Esmeralda, a menina do serviço social

Esmeralda ajusta a mochila nos ombros enquanto sobe as escadas do edifício da estação de rádio. Ainda não pode crer que conseguiu fazer seu serviço social nesse lugar. A ideia de estar rodeada de profissionais no mundo da comunicação a enche de emoção. Este poderia ser o primeiro passo para a carreira dos seus sonhos, e nada pode sair mal. Com cada passo que dá, sua mente se enche de expectativas sobre o que aprenderá, sobre o muito que poderia crescer nesse ambiente.
Sua silhueta é esbelta e atlética, fruto das longas caminhadas que faz diariamente para chegar à universidade. Mede cerca de 1,68 metros, com um rosto jovem, marcado por olhos grandes e escuros que sempre parecem estar procurando respostas. Sua pele é tersa e morena clara, o que lhe dá um ar de exótico e natural que nunca foi consciente de ter. Seu cabelo negro e ondulado cai em cascata até a metade da sua espinha, sempre desgrenhado e solto. Hoje usa um vestido simples de verão, com flores pequenas, que destaca suas curvas sem ser demasiado chamativo. Não é alguém que desfrute de atrair olhares inúteis, mas seu corpo sempre parece captar a atenção, embora ela não o note.
A chegar ao terceiro andar, encontra-se com a porta da oficina de Manuel. Havía ouvido muito sobre ele: um homem carismático, de sucesso, conhecido por ser um bom mentor para os jovens aspirantes. Embora alguns comentários nos corredores sugerissem que tinha um carácter algo dominante, ninguém questionava sua habilidade para fazer a estação brilhar.
Manuel é um homem com cerca de 40 anos, alto e robusto. Mede aproximadamente 1,85 metros, com ombros largos e uma presença imponente. Sua pele é morena e ele tem cabelo penteado para trás, com apenas algumas canas que lhe dão um ar de madurez. Seu rosto é anguloso, com uma barba bem cuidada que destaca sua mandíbula forte. Sempre veste impecavelmente, com camisas de botões que marcam a amplitude do seu peito e calças escuras que lhe dão um ar de autoridade. Mas o mais intimidante nele são seus olhos escuros, que parecem analisar cada movimento, cada expressão. São frios e calculadores, embora tente ocultá-lo atrás de uma sonrisa encantadora.
Abre a porta com suavidade, e a voz profunda de Manuel convida-a a entrar.
Esmeralda, certo? —pergunta ele ao vê-la entrar. Sua sonrisa parece amistosa, mas algo em seus olhos fazê-la sentir observada de uma forma diferente. A convida a sentar-se frente ao seu escritório, onde sua figura imponente parece dominar o espaço.
Sim, muito prazer, senhor Manuel. Estou emocionada por aprender com você e com todos aqui na estação.
Ele sorri, inclinando-se ligeiramente para a frente.
Chama-me Manuel, por favor. Aqui tratamos de manter as coisas informais. Quero que te sinta confortável, como em casa.
Esmeralda sorri, embora haja algo no seu tom que a faz sentir uma leve desconforto. Ele lhe fala sobre as expectativas, as tarefas que vai realizar e como estará à sua disposição para a guiar em seu crescimento. Tudo parece ir bem, até que sua mirada se intensifica e o ambiente muda sutilmente.
Esmeralda, vou ser sincero contigo —afirma Manuel, seu tom suave mas carregado de intenção—. Aqui o ambiente pode ser algo duro. Eu me asseguro de que meus protegidos se sintam seguros… mas, é claro, isso implica que trabalhemos muito juntos.
Esmeralda assente, sem saber exatamente o que responder. Alguma coisa na forma como ele disse, e como ele mantém sua mirada fixa nela, faz que ela se sinta cercada.
—E quando eu digo de perto... —sua mão cruza a mesa, aproximando-se lentamente para ela—, quero dizer... muito perto.
Antes de que possa reagir, sua mão roça suavemente a sua. Esmeralda se tensa, sua respiração acelera enquanto tenta processar o que está a ocorrer. Ele não se detém, acaricia o dorso da sua mão com suavidade, como se fosse o mais normal do mundo.
Sua mente está em branco, mas seu instinto lhe diz para se afastar. No entanto, seu corpo não reage. Está paralisada, presa entre o respeito que sente pelo seu superior e o medo do que poderia acontecer se a recusasse.
—Esmeralda —he susurrar, quase em tom de confidencial—, espero que entendas o importante que é para mim confiar em ti. E para que tudo isso funcione, precisamos estar na mesma sintonia, me entendes?
Ela sente um nódo no estômago. Não sabe o que responder. Sente que se recusar este primeiro abordagem, tudo o que conseguiu até agora se desmoronará. O que vai fazer se Manuel decidir que não é 'colaborativa'?
Finalmente, assente com uma sonrisa tensa, tentando convencer-se de que tudo isso é parte do trabalho, que talvez esteja exagerando.
Manuel retira sua mão lentamente, como se não houvesse acontecido nada fora do comum, e volta à sua postura relaxada. Mas a atmosfera na sala se transformou. Esmeralda sente que já cruzou uma linha sem sequer ter-se dado conta. Levanta-se com o pretexto de que precisa começar a organizar seu espaço de trabalho e despede-se rapidamente.
---Vamos a ver logo, Esmeralda. Alegro que tenhas compreendido --- diz Manuel com um sorriso que, longe de ser amável, lhe parece predadora.
Aquela noite, ao chegar ao seu apartamento, Esmeralda está mergulhada em um turbilhão de pensamentos. Deixa sua mochila no chão e se arroja sobre a cama, tentando se livrar da sensação pegajosa que esteve com ela desde o momento em que saiu do escritório de Manuel. O que aconteceu exatamente? Foi mesmo tão grave? A forma como lhe tocou a mão... o tom da sua voz. Tudo foi tão sutil, mas ao mesmo tempo tão intruso.
Repite-se que foi apenas um mal-entendido, mas o seu corpo lhe diz outra coisa. Sente a pele ardendo, o eco do beijo de Manuel ainda persiste na sua mente. E embora odeie, não pode evitar sentir algo mais profundo. Uma parte dela está excitada, mas não entende por quê.
Suspira e vira-se na cama, as fronhas frias contra a sua pele quente. Fecha os olhos, tentando calmar a sua mente, mas a tensão segue lá, no seu corpo, no baixo ventre. Algo na forma como Manuel a tocou e a mirou segue acendendo uma chispa que não pode apagar. Por que, se se sentiu tão incómoda, agora se sente assim?
Sem pensar muito, sua mão começa a deslizar-se suavemente por seu abdome, descendo lentamente. No início faz isso de maneira inconsciente, mas logo o calor no seu corpo aumenta e começa a se mover com mais intenção. Não pode evitar; sua mente segue reproduzindo a cena, as palavras de Manuel, seu olhar, a pressão da sua mão sobre a sua.
Um gemido suave escapa dos seus lábios enquanto os seus dedos encontram o seu centro, acariciando lentamente. A vergonha tenta abrir-se caminho, mas o prazer é mais forte. Fecha os olhos com força, deixando-se levar pelas sensações. É como se, nesse momento, não pudesse deter-se, como se a tensão acumulada no seu corpo necessitasse ser libertada de alguma forma.
Finalmente, o clímax a invade, deixando-a jadeante e tremebunda. O alívio físico é imediato, mas tão logo se dissipa, a vergonha regressa. O que acabou de fazer? Não consegue entender como, após tudo o que ocorreu hoje, terminou excitada. Algo está mal, muito mal, mas não consegue decifrar o quê é.
Da-se a volta na cama, tentando ignorar o peso que agora sente no seu peito. Mas sabe que isso é apenas o início.

O dia havia sido um turbilhão de emoções para Esmeralda. Não havia podido tirar da mente o que havia acontecido na oficina de Manuel. Incluso após aquela intensa e confusa sensação que a invadiu no quarto, ao chegar a manhã, a vergonha e a culpa ainda estavam presentes. Não conseguia entender como havia reagido daquela maneira na noite anterior, nem por que seu corpo parecia traí-la. Sentia-se dividida entre o desejo e o repúdio, presa em uma rede de emoções contraditórias que não lograva desenredar.

Ainda que chegassem novamente à estação de rádio, sentiu um nó no estômago. A porta da sala de Manuel parecia um limiar para algo escuro, um lugar do qual intuía que não poderia sair ilesa. Caminhou pelo corredor com os pés pesados, quase desejando não ter que enfrentá-lo aquele dia.

Mas não havia escapatória.

Antes de poder tocar, a porta se abriu lentamente, como se Manuel estivesse esperando. Ele estava lá, em pé, com sua camisa perfeitamente passada e uma sonrisa nos lábios. Não havia rastro da desconforto que ela sentia; para ele, tudo parecia normal.

---Esmeralda, me alegra ver-te ---disse, o seu tom amável, mas carregado de uma autoridade que a fazia sentir pequena.

Ela entrou na oficina, sua pele começando a arder sob seu vestido. Tentou convencer-se de que tudo estava em sua cabeça, de que não devia deixar-se levar por seus medos, mas a realidade se sentia muito mais pesada que seus pensamentos.

Manuel fechou a porta atrás de ela, o clique do seguro ressoando no pequeno espaço. Seu coração acelerou-se.

Espero que hoje estás lista para trabalhar de perto, tal como falamos ontem —disse Manuel enquanto se aproximava dela, seus olhos fixos em seu corpo, percorrendo-a de cima a baixo. Cada palavra parecia carregada de uma intenção oculta, e embora não o dissesse abertamente, ambos sabiam exatamente a que se referia.

—Eu... sim, estou aqui para aprender —sussurrou Esmeralda, tentando manter sua compostura. Mas sua voz soava fraca, vulnerável.

Manuel colocou-se atrás dela, tão perto que podia sentir o seu hálito no pescoço. Sua mão, pesada e decidida, pousou em seu ombro, fazendo um arrepiado correr todo seu corpo. Ela engoliu saliva, tentando manter o controle, mas sabia que já o havia perdido.

Isso é o que eu quero ouvir —susurrou ele em seu ouvido, seu tom envolvente, como um veneno doce.

Sem dar tempo para reagir, Manuel agarrou-a suavemente pelos braços e guiou-a até a mesa de escrita. Esmeralda sentiu o bordo frio da mesa contra as suas pernas enquanto ele obrigava-a a inclinar-se ligeiramente para frente, sua mão deslizando com demasiada familiaridade pela sua espinha baixa. Sua mente gritava que devia detê-lo, que isso não estava bem, mas seu corpo permanecia paralisado, incapaz de se mover ou sequer protestar. O peso da sua autoridade a aplastava.

—Eu sei que isso é o que você realmente quer, Esmeralda. Vejo em seus olhos —susurrou Manuel, suas mãos percorrendo sua cintura enquanto suas palavras a envolviam como cadeias invisíveis—. Basta deixar-se levar.

Ela fechou os olhos, tentando desconectar-se da situação, bloquear o que estava por acontecer, mas era impossível. Sua respiração tornou-se entrecortada quando ele deslizou sua mão mais abaixo, tocando sua pele com uma mistura de possessividade e controle. Seus movimentos eram lentos, calculados, como se estivesse saboreando cada segundo da sua submissão.

Esmeralda sabia que devia dizer algo, que devia detê-lo antes de que fosse demasiado tarde, mas cada vez que abria a boca, as palavras ficavam presas na sua garganta. O medo e a confusão a paralisavam, enquanto a pressão das mãos de Manuel se fazia cada vez mais insistente.

O som do seu respiratório, sua proximidade, tudo a envolvia em um manto pesado de submissão. Ele a havia levado ao limite, e embora sua mente quisesse escapar, seu corpo parecia reagir por si só. A cada toque, o calor no seu ventre aumentava, misturando-se com o asco que sentia ao saber-se completamente vulnerável.

Manuel girou-a com suavidade, suas mãos firmes mas cuidadosas, como se estivesse em completo controle da situação. Seus dedos percorreram o contorno do seu rosto, afastando alguns mechões do seu cabelo que caíam sobre sua testa, e seus olhos escuros cravaram-se nos de ela.

Eres bela, Esmeralda. Não o sabias?

O cumprimento, em outro contexto, poderia ter-a feito sorrir, mas nesse momento apenas a fez sentir mais presa. Não podia escapar da realidade do que estava acontecendo, de como cada palavra, cada gesto, a estava submetendo.

Manuel não deixou de olhar para ela enquanto sua mão descia pelo seu peito, acariciando sua roupa de maneira possessiva. Esmeralda respirava com dificuldade, sentindo como o poder que ele tinha sobre ela era absoluto. Ainda quando tudo dentro dela gritava que devia fugir, suas pernas não se moviam.

Não há saída.

Ela compreendeu, nesse preciso momento, que não tinha opções. Não era só a força física de Manuel o que a mantinha presa, era o controle psicológico que havia exercido sobre ela desde o primeiro dia. Sabia que se o rejeitasse, tudo o que havia trabalhado poderia desmoronar-se. Seus sonhos, sua carreira, tudo.

Finalmente, com um susurro apenas audível, rendeu-se:

É bem.

Manuel sorriu, satisfeito, como um predador que havia conseguido capturar sua presa.

A seguirente aconteceu rápido, com uma precisão que apenas poderia ter alguém que havia feito isso antes. Esmeralda sentiu como as mãos de Manuel desciam por suas cadeiras, sua respiração quente e pesada enquanto a rodeava, pressionando-a contra ele. Todo seu corpo se tensionou, mas não disse nada. Não podia.

O silêncio na sala era insuportável, apenas rompido pelos sons suaves de sua respiração acelerada. E no meio desse silêncio, Esmeralda se deu conta de que já não podia distinguir entre o medo, a confusão e o estranho, escuro prazer que seu corpo começava a experimentar.
A luz do sol filtrando-se pelas persianas despertou-a lentamente. Esmeralda ainda estava emaranhada entre as sábanas, seu corpo cansado e pesado, como se sua mente não quisesse abandonar o recuerdo do que havia acontecido a tarde anterior. Abriu os olhos lentamente, o som do trânsito lá fora invadindo a habitação, mas nada podia tirá-la da neblina em que se encontrava. Nesse instante tocou o telefone, e Manuel teve de atender. Esmeralda rapidamente saiu da oficina e da rádio praticamente correndo para seu lar...

Ele girou sobre seu lado, apertando as sábanas contra o seu peito, enquanto sua mente repassava uma e outra vez cada detalhe do que havia ocorrido com Manuel. No início, havia sentido uma enorme confusão, uma mistura de repulsão e medo que a paralisava. Mas o que mais a inquietava agora não era o fato em si, mas sim a forma como seu corpo havia reagido. Havia algo que não podia negar: uma parte dela havia desfrutado disso, embora não quisesse admitir.

Fechou os olhos com força, desejando que os recordos se esvaíssem, mas em vez de se dissiparem, as imagens tornavam-se mais vívidas. Podia sentir ainda a pressão das mãos de Manuel sobre sua pele, seus dedos percorrendo seu corpo com uma mistura de domínio e desejo. Recordava sua respiração entrecortada, sua proximidade, e como seu próprio corpo havia começado a reagir de uma maneira que nunca antes havia experimentado. Não podia entender.

Incorporou-se lentamente na cama, sentindo como sua pele se eriçava com cada pensamento que a atacava. Sabia que o que havia acontecido não estava bem, que Manuel havia cruzado uma linha. E, no entanto, havia algo nessa experiência que a atraía de forma perturbadora. Sentira-se... desejada, poderosa e, ao mesmo tempo, completamente submissa. Essa dualidade estava a torná-la louca.

Baixou os pés ao chão, o frio das baldosas despertando ainda mais seus sentidos. Enquanto caminhava para o banheiro, seu corpo respondia com uma tensão estranha, como se ainda não tivesse terminado de processar o que havia vivido. Se mirou no espelho, seu reflexo lhe devolveu uma imagem de alguém diferente, alguém que não reconhecía muito bem. Suas faces estavam levemente enrubescidas, e seus lábios entreabertos pareciam sugerir uma emoção que não terminava de compreender.

Ele entrou debaixo da chama d'água quente da ducha, esperando que o calor ajudasse a esclarecer sua mente. Mas a água apenas intensificou as sensações, e com cada gota que caía sobre sua pele, lembrava como se sentira quando as mãos de Manuel a haviam tocado. Não podia evitar. Seus dedos roçaram seu abdome, traçando o mesmo caminho que ele havia percorrido, e o simples fato de reviver esses momentos fez um arrepio correr seu corpo.

Por quê? Era essa a pergunta que não parava de se fazer. Por quê havia reagido assim? Por quê seu corpo havia respondido daquela maneira? Tentou convencer-se de que apenas havia sido uma reação física, algo que não podia controlar. Mas muito no fundo sabia que havia mais.

Apoiou as mãos nas paredes da ducha, inclinando a cabeça sob o água, enquanto deixava que o calor a envolvesse. O vapor subia ao seu redor, criando uma atmosfera sufocante que não fazia mais que intensificar o desejo que começava a florecer novamente dentro dela. Fechou os olhos e, por um instante, permitiu que sua mente viajasse de volta àquela oficina, aos momentos em que Manuel havia tomado o controle do seu corpo.

O calor que havia sentido a tarde anterior começou a regressar, e suas mãos, sem que o planejasse, começaram a deslizarem-se por seu próprio corpo, explorando aquelas zonas que ainda ardiam com o recuerdo. A água percorria sua pele, mas o que a excitava não era o calor da ducha, senão o recuerdo das carícias de Manuel. Era como se sua mente não pudesse escapar dessa experiência, e seu corpo... seu corpo a traía novamente, respondendo da mesma maneira que havia feito na sua oficina.

Sus dedos tremiam enquanto se deslizavam sobre seus membros, sua respiração tornava-se irregular e o desejo que havia tentado ignorar apoderava-se dela completamente. Mordido o lábio, tentou calar o gemido que lutava por sair da sua garganta, mas não pôde evitar. Precisava.

Eu desejava.

A água estava levando as últimas resistências que restavam na sua mente, e em questão de segundos, Esmeralda se deixou levar por completo. As suas mãos moviam-se com urgência, como se estivesse desesperada por alcançar algo que apenas podia encontrar no recuerdo do que havia acontecido com Manuel. Cada toque a fazia estremecer, e o seu corpo respondia de uma maneira que nunca antes havia experimentado.

Enquanto o prazer crescia dentro dela, uma parte da sua mente tratava de resistir, de recordar que tudo aquilo havia começado de maneira errônea. Mas era inútil. O controle de Manuel sobre ela ia além do físico. Ele se havia infiltrado na sua mente, e agora, ela não podia evitar procurar esse mesmo poder em suas próprias carícias.

E então, ele o alcançou.

O clímax chegou como uma tormenta, violento e abrumador. Seu corpo arqueou sob a água, e um gemido baixo escapou dos seus lábios enquanto a sensação a percorria por completo. Sentiu como se todo o seu corpo desabasse, deixando-a exausta e tremelosa sob o jato de água quente.

Ficou lá, jadeando, com a água caindo sobre sua pele, enquanto o eco do seu orgasmo ainda vibrava dentro dela. O que está me acontecendo?, pensou, enquanto o sentimento de culpa começava a envolvera lentamente. Mas, ao mesmo tempo, não podia negar que havia sido uma das experiências mais intensas da sua vida.

Quando finalmente saiu da ducha, envolvida em uma toalha, sentou-se ao bordo da cama. A sua mente continuava emaranhada nos recordações de Manuel, e embora soubesse que tudo isso era perigoso, havia algo nessa sensação de ser dominada, de ser desejada, que não podia ignorar. Por mais que quisesse lutar contra isso, uma parte dela já havia cedido.

E, para sua surpresa, em vez de se sentir horrorizada, uma pequena sorrisa desenhou-se nos seus lábios.

O que me está a passar?


Continuará...


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