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Compendio III
Mentanto descansávamos na cama do hotel, notava que Maddie estava distraída. Pensei que talvez o fizera mal. Mas não tardou para dar conta de que algo a preocupava.
- Pasa algo? - perguntei, ao vê-la aflita.
Maddie apenas me sorriu, tentando tirar importância.
• Não é nada! - sua voz nervosa e tensa.
Mas ao mesmo tempo, soltando um suspiro...
• Agora que piso, tu serias a última pessoa que deveria saber disso. - acrescentou, quase sem pensar.
(Sempre que penso nisso, você seria a última pessoa que devia saber sobre isso.)
As palavras dela me deixaram petrificado. Havíamos feito o amor e os conflitos que uma vez nos mantinham inimigos, haviam sido postos de lado.
- Lo sinto! Se te incomoda tanto, pode falar com Cristina. - exclamei, tentando me separar dela.
Abraçou-me e se apegou a mim.
• Não! Não! Lo sinto! - arrependeu-se nervosa. - Não quis dizer isso!
Ri. Parecia bonita e queria acalmá-la. Seu rosto se endulceu...
• Cristina não entenderia. E não seria nenhuma ajuda. - comentou com tristeza. - É o que passa por ser a puta da oficina... Não sei detalhadamente o tipo de relação que mantém, porque, segundo Marisol me disse anos atrás, era uma espécie de ama e escrava, com Cristina sendo a dominante. Mas no laboral, praticamente não tinham conexão, dado que trabalhavam em andares diferentes.
• É só... que se eu te contasse a ti... poderias machucar-me. – confessou finalmente.
Noté que, diferente dos meus tempos onde brigávamos constantemente, agora havia sentimentos e confiança.
Tomei sua mão e pedi que me contasse sua preocupação...
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Durante a semana, Victor foi visitá-la no departamento. Mostrou-se reticente em me dizer que ainda se acostava com ele.
Me subiu o ego, ao dizer que comparado comigo, ele a havia deixado decepcionada.
> O que está acontecendo contigo, Madeleine? Em que estás pensando? – perguntou, começando a se vestir.
• Não, nada em particular. – respondeu, sentindo-se insatisfeita. – só... estou cansada...
Victor olhou para ela com arrogância, fazendo-a se sentir suja.
> A velha está te fazendo trabalhar demais? – perguntou Victor, enquanto se abrochava as pulseiras. – Quero que me informe sobre ela. Preciso saber quais segredos esconde. O que a move. Quem são seus clientes. Suas reuniões. Tudo.Maddie se sentiu incómoda. Além disso, o sexo com ele era medíocre, havia-se dado conta que a estava manipulando.
Mas, por outro lado, teve medo. Edith? Embora Edith seja rigorosa, também é justa e leal. Sabia que Edith e seu esposo, Richard, haviam tido uma infidelidade, mas não conhecia muitos detalhes.
Mas agora, Victor procurava acusá-la de alguma coisa, sentimento que a fazia sentir inquieta. Tentou sonar tranquila.
•Claro, Victor! Verê o que posso fazer. – respondeu, tentando manter-se calma.
Ao vê-la sob sua influência, deu-lhe uma sorrisa sardónica.
>E mantenha-me informado da sua “pequeno soldadito”. – comentou com um tom despótico, referindo-se a mim. – A minha esposa tem estado jogando muito tempo com ele.
E sem dizer mais nada, foi do departamento, como o imbecil que sempre foi, deixando Maddie com um sentimento de culpa e preocupada.-¿Assim que ele disse isso? – perguntei, tentando conter minha risa.
• Sim. – comentou, também sorrindo. - Não me engane! Você e eu sabemos que Edith é rigorosa. Mas também sei que é uma pessoa decente. E agora posso ver que Victor está tentando usar-me... ou pelo menos, tentava. Isso sim, nunca mais, graças a você.
Ele me olhou encantado. Mas eu não pude conter uma dúvida que eu havia tido após algum tempo e ela podia confirmá-la, então sorri culposamente.
- Eu sei que isso vem de nada, mas... É ele melhor que eu na cama? – perguntei, com um pouco de medo em sua resposta.
Ela explodiu com uma risa.
• O quê? Estás brincando? Marco, creia-me, você me faz cum como louca. Victor... Victor... fez meu cum uma vez e foi tudo. – Confessou, tentando não me fazer sentir mal.
Eu sorri e a acariciei.
- Eu sei! A razão pela qual eu perguntei é porque também estou casando com sua esposa. – expliquei, esperando algum tipo de reproche.
Mas apesar da impressão inicial, sabia que os dois éramos infieis e não importava.
Expliquei que a esposa de Victor, Isabella, era agora uma esposa troféu e que era a mãe de uma das amigas do meu filho na escola.Era como se esperava, após lembrar nossos encontros anteriores, perguntou:
•É ela... melhor que eu? – com o mesmo tom de curiosidade com que havia feito minutos antes.
Era algo difícil de responder.
-Bem... não é que você seja melhor que ela... é apenas que seu corpo é diferente do seu. – respondi confusamente.
Mas para ela, não era suficiente.
•Como assim? É ela melhor que eu ou não? – Madeleine perguntou saber.
Engoli saliva...
-Bem... seus seios são maiores... e você é mais promiscua... então...- respondi.
Sorriu soberba.
•E suponho que você gosta de mulheres com seios grandes, Não é assim? – comentou vitoriosa, em um tom desafiante.
Foi curioso ver como o respeito que havia ganhado durante anos se dissipava em um santinho.
-Sou culpável. – confessei derrotado.
E começamos a nos beijar, enquanto massajeava seus seios. Ao menos, não lhe menti sobre isso, porque sentiu minha ereção endurecida.
Definitivamente, não lhe havia mentido sobre seus seios.
•Sabes... você não é tão mau tampouco. – susurrou no meu ouvido, antes de beijar meu pescoço.
Ela podia sentir meus desejos por ela fazendo-se mais fortes, com minha pene estremecendo entre suas pernas.
•Queres isso, certo? – perguntou com uma voz suave e sedutora.
-Te desejo. – confessei, perdendo-me no calor de seu corpo e seu cheiro, palpando sua pele.
•Então, tórame! – ela respirou, guiando minha mão entre suas pernas. - ¡Tócame!
Já estava molhada, ansiosa de me fazer sentir melhor, de me fazer esquecer tudo.
Enquanto meus dedos exploravam seus lábios inferiores, se estirou, respirando por ar. Minhas carícias eram mais familiares e íntimas. Podia dar-me conta de que não havia ninguém que a fizesse sentir assim.
Éramos apenas nós dois.
Nesses momentos, nada mais importava.
•Aghhh! Assim! Justo assim! – ronronou, com suas cadeiras meneando-se sobre minha mão.
Dava-me prazer ver ela assim. Apesar de nossas diferenças, reconheço que muitas vezes fantasiei com... submeter-lhe a maneiras semelhantes em sua oficina. Depois de tudo, Maddie é uma mulher atraente.
• Ah! Ah! Eu amo! – escapou dos seus lábios, com uma voz suave e sensível, após alcançar seu primeiro orgasmo.
Mas podia dar-me conta de que era verdadeiro. Nossa relação, até o momento em que ela me reubicou de casa, era de uma tensão sexual que nunca discutimos. Mas agora, que a havíamos consumado, a situação havia mudado.
Meus suaves embestidas faziam-lhe sentir ondas de prazer que pareciam resquebrajar-la em pedaços. Meus beijos iam deixando uma senda de fogo através da sua pele.
Nossos beijos eram implacáveis. Não havia dúvida de que ambos havíamos besado muitos lábios. Podíamos dar-nos conta, dado que ambos nos deixávamos sem alento com as habilidades das nossas línguas, as quais nos deixavam procurando mais. As suas mãos recorriam o meu corpo, explorando e palpando os meus músculos. Sorria satisfeita, gostava do que as suas mãos encontravam.
Nossos movimentos se foram fazendo mais frenéticos com o passar dos minutos, com cada minuto nos levando ao bordo da loucura. Os dedos dos pés de Madeleine curvavam-se com cada embestida. Cada suspiro entrecortava-se em sua garganta, enquanto os meus dentes roçavam seus pezones. Os orgasmos que ela sentia não tinham paralelo, um torvelinho de prazer que a fazia sentir que voava pelas nuvens.Nossa paixão era palpável em cada toque, cada beijo, cada carícia suave. Podia perceber que eu sabia como fazer-la se sentir como uma deusa e o quanto ela gostava disso.
Quando o sexto orgasmo a atingiu, agarrou-se em mim, soltando um suspiro dolorido, com suas unhas enterradas na minha espinha.
Eu a contemplava com uma mistura de admiração e necessidade. Já tinha uma ideia clara de que não era apenas um fogo bom, porque eu me preocupava em fazer ela sentir prazer.
Nossos movimentos se tornaram uma melodia de prazer e desejo, levando-nos mutuamente ao limite do clímax. E no momento em que alcançamos o ápice, comigo enchendo-a e reabastecendo-a com cada explosão placentera, soltou um grito glorioso, refrescante e sensual, que me fez esvair-me dentro dela.
Madeleine acariciava minha espinha, sentindo como meu peito subia e descia sob seus seios.
Ao notá-la mais calma, retomamos nossa conversa inicial.
-¿Confias em mim? - perguntei, com um tom mais suave.
•¡Com minha vida! - respondeu orgulhosamente, sem hesitar.
Nos beijamos novamente.
-¡Mira! Deixe-me descobrir o que está procurando com Edith. Mas não lhe faça caso às suas solicitações. Temos algo bom aqui e não vale a pena estragar por ele - disse-lhe, tentando calma-la.
Isso lhe agradou, porque apesar de tudo, eu ainda sou um homem de ação.
•¿E o que acontece se... ele me pedir que... você sabe... sejamos íntimos? - perguntou com timidez.
Eu sorri empaticamente.
-¡Não sei! Depende de ti. - respondi após lhe dar um beijo.
Mas pude notar na bondade de seus olhos que, para não me decepcionar, tentaria evitá-lo se fosse possível.
•Ok, o considerarei. Mas confio em ti, Marco. Confio em ti com minha vida - respondeu sinceramente.
Eu sorri e lhe tomei a mão, beijando-a carinhosamente.
-Bem. Então, te levaria ao trabalho. Tentarei manter-me em contato. - disse-lhe, fazendo-a se sentir aliviada.
Nós nos banhamos separadamente e nos vestimos. No entanto, nossa Sobressalto seria monumental, dado que, à entrada do nosso edifício corporativo, encontramo-nos com nada menos que com Edith, que parecia esperar-nos especialmente a nós.
É bom ver que arreglaram suas diferenças. – comentou com picardia, ao notar nossa vergonha.
-Lo sinto. Se te molesta…- desculpei-me, embora Edith me interrompesse.
-O para nada! – acrescentou sorriente em direção a Maddie. – Se ela pode manter-te interessado em seguir trabalhando conosco, podemos dispor de algumas horas do seu tempo.
Maddie e eu nos olhamos. Era claro que Edith sabia tudo entre nós.