grande sonrisa. Parecia realmente animada―. Ou talvez seja suficiente com as que você tem agora.
Xamira avaliou a situação. Não precisava mais fotos de Dalma nua, muito menos se ela continuasse mandando-as sem aviso prévio. No entanto, se seguia se pondo defensiva diante da sua amiga, não lhe tiraria informações. Inclusive se arriscava a que Dalma se zangasse com ela. Respirou fundo, fechou os olhos por alguns segundos e tentou mudar sua mentalidade. Por mais que Dalma estivesse se comportando de um modo estranho, ainda era sua melhor amiga. A queria. Queria ajudá-la e que tudo estivesse bem.
―Tudo bem, vamos tirar mais fotos. ―Tentou mostrar sua melhor sorrisa.
Já sabiam o que tinham que fazer. Esta vez Xamira não opôs tanta resistência. Se despiçou a roupa ao mesmo tempo que Dalma e descobriu que não lhe importava fazê-lo, desde que não fosse a única mulher nua da sala.
―Já me sinto um pouco melhor ao fazer isso. Me parece mais fácil saber que você também se está tirando a roupa ―lhe comentou a Dalma.
―Você viu? É que as mulheres têm uma conexão especial, especialmente se formos próximas.
―Por que você tirou essas fotos com sua mãe?
―Assim é. Queria gerar esse vínculo entre nós, porque além de ser minha mãe, Emília é minha amiga. Depois dessa sessão de fotos geramos um vínculo de confiança muito forte, que vai durar toda a vida. Sinto que posso contar-lhe qualquer coisa.
Isso era o que Xamira estava procurando, que sua amiga fosse completamente sincera com ela.
Xamira pegou a câmara de fotos, sentou-se na cama e esperou para ver o que Dalma fazia. Sua amiga mostrou outra de suas características sorrisos tímidos e se aproximou. Acariciou o cabelo e pôs seu rosto muito próximo ao dela. O coração de Xamira acelerou porque de repente parecia que sua amiga tentava beijá-la.
―Espero que não tenhas malinterpretado o sentido dessas fotos ―disse Dalma―. Sei que se alguém as visse quem não nos conhece o suficiente se escandalizaria.
E... vi uma foto em que você tinha o clitóris da sua mãe na boca... isso não é fácil de assimilar.
―Eu sei, mas eu quero que você entenda que nessa ação não havia nada... indecente. Eu adoraria que um dia pudessem alcançar esse tipo de conexão com sua mãe. Nota-se que ela quer muito você.
Sómente pensar em tirar fotos nuas com sua própria mãe fazia Xamira dar uma volta ao estômago. Definitivamente não seria capaz de fazer o que fizeram Dalma e Emília.
―Vou pensá-lo ―disse Xamira, só para tirar o peso da cima.
―Você sabia uma coisa, amiga? Apesar de tudo o malo que está passando na minha vida, quase agradeço que tenha ocorrido tudo isso, porque isso me permitiu me aproximar muito mais de você. Há muito tempo que tenho vontade de lhe contar tudo isso que sinto sobre mim, sobre você... e sobre as mulheres em geral.
―Onde queres chegar? ―Perguntou Xamira, com um nó na garganta―. Pela forma como dizes, eu tenho a impressão de que quisesse confessar que és lésbica.
Dalma soltou uma risita nervosa.
Não, amiga. Nada disso ―volviu a rir-se―. Talvez não usei as palavras adequadas. Não me vai bem isso de falar com as pessoas. Não me refiro a que gostem das mulheres nesse sentido. Quero dizer que vejo a mulher como algo puro, e penso que pode existir uma conexão muito profunda entre duas mulheres... se se abrirem a esses sentimentos de pureza.
Mmm... agora tudo tem um tom mais... religioso.
Possivelmente. Pode ser uma boa forma de vê-lo. Sei que não te vai resultar fácil, a sociedade nos encheu a cabeça com monte de coisas absurdas. Os homens podem andar com o torso nu, mas se uma mulher faz isso, é obsceno. Isso é uma ridículo.
Bem, vendo-o dessa forma... tens razão.
Repeito: não há nada obsceno no corpo feminino. Por isso desfrutei tanto tirando-me essas fotos com você... e com minha mãe.
Xamira perguntou-se se algum dia seria capaz de alcançar a paz mental de Dalma sobre esses assuntos. Talvez apenas fosse questão de tempo.
―Eu também desfrutei muito com as fotos. Embora não te vou negar que me fez um pouco estranho.
―Sim, eu sei... a primeira vez é a que mais custa. É difícil tirar os preconceitos que a sociedade nos coloca na cabeça desde há anos. Querés que façamos uma pequena prova? Como a última vez passada, quando nem sequer te animavas a... me acariciar ali embaixo.
―O que é essa prova? ―Xamira engoliu saliva. Seu peito começou a palpitar ainda mais forte e pôde sentir como o rubor aumentava nas suas faces. Dalma estava demais próxima.
É o mesmo que fiz com minha mãe, durante a sessão de fotos, para que se relaxasse.
A mão de Dalma acariciou a cara interna do muslo de Xamira e foi subindo lentamente até chegar à use the word: vagina. Uma vez ali, Dalma começou a acariciarla suavemente. Todo o corpo de Xamira estremeceu ao sentir dedos tão suaves em uma zona tão íntima do seu corpo. No entanto, não a deteve. Queria saber até onde havia chegado Dalma com sua mãe nessa sessão de fotos bendita.
As carícias de Dalma mantiveram-se por alguns segundos, concentrando-se mais que nada na zona dos lábios, como se estivesse evitando tocar o clitóris. Xamira começou a tranquilizar-se até que sentiu um dos dedos da sua amiga penetrando em seu concha.
Não te assuste. Lembre-se de que não faço isso com intenções imparciais.
Outra vez esse discurso sobre a pureza. Xamira teve que fazer um grande esforço para se mentalizar e permitir que sua amiga continuasse com seu experimento.
Dois dos dedos de Dalma entraram na vagina de Xamira, o indicador posicionou-se sobre seu clitóris e começou a massajar lentamente.
―Você está mais calma agora? ―Perguntou Dalma.
―Era... um pouco ―era mentira, na realidade Xamira estava mais nervosa que antes.
Agora o próximo passo.
Dalma baixou a cabeça e encontrou-se com um dos peitos de Xamira, sem pedir permisão, saiu a língua e começou a lamber o mamilho. Depois o apertou com os lábios e sugou. Xamira ficou boquiaberta, sem poder crer o que estava fazendo sua amiga. No entanto, toda a situação lhe resultava estranhamente relaxante. O movimento dos dedos de Dalma contra seu use the word: concha estava fazendo maravilhas, já podia sentir a umidade acumulando-se em seu sexo. ¿De verdade Dalma havia tocado dessa forma à sua própria mãe? ¿E Emília o havia permitido?
Agora vou fazer outra coisa -- disse Dalma, após alguns segundos --. À minha mãe pareceu estranho ao princípio, mas depois entendeu que eu fazia isso apenas para ela se relaxar um pouco.
Dalma desceu rapidamente e antes de Xamira se dar conta, já tinha a cabeça da sua amiga entre as suas pernas. Não alcançou a dizer: 'Espera, o que estás fazendo?' que já estava sentindo a língua de Dalma explorando-lhe a vagina. Xamira sobressaltou-se e agarrou as sábanas em uma mistura de medo e prazer... porque não pôde evitar que seu use the word: culos se molhasse ao sentir o contato com essa língua. Não importava o que ela pensasse sobre as mulheres ou o sexo lésbico, seu corpo estava respondendo de forma animal, como havia feito frente a Alexis. Em vez de afastá-la, apertou a cabeça de Dalma, para que se grudasse mais. Pôde sentir como os lábios da sua amiga lhe apertavam o clítoris e se succionavam tal como havia feito com o pezão.
Dalma parecia muito confortável fazendo isso, tanto que começou a friccionar sua concha com uma mão.
Ai, amiga - pensei Xamira -. De verdade fizeste isso com tua mãe? De verdade pensas que não há nada obsceno nisto?
Ela estava me custando muito trabalho entender a filosofia de Dalma, mas ainda assim não era capaz de apartá-la nem de pedir-lhe que parasse. A chupada dela era simplesmente magnífica.
Alguém bateu a porta. Todos os músculos de Xamira se puseram tensos ao ver como a porta se abria lentamente.
Permissão... disse Emília, e ao ver o que as duas garotas estavam fazendo ficou petrificada. Nem respirou durante alguns segundos. A Xamira passou pelo mesmo―. Este em... começou a balbuciar quando recuperou um pouco da compostura―. Dalma, tenho uma boa notícia para você. Alguém veio visitá-la.
Quem?
―Tomás.
―O que ele queria? Ele mesmo me disse que já não queria mais ser meu namorado.
Parece que se arrependeu. O vi muito afetado. Diz que quer pedir-te desculpas.
―Você é sério? ―O rosto de Dalma iluminou-se―. Então diga-lhe que vou lá em seguida. Que aguarde uns minutos.
―Está bem. Não tardem muito.
Emília retirou-se, fechando a porta atrás de si. Xamira queria fazer um buraco e enterrar-se, para não sair dali nunca mais. Como lhe explicaria a situação à mãe da sua amiga?
―Você ouviu, Xamira? ―Disse Dalma, enquanto se vestia rapidamente―. Vem pedir desculpa. Não é um amor? ―Xamira não sabia o que responder. Ainda estava chocada por ter sido surpreendida por Emília―. Bem, amiga... vou descendo. Te espero.
Dalma saiu do quarto a toda velocidade. Xamira ficou sentada na cama, completamente nua, tentando desvendar por que havia permitido que as coisas chegassem tão longe.
Ela mudou-se lentamente e quando esteve pronta, saiu da sala.
Encontrou a Dalma abraçada ao seu namorado, Tomás, um rapaz magro, de cabelo castanho e ondulado, demasiado pálido e com claras marcas de acne. Sem dúvida distava muito do adônis que era Alexis.
―...por isso entendi que a garota dos vídeos não poderia ser você. Peço desculpas ―estava dizendo Tomás.
Se você soubesse que não era eu, por que não veiu me ver antes?
―Porque minha mãe não me deixava. Ela ouviu os rumores sobre você e eu estava proibido de vir ver você. Mas hoje eu fugi e vim mesmo assim. Não me importa o que ela pense. Eu quero estar com você. Te amo. Desculpe por ter te deixado sozinha todos esses dias.
Ah... e você que pensa, Xamira? Eu o perdoei?
―Eh... bem... Tomi é um bom rapaz, e você é uma boa moça. Acho que os dois se merecem uma segunda oportunidade.
Tomás mostrou uma sonrisa de orelha para orelha, como se estivesse surpreendido de que Xamira apoiasse a relação.
―É bem ―disse Dalma―. Perdoei-te, por tudo―. Eu também te amo ―deram um beijo suave nos lábios―. Alegro saber que confias em mim. De verdade, faz muito bem para mim.
―Vou estar contigo sempre que eu precisar de ti ―disse Tomás.
E e eu te prometo que nunca te vou defraudar ―disse Dálma.
Não estou tão segura disso, pensou Xamira.


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