Os níveis maiores de satisfação sexual na mulher ocorrem após o orgasmo alcançado após penetração vaginal e não tanto mediante o conseguido após estimulação clitoroidea.
Na literatura científica em Medicina Sexual são poucos os trabalhos sérios sobre comportamentos sexuais humanos que se publicam. Recentemente o grupo de Stuart Brody do Reino Unido publicou num interessante estudo no 'Journal of Sexual Medicine'. Os autores pretendem responder a pergunta de quais tipos de comportamentos sexuais produzem maior satisfação para o indivíduo ou sua parceira: masturbação, penetração vaginal, sexo anal e sexo oral. Um recente estudo publicado também nesta revista e desenvolvido em 27 países revela que a insatisfação sexual está muito presente nas nossas vidas, afetando um 58% das mulheres e um 57% dos homens entrevistados. Estes porcentagens são altamente chamativas e claramente há muito para melhorar. Além das convicções religiosas de cada um, a vida sexual é saúde e assim o reconhece a Organização Mundial da Saúde na sua definição do ano 2002. Saúde sexual é um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social relacionado com a sexualidade; não é meramente a ausência de doença, disfunção ou debilidade. A saúde sexual requer um abordagem positiva e respeitosa em relação à sexualidade e às relações sexuais, bem como a possibilidade de obter prazer e experiências sexuais seguras, livres de coerção, discriminação e violência. Para que a saúde sexual seja alcançada e mantenida, os direitos sexuais de todas as pessoas devem ser respeitados, protegidos e cumpridos. Em geral, se admite que os níveis maiores de satisfação sexual na mulher se produzem após o orgasmo alcançado após penetração vaginal e não tanto mediante o conseguido após estimulação clitoroidea. Já Freud apontava as mesmas observações afirmando que a melhor maneira para liberar a tensão em uma personalidade feminina madura era o coito vaginal. Fisiologicamente, após um orgasmo vaginal a liberação de prolactina (hormona relacionada com sensação de bem-estar sexual-saciedade) é 400% maior que apos uma masturbação. Os achados deste trabalho realizado em mais de 2.810 pessoas, lançam que as relações sexuais mediante penetração vaginal (e, portanto, o orgasmo), são as mais valorizadas tanto por homens como por mulheres na sua escala de satisfação sexual e, é mais, essa sensação subjetiva de satisfação se correlaciona de maneira inversa com a masturbação. Além disso, essas associações relacionavam-se com o número de vezes, isto é, a maior número de relações sexuais com penetração mais satisfação e felicidade, e a maior número de masturbações, menor satisfação e menor felicidade. Essas medições mediante questionários da felicidade e satisfação individual se traduziam na parceira em sua globalidade, aumentando a felicidade desta. Em linhas gerais, este trabalho põe de manifesto que as relações sexuais nas quais se dá e se recebe são mais satisfatórias. Em fim, que as relações íntimas entre dois seres humanos que se querem aumenta a felicidade dos mesmos. Meus queridos cibernautas, gostaria muito de conhecer sua opinião pessoal sobre este trabalho. Creis que os autores estão certos? Aproveito para enviar um grande abraço para todos.
Fuente original: http://www.diariosalud.net
3 comentários - Mulheres se satisfazem mais com a penetração.