Ascensores rumbo al Bailando I

Sábado

A despeito de meus amigos terem me recomendado não casar porque diziam que assim terminava a vida sexual de todas as parceiras, cinco meses após o casamento minha mulher e eu continuávamos fazendo isso diariamente. Talvez fosse por inércia e começasse a ser um tanto repetitivo, especialmente durante aquele frio décimo que tivemos ali, mas eu dormia cada noite satisfeito.Por debaixo do meu grosso cobertor, caía num sono profundo que nada poderia perturbar. Uma chamada inoportuna de telefone era quase a única exceção. Essa noite meu celular tocou na nossa sala de dormir. Detestava essa maldita melodia, mas não podia ignorá-la. Abri apenas os olhos, mas foi suficiente para ver a hora.
Era meia-quatro da madrugada. A minha mente despejou imediatamente ao pensar que uma chamada às essas horas nunca podia ser para boas notícias. Supliquei para os meus pensamentos que se tivessem enganado, mas então atendi a chamada e ouvi. Do outro lado da linha estava minha irmã, Sol.
Quando eu postei estava muito consternado, por isso minha mulher (que já havia acordado) perguntou com preocupação:
- O que aconteceu?
- Meu cunhado morreu.
Não pode ser.
- Você acha que eu estou inventando isso? Minha irmã acabou de me dizer isso.
- Merda... eu sinto muito, meu amor.
Sólo tinha cinquenta anos e deu-lhe um puta infarto.
Os ataques ao coração são imprevisíveis.
- Não lhe merecia.
- Já sei, querido. Como está tua irmã?
- Despedida, morreu nos seus braços.
- Onde está agora?
- Foi com ele na ambulância, está no hospital.
- Vamos para lá.
Meu cunhado era o melhor que havia acontecido com minha irmã. Desde que o conheci, havia se tornado parte da nossa família, então para mim também foi um golpe muito grande. Guido era um homem íntegro, trabalhador e incrivelmente divertido, sempre me tratou como a um irmão mais. Me custava muito acreditar que não estava mais entre nós. Obviamente sabia que não se pode escolher quem morre, mas, se pudesse fazer isso, não o teria escolhido.
Sol, minha irmã, era uma pessoa muito particular. A apreciava por ser minha irmã, mas nunca havia conhecido alguém tão insuportável. Embora nossa fosse uma família relativamente humilde, Sol tinha uns ars de grandeza impossíveis de compreender. Sempre pensei que sua soberba se devia a saber-se fisicamente superior a quase qualquer mulher.
No carro, vou para o hospital, só podia me arrepender da quantidade de vezes que eu disse à minha mulher que não entendia como Guiro aguentava minha irmã, além do seu físico, é claro.
- Matias.- O quê?
- Trate-a bem, por favor.
Entrei sozinho no hospital e perguntei na recepção. Me guiarom até uma pequena sala e, após avisarme do que havia dentro, me deixaram passar. Ela estava sentada numa cadeira, aos pés do corpo sem vida de seu marido. Tinha os olhos inchados de chorar, nem se percebeu minha presença.
Sussurrei suavemente para que elevasse o olhar e se desse conta de que estava ali. No momento em que me viu, as lágrimas voltaram a surgir e abraçou-me com muito vigor. Eu também a apertei entre os braços e tentei reconfortá-la com palavras que pouco lhe podiam servir ante essa situação.
- Eu sinto contigo no sentimento, irmãzinha.
Não posso acreditar isso.
- Não eu também, mas é preciso começar a aceitar isso.
- Estávamos deitados, para nos darmos conta, agarrou o peito e morreu.
- Essas coisas vêm quando menos as espera...
- Não me quero separar de Guido.
Tranquila, pronto o voltarei a ver.
Acompanhei minha irmã até o carro dos nossos pais que acabavam de chegar para conter a sua filha e eu voltei para fazer as gestões pertinentes para a cerimônia fúnebre. Nunca me havia enfrentado algo assim, mas não podia pedir a Sol que passasse esse mal trago. Me disseram que tinham que fazer-lhe a autópsia para determinar a causa da morte e depois o enviariam ao local correspondente.
Já era dia quando chegamos à casa da minha irmã. Estivemos lá horas com ela, tratando de animá-la. Deixaram-me a tarefa de selecionar o traje com que iam enterrar o pobre Guido enquanto recordavam anedotas que faziam que chorasse mais ainda, embora também lhe tirassem alguma sorrisa.
Minha irmã parecia estar muito afetada, mas ainda era muito jovem e tinha umas curvas ideais para conquistar outro ingênuo. Pensando nisso, nas curvas da minha irmã, fiquei adormecido.



Domingo



Meus últimos pensamentos justo antes de dormir me jogaram uma má passada e tive um sonho erótico com minha irmã. Não era a primeira vez que isso me acontecia, mas nessa circunstância fez-me acordar com sentimento de culpa. Não tinha vontade de desjejunar, então fui direto para o chuveiro e em seguida me barbei.
Uma vez limpo, escolhi minha roupa e agarrei o vestido que minha mulher me pediu para levar para ela. Se o frio não fosse suficiente, estava chovendo muito nesse dia. Consegui chegar até a casa de Sol e subir.
Eu tive que limpar e organizar tudo enquanto ela se banhava também tive que chamar os parentes e amigos de Guido. Na minha opinião, estava se aproveitando da minha boa fé, mas não era hora para protestar. Quando esteve pronta, partimos para o salão velatório para o que supunha ser um dia tão longo quanto duro.
Não tendo aviso dado a ninguém até essa mesma manhã, as primeiras horas passamos sozinhos. O sol parecia ter perdido o gosto que tinha o dia anterior de não se separar do cadáver. Depois de um tempo estar lá, foi ao bar tomar um café, deixando-nos sozinhos a mim e meus pais velando o falecido. Isso me caía bem mais com a Sol que eu conhecia.
Quando começou a chegar gente, minha irmã voltou a se meter no papel de viúva devastada. Converteu-se imediatamente no centro de atenção com seu pranto claramente fingido. Eu começava a sentir vergonha alheia pelo numerito bochornoso, mas meus pais pareciam acreditar que realmente estava sofrendo.
- Não posso correr o espetáculo.
- O que dizes?
- Ele nos deixou para ir ao bar e agora faz de tristeza.
Claro que está triste, mas para os ratos é como se não o aceitasse.
- Bom, não me faças falar.
- O que você tem contra sua irmã, Matias?
Nada, mas gostaria que não fosse tão falsa.
O dia se fez eterno. Chegou um momento em que parecia que já ninguém se lembrava do falecido. Os presentes conversavam animadamente entre si e apenas muito de vez em quando alguém parecia lamentar sinceramente o falecimento. Chegou um momento em que tive a sensação de que eu era a pessoa que pior estava levando o triste final do meu cunhado.
A última hora nós despedimo-nos da família, à qual voltaríamos a ver ao dia seguinte no enterro, e nos dirigimos para casa. Justo quando ia deixá-la, Sol voltou a montar um show desproporcionado, obrigando os meus pais a ficarem com ela novamente.
Talvez tenha sido muito irrespetuoso por minha parte, tendo em conta que o corpo do meu cunhado ainda estava quente, mas essa noite eu me fiz uma masturabation. Precisava desconectar de tudo e não se me ocorria melhor maneira. Enquanto me masturbava, pensava na minha mulher, mas não pude evitar que algumas imagens do sonho inoportuno da noite anterior me colassem.



Segunda-feira



O primeiro que fiz ao despertar foi avisar meu chefe do que aconteceu. Não quis perturbá-lo durante o final de semana, mas precisava saber que aquele dia não poderia comparecer ao trabalho. Depois, iniciei a mesma rotina de higiene da manhã anterior com objetivo de estar apresentável para o último adeus a meu amado irmão-irmã.
A novidade daquela manhã foi que ao chegar eu me encontrei com minha irmã já pronta. Ia de preto, tal como determinava o protocolo, mas me surpreendeu a pouca pele que tinha aquele vestido. Nunca havia visto uma mulher enterrando seu marido com um decote vertiginoso e uma saia que tinha um kitty hipersensual nos muslos.
Não sabia se me havia deixado mais estupefacto a visão em si desse corpo, ou o descaro de minha irmã querendo exibir essa figura num evento tão pouco apropriado. Uma vez mais, minha mãe parecia não inmutar-se, então segui-a à sala enquanto se mudava para pedir-lhe que tentasse dissuadi-la.
- Você acha normal que sua filha vá assim?
- O que você está se referindo?
- Ele tem mais tecido na minha gravata do que no seu vestido todo.
Não sejas exagerado. É o único vestido preto que tinha.
Diga que mude de roupa.
- Matias, o último que me preocupa agora é a vestimenta da tua irmã.O sol estava tranquilo, mais preocupado por o que a gente diria sobre seu estilo que pelo fato de se dirigir enterrar seu marido. Uma vez chegamos ao velório, meteu-se no papel da mesma maneira que faz um ator quando o diretor da película grita 'ação'. Voltou a se tornar a protagonista absoluta.
Sua atuação começou nos últimos compassos do velório, continuou durante a missa de despedida e estava prestes a culminar, de forma magnífica, enquanto se realizava o enterro no cemitério. Mas no pior momento, quando seu falso pranto era mais desconsolado, tocou o telefone. Ninguém esperava que atendesse a chamada, mas fez. Todos esperamos atônitos enquanto falava animadamente. Quando desligou, em vez de continuar sua atuação, aproximou-se de mim.
- Você sabe onde fica a sede da produtora do Bailando?
- Sim, é o prédio imenso que há no centro.
- Preciso que você leve.
- Agora?
- Assim que eu termine isso.
- É urgente?
- Tenho que arrumar uns papéis com os produtores.
Quando lhe disse que a levaria, minha irmã retomou seu papel como se nada ante a incredulidade de todo o mundo. Uma vez que o corpo do meu cunhado esteve sob a terra, Sol me pediu que a levasse imediatamente para o edifício, sugerindo que deixássemos no cemitério sua filha para chegar o mais rápido possível.
Depois de deixar o carro no estacionamento da rua em frente, corremos para o imenso edifício enquanto a água caía sobre nossas cabeças. Os trovões cada vez eram mais sonoros e eu só podia maldizer minha irmã por me ter obrigado a fazer alguma coisa que nem sequer sabia o que era, mas que, sem dúvida, apenas a beneficiaria a ela.
A oficina para onde nos dirigíamos estava na décimo-quarta planta, então tínhamos que subir no elevador. Dirigimo-nos a uma zona onde havia vários, numerados do um ao cinco. Detrás de cada um deles havia uma cola de gente imensa e nós decidimos esperar pelo primeiro.
Tivemos que esperar quase meia hora, mas finalmente conseguimos subir. Eu estava muito nervoso, algo me dizia que montar nesse cubo de ferro de duvidosa qualidade era uma ideia nefasta. Por desgraça, meu instinto acertou. Íamos pela sétima planta quando as luzes do elevador se apagaram e ficamos presos lá dentro, suspensos a mais de vinte metros de altura.
- Não, merda... isso não pode estar passando.
Desanima-seMatias, este edifício é o último em tecnologia, serão uns segundos.Tem certeza de que houve um cortocircuito devido à tempestade.
Tudo voltará à normalidade em alguns segundos.
- Como eu passei alguma coisa por tua culpa...
- Depois de perder meu Guido, a mim já tudo me dá igual.
- Por favor, deixe já esse conto.
- Como você ousou? Estava profundamente apaixonada pelo meu esposo.
- Eu achava que sim, mas esses dias foste muito desinibida.
- Notou-se tanto comigo?
- Não vais receber um prémio para a melhor interpretação, isso é certo.
- O que você gostaria de eu dizer? Eu estava um pouco cansada.
Mas se era um bendito.
- Por isso mesmo, eu precisava de ação na minha vida.
- E esperavas que morresse para a ter?
- Claro que não, esperava que a palma parasse para deixar de se esconder.Oito- Não me terás trazido para ver um amante?
Não, venho assegurar meu próprio futuro.
- Você teria merecido que o elevador caísse, mas não comigo dentro.
Os segundos que minha irmã me havia prometido se converteram em minutos. Em muitos, de facto. Llevávamos um quarto de hora presos e eu sentia que faltava-me o ar, embora ela parecesse estar muito tranquila. Afloquei o nó da gravata e olhei o celular desesperado, para ver se voltaria a ter cobertura. Embora fosse evidente que já deviam saber que estávamos ali presos.
A meio-horário eu já não podia mais. Estava jogado por chão e minha irmã, mostrando humanidade pela primeira vez desde que a conhecia, sentou-se ao meu lado para tentar acalmar-me. Agradeço seu gesto de boa vontade, mas ter perto seu escote exagerado e essa saia que quase mostrava sua roupa interior me pôs ainda mais nervoso.

Ascensores rumbo al Bailando  IObrigado por tentar me acalmar. - Você fez o mesmo ontem à noite. - Porque pensei que estavas triste de verdade. Claro que estava. Minhas aventuras não significam que eu não o quisesse. - Desde quando a enganava? - Se eu lhe contasse, você guardaria o segredo para mim? Sim, só quero que você fale para não pensar em quem vamos matar. Desde a noite seguinte à primeira data, eu creio. - Você acha? Estou convicta a noventa por cento. Aqui vai. - Eu sei o que você está pensando de mim, Matias. Não, nem você imagina. Sempre fui muito fogosa, mas o Guido não me seguiu o ritmo. - E quantos te seguiam isso? De acordo com a época. Agora mesmo eu me vejo com cinco homens diferentes. Pelo Deus... Não me julgue, por favor, acho que tenho um problema. Em qualquer outra circunstância eu teria confirmado que sim, que tinha um problema muito grande, mas nesse momento estava demasiado concentrado em não morrer. Ainda assim, sua insistência em me contar algumas das suas aventuras e em se aproximar até o ponto de quase sair as tetas me mantinha distraído e mesmo a um passo da excitação. O último que me faltava para redondear esses três dias de pesadelho era aquecer-me com minha irmã, mas ela, supostamente deformada involuntariamente, parecia disposta a consegui-lo. Quando Sol se rendeu e deixou de pedir auxílio, decidiu sentar-se à frente de mim, com as pernas ligeramente abertas. Não vestia calcinha. A despeito de ser um edifício majestoso, os elevadores deixavam muito a desejar, especialmente em virtude do tamanho e da escassa luz emitida pelo gerador de emergência. Mas ainda assim era suficiente para que eu pudesse ver sua entreperna minha irmã. Não tinha nem um único cabelo, deixando claro que a tragédia não lhe havia impedido de se depilar. - No final ficaremos sem oxigênio. - Irmã, não digas isso. Sóbia apenas uma brincadeira para descompressar. - Não tens frio? Muito, mas para se gabar há de sofrer. Tomem o meu saco. - Obrigado, Matias. Se você quiser, eu também posso ajudá-lo a se aquecer. Concordo em receber uma parte do que você me deixou no contrato que está prestes a assinar. - O quê? Também posso brincar, não? Claro, mas isso de dar uma mão eu disse de verdade. Claro claro, eu isso acredito. - Se vamos morrer, não preferes fazer isso satisfeito? Bem, se tiver que escolher... Não faças nada. Só respire e deixa que eu faça.Peito grandeSe juntaram todas as coisas necessárias para que ela fizesse o que quisesse sem ousar contrariá-la. Minha irmã me desceu a cremallera e não tardou nem um segundo em me tirar o pênis e sorrir de forma pícara ao verificar que já estava pronto para a ação. Sua maneira de se mover me deixou claro que sua experiência ia mais além do casamento.

Em um abrir e fechar os olhos, ela havia subido a saia até a cintura e estava colocada sobre mim, disposta a cravar minha estaca até o fundo. Todas minhas ideias preconcebidas sobre fazer sexo com uma mulher da minha própria família foram jogadas no lixo ao sentir meu pênis dentro de sua vagina quente e úmida. Não estava preparado para o que estava prestes a acontecer.

Agarrada aos meus ombros, Sol começou a rebolar com uma energia própria de uma garota fanática do fitness como ela. Eu agarrei imediatamente suas nádegas, embora mais por medo que por morbo ou prazer, pois pensava que seus movimentos violentos iam fazer que o elevador caísse os sete andares até nos deixar reventados lá dentro.

Tentei não pensar em nada que não fosse no prazer que minha irmã me estava dando, mas não consegui até que suas tetas saíram. Eram grandes, muito grandes, mas se mantinham em uma posição muito boa. Os peitos eram escuros e pediam ser lambidos, mesmo mordidos. Eu me mantive quieto, mas ela se deu conta de como os mirava e me aproximou da boca.

Quando ela já ia caminho do seu terceiro orgasmo, sem ter deixado de gemir de forma escandalosa em nenhum momento, voltando seu papel de atriz, nesse caso pornô, senti que eu também estava prestes a culminar. Com as duas mãos no seu cu e um dos peitos entre meus lábios, me animou a dar uns últimos empurrões desde baixo que me levaram a terminar dentro de minha irmã.

Foi o frenesi de nossos corpos entrando em calor, a sensação placentera de descarregar meu culminante quente em sua vagina, o que fez que não nos demos conta de que... hora e meia após, o elevador havia sido posto em marcha novamente. Sol continuava sentada sobre mim a cavale quando as portas se abririram e várias dezenas de pessoas nos descobriram.

- Bem, espero que não haja nenhum jornalista entre essa gente. A tua mulher não gostaria...