Acordou-me sentindo culpada. Os raios do sol já estavam filtrando-se pelas pequenas aberturas da persiana. O ventilador estava a máxima velocidade, mas ainda assim não apaciguava o calor. Estava deitada sobre a cama, sem cobrir-me com as sábanas. Miguel já havia ido trabalhar. Perguntei-me se ele me havia visto. Lembro que estava usando apenas uma thong e uma blusa sem mangas. Evidentemente não se havia sentido tentado a acordar-me e dar um mergulho. Não me surpreendia, mas não por isso deixava de sentir-me frustrada por isso.A culpa pelo que eu havia feito à noite foi substituída pela irritação. Ele tinha sua boa parte de responsabilidade pelas tolices que eu estava fazendo e, sobretudo, pelas tolices em que estava pensando.
Doei uma ducha e me dispus a começar o dia. Então o recordo. Os meninos ainda estavam em casa! Noah e Luca haviam passado a noite lá e se ficariam pelo menos até ao meio-dia. Assim havíamos acordado com Bauti. Eles não tinham aula porque a escola seria desinfectada. E Miguel estava trabalhando todo o dia. Ou seja, teria que passar várias horas sozinha com esses meninos libidinosos.
O fato de meu filho estar com eles não me fazia sentir mais segura, antes ao contrário.
Mas não podia ficar presa o tempo todo em meu quarto. Era minha casa e eu era a mulher adulta que estava encarregada. Não me deixaria intimidar. Saí do banheiro, nua, e perguntei-me o que roupa eu usaria. Supunha-se que não devia me preocupar com isso.
Nunca havia vestido de maneira muito provocadora. O problema era que meu corpo era tão voluptuoso que igual chamava atenção. E no entanto estava lá, com a porta do armário aberta, sem terminar de decidir-me.
Concluí que não ia restringir-me em minha própria casa por eles. Fazia tanto calor que o simples fato de usar um calção podia resultar incômodo. Assim, pus um vestido azul. Chegava às rodilhas, era de corte reta e não tinha decote. Em si não era especialmente provocativo, mas a tela se aderia ao meu corpo de tal maneira que ressaltava todas minhas curvas. Principalmente nas nádegas e nos seios, que se sentiam um pouco apertados.
Iria atar meu cabelo loiro em uma Booty de cavalo, mas o deixei solto. Recordou que um dos meninos havia dito que eu parecia muito com Evangelina Anderson. Segundo eu, ela é uma das mulheres mais bonitas da Argentina, portanto esse comentário resultou ser um dos maiores elogios que me haviam feito. Claro, eu não tinha relleno em Os lábios nem os pómulos tão afiados, mas igual minha boca era naturalmente grossa e minhas feições estavam bem definidas. Depois de tudo sim que eu me via muito semelhante a ela.Me maquillei e pintei os lábios com um vermelho suave, apenas mais intenso que meu tom natural. Pus um delineador de olhos escuro. Havia pouco me havia depilado as sobrancelhas, por isso essa parte do meu rosto ficava muito bem. De fato, havia me depilado completamente no salão de beleza da minha amiga Tatiana, o que Miguel, para minha surpresa, sim havia notado.
Eram as nove da manhã. Dirigi-me à habitação do meu filho. Bati a porta. Mas essa vez não esperei que me respondessem. Simplesmente aguardei alguns segundos e entrei, sabendo que podia encontrar uma surpresa. Bautista e Luca estavam na cama. Ambos com um joystick da PlayStation na mão. Agradeceu que não estivessem vendo pornografia. Mais ainda, que não estivessem vendo minhas fotos.
Todavia, não me sentia psicológicamente preparada para enfrentá-los por esse assunto, mas já o faria mais adiante,
—Já deixem isso. Devem ter estado jogando toda a noite —dissi, embora soubesse muito bem que haviam estado fazendo outra coisa bem distinta—
Vou preparar o desjejum. Onde está Noah? —perguntei, pois não o via por qualquer lado.
—Estou aqui, senhora —disse o menino, saindo do banheiro. Estava quase nu. Seu cabelo estava molhado e seu corpo húmido tinha gotas por todas as partes. Acabara de dar uma ducha. Notei que, apesar de ser muito magro, tinha os músculos mais definidos que havia visto em alguém da sua idade. Estava apenas tapado por uma toalha que mal cobria desde a cintura até suas partes pudendas—
Que linda está hoje, senhora Molinari —adicionou após, com total naturalidade.
O elogio me tomou de surpresa. Costumava intimidar os homens, mas esse adolescente me dava um piropo espontaneamente. Esse tarzán do conurbano, quase nu, estava comendo com a mirada. Noté que seus músculos eram grossos e musculosos, e não pude evitar atribuir-lhes uma potência descomunal. Uma gota de água se deslizava por sua barriga e se metia por os espaços que havia entre os músculos do seu abdome. Os seus olhos pousaram-se em meus seios, com um ardor inequívoco. Instintivamente me cruzei de braços, a defensiva. Disse-me, uma vez mais, que eu era a adulta da casa, assim não devia deixar-me intimidar pela mirada lasciva de um adolescente.
—Casas —corrigi, sem fazer caso à sua piropo—
Nunca usei o sobrenome do meu marido. Assim, digam-me senhora Casas.
—Claro, senhora Casas —disse Noah, com uma sonrisa, agora apartando a mirada. Por fim.
Alegrei-me de que não fosse tão insolente como parecia ser. Fizera-me a ideia de que ia sair com alguma ocurrencia e continuar desnudando-se com a mirada, mas não foi assim. Talvez se eu me pusesse firme, poderia controlar aqueles filhos.
—Vocês também dêem uma banho —dissei a Bauti e Luca—
E abram as janelas. Aqui cheira muito mal. Em meia hora está o desjejum. Saí do quarto e fechei a porta, convencida de ter tido uma pequena vitória com essa humilhação.
Realmente a sala não cheirava tão mal, de fato prevalecia o cheiro de desodorante que Noah acabara de pôr e por baixo se sentia um leve cheiro de encerramento, e talvez a maconha. Mas então voltei sobre meus passos, com intenção de escutar o que diziam.
—Que lento estiveste Luca —decia Noah—
Quando lhe disse que estava bela, terias que ter dito que todos os dias estava bela, ou algo pelo estilo. Te a deixei picando e não foste capaz de meter o gol.
—É que parecia mais séria do que de costume —comentou Luca—
Não será que se deu conta do que fizemos?
—Não creo —disse Bauti—
Quando recém-se levanta suele estar de mau humor. Já se lhe vai passar
Meu próprio filho, entregando-me às lascivas garras dos seus amigos. Isso era algo que não podia terminar de asimilar. O que classe de pessoa era Bautista realmente? Tan mal o havia criado?
—Viram como me quedou mirando? —perguntou Noah—
Creio que com um pouco— de paciência eu posso levantar. Bauti, tire um centro, não seas mau. Como tenho que ser com tua mãe? Me senti uma estúpida. Havía reparado em como me olhava ele, mas eu mesma não havia podido desviar meus olhos de aquele corpo magro e travado. —Nem ideia. Sempre esteve com papá, e nunca vi que se fixasse em outro homem. O que tenho claro é que gostam dos meninos maduros e educados. Fazendo-te o cancro não te vais ganhar nunca —explicou meu filho. —Me estranha Bauti, isso é o que dizem todas —retruciu Noah—. Que gostam dos amáveis, dos cavalheirosos, dos sérios, dos fiéis, dos bem educados, dos respeitosos... Mas sempre terminam com tipos como nós, eh, Luca? —É verdade. Uma coisa é o que as mulheres dizem. E outra é o que fazem —corroborou Luca. —Pode ser. Vocês têm mais experiência que eu com as cuties —concedeu meu filho—. Mas não creo que se fije em alguém tão jovem como vocês. Muito menos nos dois ao mesmo tempo. Vão ter que se conformar com o que lhes dou. “O que lhes dou”, repeti em minha mente, indignada. O que dava a seus amigos era a sua mãe nua, a sua mãe indefesa enquanto dormia. Isso lhe dava. —Foi incrível ontem —disse Noah—. Ainda me lembro de como se sentiu acariciar esse ass com o cock. Olhem, só pensando nele já tenho outra ereção. Assim que ele havia sido, pensei eu, sentindo como se me acelerava o coração. Igual não me estranha, pois não era apenas o mais arrojado dos dois, mas também o tamanho do membro que havia sentido, coincidia com a estatura de Noah. No entanto, não deixava de ser um descobrimento impactante. Agora, aquela cock invisível tinha rosto. E tampouco me esquecia de que Luca havia estado manuseando-me um bom tempo. —Mas por fazer isso, fizeste despertar ela —disse Luca—. Se tivesse aguentado, podíamos ter estado manuseando-a um tempo mais. —Sim, sim, já te quejei muito sobre isso ontem —disse Noah, irritado—. É que aquele cu atraiu meu cock como um imã atrae o metal. Além disso, certamente a Bauti se vão ocorrer novos planos para poder manipulá-la novamente. É mais, Bauti, por que não pensás em um plano para nos apanhar? Não me refiro a conquistar, senão a buscar o modo de que não tenha outra alternativa que aceitar estar conosco. Por experiência te conto que não todas as mulheres se entregam aos tipos que lhes agrada. A algumas há que apurarlas, encaralas de propósito. A outras gostam que as submetam, que as maltratem. Deve ter um ponto fraco sua mãe. Algo que a faça descer a saia. Que cara, pensei eu, já nem sequer indignada, senão mais bem abatida ante o modo tão misógino que aquele garoto de conceber o sexo. —Eso Bauti, exprimí essas neurônios que tens —o animou Luca—. Invente algo para cair em dona Mariana. O dia que puder tocar-lhe esse gordo traseiro sem medo de que se desperte, vais ser meu herói. —Deveria pená-lo muito —disse meu filho, com certa solemnidade, como se acabassem de contratar para um trabalho muito complexo—. Mas se posso criar um bom plano, isso sim que lhes custaria um olho da cara. Não creo que possam pagar. Ahí estava novamente, oferecendo-se por uns bilhetes. Definitivamente havia feito algo mal como mãe. —Não nos antecipemos. Vos pensá em algo, e depois arreglamos o preço. Vamos, nem tem sentido que tenhas algo que não possas vender —disse Noah—. —Eso é verdade —accedeu meu filho—. Mas não quero que se queixem quando lhes digo o preço. —Bom, vou-me banhar —disse Luca, e após fazer as sábanas de lado, segundo deduzi, acrescentou—: Miren, eu também tenho duro. Só falar desse homem me põe assim. —Tranquilo, que até Bauti deve estar com a bunda mole —disse Noa, rindo. —Nada disso! —exclamou Bautista. Houve um forcejeo. Imaginé que Noah estava puxando seu cobertor—. Não! Escutei as estériles queixas de meu filho. Afastei-me, pois isso era o máximo que podia ouvir. Não podia tolerar mais. No corredor escutei suas risadas. Não quis saber o que as causavam. Descei as escadas, com o coração querendo sair do meu peito. Minhas pernas tremiam. Todo o meu corpo tremia. Estava claro que devia pôr um limite. Mas não podia lhes dizer o que havia acontecido ontem à noite, porque se eu o fizesse, revelaria que estivera acordada enquanto eles me abusavam. O melhor era esperar que passasse o dia, que finalmente fossem da minha casa e a partir de então tomar as medidas necessárias. Proibir Bauti de relacionar-se com esses garotos seria a primeira. Talvez devia mudá-lo para outra escola. Sim, isso farei. Mais tarde enviarei meu filho ao psicólogo para trabalhar sobre essa maneira peculiar de ser. Entrei na cozinha. Repreendi-me. Tudo isso estava acontecendo, em parte, por minha culpa. Por que havia deixado que entrassem no meu quarto? Foi o próprio meu corpo que me respondeu. Quando o tremor que me havia agarrado se atenuou, até quase desaparecer, notei o estremecimento em toda a minha ingle. O sexo parecia estar palpitando. Notei também que os meus seios se sentiam mais apertados do que quando me vesti. Estavam inchados e os meus mamilos duros. Em resumo, estava quente. E era justamente isso o que havia acontecido na noite anterior. Disse a mim mesma que não podia ser que estivesse quente com esses garotos. Minha intempestiva excitação era pela crise que estava passando, sem dúvidas. A crise dos 40 anos. Estava atravessada por um monte de emoções que não havia sentido em mais de uma década e meia. Estava confusa. E no entanto não podia tirar da cabeça a imagem do jovem e alto Noah, semidesnudo, com gotículas d'água escorrendo lentamente por seu abdome marcado. Suspirei fundo, ofuscada. O calor não ajudava para que minha mente funcionasse corretamente. Faria o desjejum e iria para a sala de estar, sob o ar condicionado. Afastei Noah e Luca da minha cabeça. Mas lembrava algo que haviam dito. Que as mulheres gostavam dos garotos como eles. Arrogantes, maliciosos e manipuladores, acrescentei eu na minha mente. Era verdade apenas a meio. À hora de pensar em uma relação séria, a majority of women would have been inclined towards another type of men. I was a clear example of that. However, when it came to getting laid, the choice was much simpler and more primitive. At least that's how I was when I hadn't met Miguel yet. In my promiscuous adolescence, where I had gotten tangled up with a bunch of bad boys. I refused to continue thinking along those lines. I put myself to making breakfast. I shouldn't have bothered doing it. If they were so grown-up as to be talking about women in such a denigrating way, they could prepare their own breakfast. On a whim of malice, I decided to make them some chocolate. Maybe that way they would understand that for me they were just kids. Another small humiliation, like the one from a little while ago. I took out three cups from a small wooden cabinet. I put cocoa in them. Then I poured a stream of cream into one of the cups and started beating it. —Can I help?—I heard someone say. But it surprised me. I let out a scream of terror, which made the cup slip out of my hand and shatter on the floor. —Sorry!—Noah said. It's just me. Don't be scared. He came closer to me and took my hands. They were trembling. The hairs on my arm had stood up, which embarrassed me. I pulled away, then bent down to start picking up the pieces of the cup. I noticed the image I was giving the boy. Me bending at his feet. My head at the height of his knees. I wouldn't be surprised if he were having the most luxurious thoughts. I lifted my gaze instinctively and, indeed, found myself looking into his brown eyes, very attentive to that simple act I was doing, but which for him, probably, would be something extremely erotic. Then Noah bent down too. Our faces ended up at a very inconvenient distance. A distance that in itself was a provocation. Were his lips so plump? I hadn't noticed before. For an instant, I was sure he was going to kiss me. He was looking at my lips in such a way that it was hard Não suspeite disso, mas em vez disso levou a sua mão para a minha, que tinha um pedaço de xícara. —Deixe. Eu me encaro de limpar —disse—. Além disso, não quero que se corte. Esta porcelana está frágil. Sua mão estava sobre a minha. Notei que, com o dedo polegar, me acariciava lentamente. Então soltei o pedaço de porcelana. Fiz isso involuntariamente, quase como uma reação defensiva. No entanto, o menino ficou alguns instantes com a mão ainda apoiada na minha e acariciando-a de maneira muito sutil, mas que não deixava de ser evidente para mim. Ontem não fui tão sutil, pensei. Ontem frotaste seu pau duro em meu cu. O que classe de moleque depravado fazia isso? Mas uma voz em meu interior me disse algo que atenuou minha indignação com Noah. “E você permitiu”, dizia essa voz. Pus-me de pé, separando-me daquela mão de dedos longos. Noah limpava enquanto eu preparava o café-da-manhã. Estava lhe dando as costas. Perguntei se estava me olhando furtivamente para meu cu. Talvez até mesmo pretendesse ver por baixo do vestido, embora não fosse tão curto que pudesse vislumbrar minha roupa interior, salvo que se aproximasse muito. —Que delicioso. Há um tempo que não tomo xícara de chocolate —comentou. Havera juntado o destroço que fiz e havia deixado o chão limpo. —Eu me alegro —disse, percebendo que a pequena humilhação que havia pretendido ficava sem efeito—. Você gosta da pastafrola? Fiz uma ontem. Apenas disse isso, me repreendi por ser tão complacente. É verdade que sempre fui assim. Uma dona de casa manual, sempre pronta para servir meu marido, meu filho e qualquer convidado. Saía por inércia. —Claro, eu amo —respondeu—. Você é um anjo. Não quer adotar-me? Prometo que vou ser muito melhor filho do que é Bauti—bromeou após isso. —Não acredito que possa me ver como uma mãe —respondi, enchendo o último vaso de creme. —Isso é verdade —disse ele. Não adicionou mais nada, mas estava claro para mim em que sentido havia pronunciado aquela frase, e eu havia sido suficientemente burra para dar-lhe oportunidade de fazer isso. Para ele não era uma mãe. Era um objeto sexual e eu sabia muito bem. O que ainda não sabia era se tanto ele como Luca estavam cientes de que eu conhecia muito bem seus desejos. A verdade é que não os escondiam muito. De fato, nesse mesmo momento sentia como se me estava desvistando com a mirada. Girou bruscamente e, como havia suposto, estava me comendo com a mirada. Não pareceu absolutamente contrariado por ser descoberto com as mãos na mão. Igual não disse nem fiz nada sobre isso. Limitou-se a simular que não havia dado conta de que estava me observando o cu com descaro. —Você avisa seus amigos para que já baixem a despejar? — eu disse. Noah disse que claro que faria, e foi buscar os outros dois degenerados. Quando se sentaram na sala de jantar, levei uma bandeja com chocolate quente. Depois voltei pela pastafrola, que havia cortado em pedacitos. Podia levar tudo junto, mas senti o impulso de me fazer ver a maior quantidade de vezes possível. Disse a mim mesma que era para ver o que faziam e, acima de tudo, para ouvir os, mas não podia me ocultar a mim mesma o fato de que me gerava certo morbo saber-me observada libidinosamente por esses adolescentes hormonais. Quando ia e vinha da sala de jantar balançava as cadeiras mais do que normal, e estava segura de que seus olhos estavam concentrados nas partes mais sensuais do meu corpo.Minha excitação não parava de me surpreender. E tornava-se cada vez mais incontrolável. Devia fazer algo a respeito. Não sabia como iria lograr, mas Miguel teria que me satisfazer. Se fosse necessário comprar-lhe viagra para que o fizesse apesar de ele não ter vontade, faria. Caso contrário... Eu perguntei-me, consternada, o que aconteceria se meu marido não contribuísse para que eu sobrevivesse essa fase peculiar da minha vida. Como já disse, a infidelidade era algo em que eu nem sequer pensava. Nunca havia tido a necessidade de meditar sobre aquilo. Quando me sentia atraída por outro homem que não fosse meu marido, apenas se tratava de uma coisa superficial, quase infantil. Como quem se sente atraída por um ator de novelas. Um sentimento inofensivo que nunca se refletia na realidade. Eu disse a mim mesma que se algum dia ele me fosse infiel, certamente não o faria com adolescentes, muito menos com os amigos do meu filho. Mas essa promessa apenas afirmava o fato de que eu estava planejando ser infiel. Era algo hipotético, algo que se via muito longe, e no entanto estava aqui. —Não se preocupe, nós levantamos a mesa e lavamos, faltava mais —disse Noah, quando terminaram de desjejum. Sua persistente condescendência me irritou. Decidi que não ia permitir mais que ele zombasse de mim. Isso de dizer obscenidades sobre mim às minhas costas e se fazer o bonzinho quando estava frente a mim, era intolerável. —Bom, enquanto seus amigos fazem isso. Anda ao mercadito, Bauti —disse eu ao meu filho. Agarrei uma lista de compras que já tinha preparada e lha entregue. —Agora? —perguntou ele, receloso—. Posso fazer quando eles se forem, à tarde. Ou melhor, espero-os e vou com eles. Em seus olhos azuis havia uma inquietude que me divertia. —Mas eu preciso do líquido para lavar agora mesmo. E de passagem compre o resto —disse, inflexível. —Dale, Bauti, ajuda a tua mãe, não sejas vagabundo —espetou Noah—. Nós te alcançamos mais tarde. Era óbvio que lavar os pocillos e a bandeja da... pastafrola couldn't take them more than five minutes. Bauti was right, she could wait and go with them. But I wanted to give her a dose of her own medicine. So much that I had used my intimate photos in exchange for money, now she would see herself in the discomfort of knowing that I would stay with her two friends alone at home. Let's see if she liked things happening without him in the middle, manipulating the situation. Finally, he grabbed the money and left. Then I went to the kitchen. The boys were already finishing their task. They were whispering. My paranoia, and also my ego, made me think they were talking about me. —Boys —I said. I armed myself with courage, put my arms akimbo—. I want to be sincere with you. I'm not fooled. They looked at each other in surprise, then at me. Luca even blushed. I was silent for a few moments, gloating over their fear. But I couldn't tell them what they had done that night. I didn't feel like doing it, and I also didn't want them to think I let them grope me. —But we don't intend to deceive her —said Noah. —As I said, I'm not fooled. I don't know what you're hiding between yourselves. But I won't forget that, until a few months ago, they mistreated Bauti —I said. I felt a drop of sweat sliding down my back—. Even once he came beaten up, and I had to go talk to the school director. And now are their best friends? —I added, with a furrowed brow. I realized that my words hadn't come out as firm as I would have liked, but it was already done. I did it as well as I could. —But if we've already talked to Bauti and smoothed things over —explained Luca. I already imagined how they had smoothed things over, but I wasn't going to mention my photos. As far as they were concerned, I knew nothing about that. —I'm sorry, but I don't like my son linking up with you. Besides, even if you're the same age, you're much more precocious. Don't think I don't smell the marijuana on your clothes. I have no interest in que lhe peguem suas más ruins costumos. —Mas senhora Casas —disse Noah, com uns olhos brilhantes que pareciam reflectir uma enorme consternação—. Não é só que já não incomodássemos Bauti. Também o defendemos. Olhe. No início não entendi o que queria dizer. Estendeu a mão. Depois reparei nos nós dos dedos. Estavam feridos. Como se alguém tivesse marcado os dentes neles. —Se pelearam por Bauti? —dissei, franzindo o cenho. —Sim, alguns rapazes do outro curso lhe estavam dizendo coisas sobre… —disse Luca. Noah interrompeu-o, bateu-lhe no braço e fez um gesto para que fizesse silêncio. —O que lhes estavam a dizer a Bauti? —perguntei. De repente percebi que ambos se me haviam aproximado muito. E eu me havia quedado contra a parede. Sentiu-me indefesa e acorralada, como se fosse um animalito indefeso rodeado por seus depredadores. Estava quase segura de que estavam mentindo. Essas feridas podiam ser de qualquer briga. Eram rapazes pendencieros e a violência era algo comum nas suas vidas. —Lhes estavam a dizer vulgaridades dele —disse Noah, após simular hesitar um pouco—. Como era que dizia Román? —perguntou a Luca, embora mais tarde se respondesse ele mesmo—. O que tinha um cu tão grande e redondo que até poderiam comer nele? —soltou, refletindo indignação nas palavras, mas pronunciando-as com total clareza.—E o que tem pinta de uma escort de luxo —disse Luca, com tom inocente, para logo afastar a olhar de mim, pois havia voltado a posar-se sobre minhas tetas. —E acho que Geri disse que se agarraria e faria cinco filhos igualmente tarados que Bauti —disse Noah. —Oké, já entendi —dsei, agora ruborizando-me eu. —Também diziam que iam juntar dinheiro para oferecê-la em troca de sexo. E que iam lhe dar dez ejaculações. E que iam preencher essa cara de puta de cum —insistiu Noah. Esta vez desenhou uma sonrisa por um instante, para logo apagá-la daquela cara arrogante que tinha.—Bom, é isso! —disse eu, escandalizada—. Não posso acreditar que uns moleques da sua idade me vejam assim. Não sabem nem como começar a lidar com uma mulher como eu —adicionei, e imediatamente me arrependi daquela última frase. Não havia por quê alimentar sua imaginação pensando em como me possuiriam. Agora os meninos estavam literalmente sobre mim. Se se movessem apenas alguns milímetros para a frente, apoiariam-se nas minhas cadeiras. Era óbvio que todas aquelas frases depreciativas que supostamente haviam dito outros alunos era o que eles pensavam de mim. Pareciam sentir um prazer morboso ao me dizerem tudo isso na cara.
—Mas não são apenas eles, senhora Mariana —disse Luca, agora sem qualquer pouco de vergonha—. Qualquer menino da nossa idade sonha com uma mulher como você. Era óbvio que a conversa havia virado para lugares inadequados. Mas eu ainda estava acorralada. Me sentia estranhamente intimidada e dominada. Noah não era tão corpulento, se bem fosse alto. E Luca nem mesmo era alto. Mas os dois me flanqueavam de uma maneira estranha, com uma proximidade a todas luas inapropriadas, e eu não sentia a determinação necessária para me afastar dali. Creio que gostava desse jogo. Que se excitavam referindo-se a mim, falando vulgaridades, vendo o efeito que tinha essa cosificação.
—Mas não —disse eu, fazendo-me a tola. Não podia dar-lhes oportunidade de me declarar que sentiam desejo por mim—
Então eles finalmente se aproximaram mais. Seus pênis apertados nas minhas cadeiras. Ambos tinham uma semi-ereção e me estavam fazendo sentir em minhas carnes. A situação já era insustentável. Se ficasse ali apenas alguns segundos mais, lhes estaria dando a entender que poderiam pegar-me ali mesmo. Assim, me afastei, dando uns passos para a frente, fazendo lugar entre eles. Mas esse movimento fez que eu me frotasse com seus Cocks with greater intensity. Besides, Noah took advantage to rub my buttocks softly. Something that was almost imperceptible. A touch that could be attributed to the sudden movement I had made myself. But I knew very well that it wasn't like that. —I don't like it when they have to resort to violence — I said. I leaned my back against the counter, and crossed my arms. I was uncomfortable, but also excited. —We too. We only use it as a last resort — Noah assured. There was a tense silence. I saw Luca swallow saliva. Both were looking at me. It was obvious that they had also felt eroticized by the situation. Even Noah's erection could be seen. Under his pants, a tube-shaped bulge had formed and was leaning to the left. I noticed that I had been staring at his crotch for too long. I turned away, reprimanding myself for my clumsiness. —Then... can we still be friends with Bautista? — Luca asked. —For now yes — I replied. I waved goodbye with my hand, as I felt very hot—. But I'm not entirely convinced. Let's say they're on probation. —And when will the exam take us away? — Noah asked, with a lascivious tone. —They'll always be being examined — I replied. Bauti finally returned. They stayed for a while in the living room, until it was time to eat. And then, finally, they left. They greeted me with a kiss on the cheek, although both were too close to my lip corners. —Thanks for receiving us, Mrs. Casas — Luca said. —I hope I see her soon — Noah commented. —For sure — I said, without promising anything. —Mom, are you okay? — Bauti asked, once we were alone again—. You look... altered. I paid attention to how I looked at me. I felt nervous, although I wasn't trembling. I noticed my breasts swelling up again. My nipples were erect, and rubbed against the dress fabric. Had they noticed that I wasn't wearing a bra? Now I realized why they had been staring at my tits. I walked towards the table, to agarrar o pano e levar para lavar, e notei como meu sexo se frotava com a borracha do sutiã. E estava segura de que estava molhada. Se havia dado conta disso meu filho? —Estou bem, por quê você diz isso? —preguntei, defensiva. —Não importa —disse ele—. Ouça-me. Alguém me disse algo enquanto eu fui comprar? —Nada —menti. Me regoziei com a ideia de que seus amigos lhe dissessem que sim haviam falado comigo. Que se desse conta de que havia mentido, e que havíamos falado às suas costas. Se sentiria traído? De repente me perguntei o que diabos eu havia pensado fazer para entregar-me a seus amigos. Talvez estivesse apenas fanfarroneando, pensei. Talvez só se limitasse a tirar minhas fotos e enviá-las, e apenas havia dito o outro para os conformar. Também me perguntei quando e como eu faria essas fotos. —Gostei deles —disse, sem terminar de estar convencida de que era uma boa ideia dizer isso—. Espero vê-los logo.
Doei uma ducha e me dispus a começar o dia. Então o recordo. Os meninos ainda estavam em casa! Noah e Luca haviam passado a noite lá e se ficariam pelo menos até ao meio-dia. Assim havíamos acordado com Bauti. Eles não tinham aula porque a escola seria desinfectada. E Miguel estava trabalhando todo o dia. Ou seja, teria que passar várias horas sozinha com esses meninos libidinosos.
O fato de meu filho estar com eles não me fazia sentir mais segura, antes ao contrário.
Mas não podia ficar presa o tempo todo em meu quarto. Era minha casa e eu era a mulher adulta que estava encarregada. Não me deixaria intimidar. Saí do banheiro, nua, e perguntei-me o que roupa eu usaria. Supunha-se que não devia me preocupar com isso.
Nunca havia vestido de maneira muito provocadora. O problema era que meu corpo era tão voluptuoso que igual chamava atenção. E no entanto estava lá, com a porta do armário aberta, sem terminar de decidir-me.
Concluí que não ia restringir-me em minha própria casa por eles. Fazia tanto calor que o simples fato de usar um calção podia resultar incômodo. Assim, pus um vestido azul. Chegava às rodilhas, era de corte reta e não tinha decote. Em si não era especialmente provocativo, mas a tela se aderia ao meu corpo de tal maneira que ressaltava todas minhas curvas. Principalmente nas nádegas e nos seios, que se sentiam um pouco apertados.
Iria atar meu cabelo loiro em uma Booty de cavalo, mas o deixei solto. Recordou que um dos meninos havia dito que eu parecia muito com Evangelina Anderson. Segundo eu, ela é uma das mulheres mais bonitas da Argentina, portanto esse comentário resultou ser um dos maiores elogios que me haviam feito. Claro, eu não tinha relleno em Os lábios nem os pómulos tão afiados, mas igual minha boca era naturalmente grossa e minhas feições estavam bem definidas. Depois de tudo sim que eu me via muito semelhante a ela.Me maquillei e pintei os lábios com um vermelho suave, apenas mais intenso que meu tom natural. Pus um delineador de olhos escuro. Havia pouco me havia depilado as sobrancelhas, por isso essa parte do meu rosto ficava muito bem. De fato, havia me depilado completamente no salão de beleza da minha amiga Tatiana, o que Miguel, para minha surpresa, sim havia notado.
Eram as nove da manhã. Dirigi-me à habitação do meu filho. Bati a porta. Mas essa vez não esperei que me respondessem. Simplesmente aguardei alguns segundos e entrei, sabendo que podia encontrar uma surpresa. Bautista e Luca estavam na cama. Ambos com um joystick da PlayStation na mão. Agradeceu que não estivessem vendo pornografia. Mais ainda, que não estivessem vendo minhas fotos.
Todavia, não me sentia psicológicamente preparada para enfrentá-los por esse assunto, mas já o faria mais adiante,
—Já deixem isso. Devem ter estado jogando toda a noite —dissi, embora soubesse muito bem que haviam estado fazendo outra coisa bem distinta—
Vou preparar o desjejum. Onde está Noah? —perguntei, pois não o via por qualquer lado.
—Estou aqui, senhora —disse o menino, saindo do banheiro. Estava quase nu. Seu cabelo estava molhado e seu corpo húmido tinha gotas por todas as partes. Acabara de dar uma ducha. Notei que, apesar de ser muito magro, tinha os músculos mais definidos que havia visto em alguém da sua idade. Estava apenas tapado por uma toalha que mal cobria desde a cintura até suas partes pudendas—
Que linda está hoje, senhora Molinari —adicionou após, com total naturalidade.
O elogio me tomou de surpresa. Costumava intimidar os homens, mas esse adolescente me dava um piropo espontaneamente. Esse tarzán do conurbano, quase nu, estava comendo com a mirada. Noté que seus músculos eram grossos e musculosos, e não pude evitar atribuir-lhes uma potência descomunal. Uma gota de água se deslizava por sua barriga e se metia por os espaços que havia entre os músculos do seu abdome. Os seus olhos pousaram-se em meus seios, com um ardor inequívoco. Instintivamente me cruzei de braços, a defensiva. Disse-me, uma vez mais, que eu era a adulta da casa, assim não devia deixar-me intimidar pela mirada lasciva de um adolescente.
—Casas —corrigi, sem fazer caso à sua piropo—
Nunca usei o sobrenome do meu marido. Assim, digam-me senhora Casas.
—Claro, senhora Casas —disse Noah, com uma sonrisa, agora apartando a mirada. Por fim.
Alegrei-me de que não fosse tão insolente como parecia ser. Fizera-me a ideia de que ia sair com alguma ocurrencia e continuar desnudando-se com a mirada, mas não foi assim. Talvez se eu me pusesse firme, poderia controlar aqueles filhos.
—Vocês também dêem uma banho —dissei a Bauti e Luca—
E abram as janelas. Aqui cheira muito mal. Em meia hora está o desjejum. Saí do quarto e fechei a porta, convencida de ter tido uma pequena vitória com essa humilhação.
Realmente a sala não cheirava tão mal, de fato prevalecia o cheiro de desodorante que Noah acabara de pôr e por baixo se sentia um leve cheiro de encerramento, e talvez a maconha. Mas então voltei sobre meus passos, com intenção de escutar o que diziam.
—Que lento estiveste Luca —decia Noah—
Quando lhe disse que estava bela, terias que ter dito que todos os dias estava bela, ou algo pelo estilo. Te a deixei picando e não foste capaz de meter o gol.
—É que parecia mais séria do que de costume —comentou Luca—
Não será que se deu conta do que fizemos?
—Não creo —disse Bauti—
Quando recém-se levanta suele estar de mau humor. Já se lhe vai passar
Meu próprio filho, entregando-me às lascivas garras dos seus amigos. Isso era algo que não podia terminar de asimilar. O que classe de pessoa era Bautista realmente? Tan mal o havia criado?
—Viram como me quedou mirando? —perguntou Noah—
Creio que com um pouco— de paciência eu posso levantar. Bauti, tire um centro, não seas mau. Como tenho que ser com tua mãe? Me senti uma estúpida. Havía reparado em como me olhava ele, mas eu mesma não havia podido desviar meus olhos de aquele corpo magro e travado. —Nem ideia. Sempre esteve com papá, e nunca vi que se fixasse em outro homem. O que tenho claro é que gostam dos meninos maduros e educados. Fazendo-te o cancro não te vais ganhar nunca —explicou meu filho. —Me estranha Bauti, isso é o que dizem todas —retruciu Noah—. Que gostam dos amáveis, dos cavalheirosos, dos sérios, dos fiéis, dos bem educados, dos respeitosos... Mas sempre terminam com tipos como nós, eh, Luca? —É verdade. Uma coisa é o que as mulheres dizem. E outra é o que fazem —corroborou Luca. —Pode ser. Vocês têm mais experiência que eu com as cuties —concedeu meu filho—. Mas não creo que se fije em alguém tão jovem como vocês. Muito menos nos dois ao mesmo tempo. Vão ter que se conformar com o que lhes dou. “O que lhes dou”, repeti em minha mente, indignada. O que dava a seus amigos era a sua mãe nua, a sua mãe indefesa enquanto dormia. Isso lhe dava. —Foi incrível ontem —disse Noah—. Ainda me lembro de como se sentiu acariciar esse ass com o cock. Olhem, só pensando nele já tenho outra ereção. Assim que ele havia sido, pensei eu, sentindo como se me acelerava o coração. Igual não me estranha, pois não era apenas o mais arrojado dos dois, mas também o tamanho do membro que havia sentido, coincidia com a estatura de Noah. No entanto, não deixava de ser um descobrimento impactante. Agora, aquela cock invisível tinha rosto. E tampouco me esquecia de que Luca havia estado manuseando-me um bom tempo. —Mas por fazer isso, fizeste despertar ela —disse Luca—. Se tivesse aguentado, podíamos ter estado manuseando-a um tempo mais. —Sim, sim, já te quejei muito sobre isso ontem —disse Noah, irritado—. É que aquele cu atraiu meu cock como um imã atrae o metal. Além disso, certamente a Bauti se vão ocorrer novos planos para poder manipulá-la novamente. É mais, Bauti, por que não pensás em um plano para nos apanhar? Não me refiro a conquistar, senão a buscar o modo de que não tenha outra alternativa que aceitar estar conosco. Por experiência te conto que não todas as mulheres se entregam aos tipos que lhes agrada. A algumas há que apurarlas, encaralas de propósito. A outras gostam que as submetam, que as maltratem. Deve ter um ponto fraco sua mãe. Algo que a faça descer a saia. Que cara, pensei eu, já nem sequer indignada, senão mais bem abatida ante o modo tão misógino que aquele garoto de conceber o sexo. —Eso Bauti, exprimí essas neurônios que tens —o animou Luca—. Invente algo para cair em dona Mariana. O dia que puder tocar-lhe esse gordo traseiro sem medo de que se desperte, vais ser meu herói. —Deveria pená-lo muito —disse meu filho, com certa solemnidade, como se acabassem de contratar para um trabalho muito complexo—. Mas se posso criar um bom plano, isso sim que lhes custaria um olho da cara. Não creo que possam pagar. Ahí estava novamente, oferecendo-se por uns bilhetes. Definitivamente havia feito algo mal como mãe. —Não nos antecipemos. Vos pensá em algo, e depois arreglamos o preço. Vamos, nem tem sentido que tenhas algo que não possas vender —disse Noah—. —Eso é verdade —accedeu meu filho—. Mas não quero que se queixem quando lhes digo o preço. —Bom, vou-me banhar —disse Luca, e após fazer as sábanas de lado, segundo deduzi, acrescentou—: Miren, eu também tenho duro. Só falar desse homem me põe assim. —Tranquilo, que até Bauti deve estar com a bunda mole —disse Noa, rindo. —Nada disso! —exclamou Bautista. Houve um forcejeo. Imaginé que Noah estava puxando seu cobertor—. Não! Escutei as estériles queixas de meu filho. Afastei-me, pois isso era o máximo que podia ouvir. Não podia tolerar mais. No corredor escutei suas risadas. Não quis saber o que as causavam. Descei as escadas, com o coração querendo sair do meu peito. Minhas pernas tremiam. Todo o meu corpo tremia. Estava claro que devia pôr um limite. Mas não podia lhes dizer o que havia acontecido ontem à noite, porque se eu o fizesse, revelaria que estivera acordada enquanto eles me abusavam. O melhor era esperar que passasse o dia, que finalmente fossem da minha casa e a partir de então tomar as medidas necessárias. Proibir Bauti de relacionar-se com esses garotos seria a primeira. Talvez devia mudá-lo para outra escola. Sim, isso farei. Mais tarde enviarei meu filho ao psicólogo para trabalhar sobre essa maneira peculiar de ser. Entrei na cozinha. Repreendi-me. Tudo isso estava acontecendo, em parte, por minha culpa. Por que havia deixado que entrassem no meu quarto? Foi o próprio meu corpo que me respondeu. Quando o tremor que me havia agarrado se atenuou, até quase desaparecer, notei o estremecimento em toda a minha ingle. O sexo parecia estar palpitando. Notei também que os meus seios se sentiam mais apertados do que quando me vesti. Estavam inchados e os meus mamilos duros. Em resumo, estava quente. E era justamente isso o que havia acontecido na noite anterior. Disse a mim mesma que não podia ser que estivesse quente com esses garotos. Minha intempestiva excitação era pela crise que estava passando, sem dúvidas. A crise dos 40 anos. Estava atravessada por um monte de emoções que não havia sentido em mais de uma década e meia. Estava confusa. E no entanto não podia tirar da cabeça a imagem do jovem e alto Noah, semidesnudo, com gotículas d'água escorrendo lentamente por seu abdome marcado. Suspirei fundo, ofuscada. O calor não ajudava para que minha mente funcionasse corretamente. Faria o desjejum e iria para a sala de estar, sob o ar condicionado. Afastei Noah e Luca da minha cabeça. Mas lembrava algo que haviam dito. Que as mulheres gostavam dos garotos como eles. Arrogantes, maliciosos e manipuladores, acrescentei eu na minha mente. Era verdade apenas a meio. À hora de pensar em uma relação séria, a majority of women would have been inclined towards another type of men. I was a clear example of that. However, when it came to getting laid, the choice was much simpler and more primitive. At least that's how I was when I hadn't met Miguel yet. In my promiscuous adolescence, where I had gotten tangled up with a bunch of bad boys. I refused to continue thinking along those lines. I put myself to making breakfast. I shouldn't have bothered doing it. If they were so grown-up as to be talking about women in such a denigrating way, they could prepare their own breakfast. On a whim of malice, I decided to make them some chocolate. Maybe that way they would understand that for me they were just kids. Another small humiliation, like the one from a little while ago. I took out three cups from a small wooden cabinet. I put cocoa in them. Then I poured a stream of cream into one of the cups and started beating it. —Can I help?—I heard someone say. But it surprised me. I let out a scream of terror, which made the cup slip out of my hand and shatter on the floor. —Sorry!—Noah said. It's just me. Don't be scared. He came closer to me and took my hands. They were trembling. The hairs on my arm had stood up, which embarrassed me. I pulled away, then bent down to start picking up the pieces of the cup. I noticed the image I was giving the boy. Me bending at his feet. My head at the height of his knees. I wouldn't be surprised if he were having the most luxurious thoughts. I lifted my gaze instinctively and, indeed, found myself looking into his brown eyes, very attentive to that simple act I was doing, but which for him, probably, would be something extremely erotic. Then Noah bent down too. Our faces ended up at a very inconvenient distance. A distance that in itself was a provocation. Were his lips so plump? I hadn't noticed before. For an instant, I was sure he was going to kiss me. He was looking at my lips in such a way that it was hard Não suspeite disso, mas em vez disso levou a sua mão para a minha, que tinha um pedaço de xícara. —Deixe. Eu me encaro de limpar —disse—. Além disso, não quero que se corte. Esta porcelana está frágil. Sua mão estava sobre a minha. Notei que, com o dedo polegar, me acariciava lentamente. Então soltei o pedaço de porcelana. Fiz isso involuntariamente, quase como uma reação defensiva. No entanto, o menino ficou alguns instantes com a mão ainda apoiada na minha e acariciando-a de maneira muito sutil, mas que não deixava de ser evidente para mim. Ontem não fui tão sutil, pensei. Ontem frotaste seu pau duro em meu cu. O que classe de moleque depravado fazia isso? Mas uma voz em meu interior me disse algo que atenuou minha indignação com Noah. “E você permitiu”, dizia essa voz. Pus-me de pé, separando-me daquela mão de dedos longos. Noah limpava enquanto eu preparava o café-da-manhã. Estava lhe dando as costas. Perguntei se estava me olhando furtivamente para meu cu. Talvez até mesmo pretendesse ver por baixo do vestido, embora não fosse tão curto que pudesse vislumbrar minha roupa interior, salvo que se aproximasse muito. —Que delicioso. Há um tempo que não tomo xícara de chocolate —comentou. Havera juntado o destroço que fiz e havia deixado o chão limpo. —Eu me alegro —disse, percebendo que a pequena humilhação que havia pretendido ficava sem efeito—. Você gosta da pastafrola? Fiz uma ontem. Apenas disse isso, me repreendi por ser tão complacente. É verdade que sempre fui assim. Uma dona de casa manual, sempre pronta para servir meu marido, meu filho e qualquer convidado. Saía por inércia. —Claro, eu amo —respondeu—. Você é um anjo. Não quer adotar-me? Prometo que vou ser muito melhor filho do que é Bauti—bromeou após isso. —Não acredito que possa me ver como uma mãe —respondi, enchendo o último vaso de creme. —Isso é verdade —disse ele. Não adicionou mais nada, mas estava claro para mim em que sentido havia pronunciado aquela frase, e eu havia sido suficientemente burra para dar-lhe oportunidade de fazer isso. Para ele não era uma mãe. Era um objeto sexual e eu sabia muito bem. O que ainda não sabia era se tanto ele como Luca estavam cientes de que eu conhecia muito bem seus desejos. A verdade é que não os escondiam muito. De fato, nesse mesmo momento sentia como se me estava desvistando com a mirada. Girou bruscamente e, como havia suposto, estava me comendo com a mirada. Não pareceu absolutamente contrariado por ser descoberto com as mãos na mão. Igual não disse nem fiz nada sobre isso. Limitou-se a simular que não havia dado conta de que estava me observando o cu com descaro. —Você avisa seus amigos para que já baixem a despejar? — eu disse. Noah disse que claro que faria, e foi buscar os outros dois degenerados. Quando se sentaram na sala de jantar, levei uma bandeja com chocolate quente. Depois voltei pela pastafrola, que havia cortado em pedacitos. Podia levar tudo junto, mas senti o impulso de me fazer ver a maior quantidade de vezes possível. Disse a mim mesma que era para ver o que faziam e, acima de tudo, para ouvir os, mas não podia me ocultar a mim mesma o fato de que me gerava certo morbo saber-me observada libidinosamente por esses adolescentes hormonais. Quando ia e vinha da sala de jantar balançava as cadeiras mais do que normal, e estava segura de que seus olhos estavam concentrados nas partes mais sensuais do meu corpo.Minha excitação não parava de me surpreender. E tornava-se cada vez mais incontrolável. Devia fazer algo a respeito. Não sabia como iria lograr, mas Miguel teria que me satisfazer. Se fosse necessário comprar-lhe viagra para que o fizesse apesar de ele não ter vontade, faria. Caso contrário... Eu perguntei-me, consternada, o que aconteceria se meu marido não contribuísse para que eu sobrevivesse essa fase peculiar da minha vida. Como já disse, a infidelidade era algo em que eu nem sequer pensava. Nunca havia tido a necessidade de meditar sobre aquilo. Quando me sentia atraída por outro homem que não fosse meu marido, apenas se tratava de uma coisa superficial, quase infantil. Como quem se sente atraída por um ator de novelas. Um sentimento inofensivo que nunca se refletia na realidade. Eu disse a mim mesma que se algum dia ele me fosse infiel, certamente não o faria com adolescentes, muito menos com os amigos do meu filho. Mas essa promessa apenas afirmava o fato de que eu estava planejando ser infiel. Era algo hipotético, algo que se via muito longe, e no entanto estava aqui. —Não se preocupe, nós levantamos a mesa e lavamos, faltava mais —disse Noah, quando terminaram de desjejum. Sua persistente condescendência me irritou. Decidi que não ia permitir mais que ele zombasse de mim. Isso de dizer obscenidades sobre mim às minhas costas e se fazer o bonzinho quando estava frente a mim, era intolerável. —Bom, enquanto seus amigos fazem isso. Anda ao mercadito, Bauti —disse eu ao meu filho. Agarrei uma lista de compras que já tinha preparada e lha entregue. —Agora? —perguntou ele, receloso—. Posso fazer quando eles se forem, à tarde. Ou melhor, espero-os e vou com eles. Em seus olhos azuis havia uma inquietude que me divertia. —Mas eu preciso do líquido para lavar agora mesmo. E de passagem compre o resto —disse, inflexível. —Dale, Bauti, ajuda a tua mãe, não sejas vagabundo —espetou Noah—. Nós te alcançamos mais tarde. Era óbvio que lavar os pocillos e a bandeja da... pastafrola couldn't take them more than five minutes. Bauti was right, she could wait and go with them. But I wanted to give her a dose of her own medicine. So much that I had used my intimate photos in exchange for money, now she would see herself in the discomfort of knowing that I would stay with her two friends alone at home. Let's see if she liked things happening without him in the middle, manipulating the situation. Finally, he grabbed the money and left. Then I went to the kitchen. The boys were already finishing their task. They were whispering. My paranoia, and also my ego, made me think they were talking about me. —Boys —I said. I armed myself with courage, put my arms akimbo—. I want to be sincere with you. I'm not fooled. They looked at each other in surprise, then at me. Luca even blushed. I was silent for a few moments, gloating over their fear. But I couldn't tell them what they had done that night. I didn't feel like doing it, and I also didn't want them to think I let them grope me. —But we don't intend to deceive her —said Noah. —As I said, I'm not fooled. I don't know what you're hiding between yourselves. But I won't forget that, until a few months ago, they mistreated Bauti —I said. I felt a drop of sweat sliding down my back—. Even once he came beaten up, and I had to go talk to the school director. And now are their best friends? —I added, with a furrowed brow. I realized that my words hadn't come out as firm as I would have liked, but it was already done. I did it as well as I could. —But if we've already talked to Bauti and smoothed things over —explained Luca. I already imagined how they had smoothed things over, but I wasn't going to mention my photos. As far as they were concerned, I knew nothing about that. —I'm sorry, but I don't like my son linking up with you. Besides, even if you're the same age, you're much more precocious. Don't think I don't smell the marijuana on your clothes. I have no interest in que lhe peguem suas más ruins costumos. —Mas senhora Casas —disse Noah, com uns olhos brilhantes que pareciam reflectir uma enorme consternação—. Não é só que já não incomodássemos Bauti. Também o defendemos. Olhe. No início não entendi o que queria dizer. Estendeu a mão. Depois reparei nos nós dos dedos. Estavam feridos. Como se alguém tivesse marcado os dentes neles. —Se pelearam por Bauti? —dissei, franzindo o cenho. —Sim, alguns rapazes do outro curso lhe estavam dizendo coisas sobre… —disse Luca. Noah interrompeu-o, bateu-lhe no braço e fez um gesto para que fizesse silêncio. —O que lhes estavam a dizer a Bauti? —perguntei. De repente percebi que ambos se me haviam aproximado muito. E eu me havia quedado contra a parede. Sentiu-me indefesa e acorralada, como se fosse um animalito indefeso rodeado por seus depredadores. Estava quase segura de que estavam mentindo. Essas feridas podiam ser de qualquer briga. Eram rapazes pendencieros e a violência era algo comum nas suas vidas. —Lhes estavam a dizer vulgaridades dele —disse Noah, após simular hesitar um pouco—. Como era que dizia Román? —perguntou a Luca, embora mais tarde se respondesse ele mesmo—. O que tinha um cu tão grande e redondo que até poderiam comer nele? —soltou, refletindo indignação nas palavras, mas pronunciando-as com total clareza.—E o que tem pinta de uma escort de luxo —disse Luca, com tom inocente, para logo afastar a olhar de mim, pois havia voltado a posar-se sobre minhas tetas. —E acho que Geri disse que se agarraria e faria cinco filhos igualmente tarados que Bauti —disse Noah. —Oké, já entendi —dsei, agora ruborizando-me eu. —Também diziam que iam juntar dinheiro para oferecê-la em troca de sexo. E que iam lhe dar dez ejaculações. E que iam preencher essa cara de puta de cum —insistiu Noah. Esta vez desenhou uma sonrisa por um instante, para logo apagá-la daquela cara arrogante que tinha.—Bom, é isso! —disse eu, escandalizada—. Não posso acreditar que uns moleques da sua idade me vejam assim. Não sabem nem como começar a lidar com uma mulher como eu —adicionei, e imediatamente me arrependi daquela última frase. Não havia por quê alimentar sua imaginação pensando em como me possuiriam. Agora os meninos estavam literalmente sobre mim. Se se movessem apenas alguns milímetros para a frente, apoiariam-se nas minhas cadeiras. Era óbvio que todas aquelas frases depreciativas que supostamente haviam dito outros alunos era o que eles pensavam de mim. Pareciam sentir um prazer morboso ao me dizerem tudo isso na cara.
—Mas não são apenas eles, senhora Mariana —disse Luca, agora sem qualquer pouco de vergonha—. Qualquer menino da nossa idade sonha com uma mulher como você. Era óbvio que a conversa havia virado para lugares inadequados. Mas eu ainda estava acorralada. Me sentia estranhamente intimidada e dominada. Noah não era tão corpulento, se bem fosse alto. E Luca nem mesmo era alto. Mas os dois me flanqueavam de uma maneira estranha, com uma proximidade a todas luas inapropriadas, e eu não sentia a determinação necessária para me afastar dali. Creio que gostava desse jogo. Que se excitavam referindo-se a mim, falando vulgaridades, vendo o efeito que tinha essa cosificação.
—Mas não —disse eu, fazendo-me a tola. Não podia dar-lhes oportunidade de me declarar que sentiam desejo por mim—
Então eles finalmente se aproximaram mais. Seus pênis apertados nas minhas cadeiras. Ambos tinham uma semi-ereção e me estavam fazendo sentir em minhas carnes. A situação já era insustentável. Se ficasse ali apenas alguns segundos mais, lhes estaria dando a entender que poderiam pegar-me ali mesmo. Assim, me afastei, dando uns passos para a frente, fazendo lugar entre eles. Mas esse movimento fez que eu me frotasse com seus Cocks with greater intensity. Besides, Noah took advantage to rub my buttocks softly. Something that was almost imperceptible. A touch that could be attributed to the sudden movement I had made myself. But I knew very well that it wasn't like that. —I don't like it when they have to resort to violence — I said. I leaned my back against the counter, and crossed my arms. I was uncomfortable, but also excited. —We too. We only use it as a last resort — Noah assured. There was a tense silence. I saw Luca swallow saliva. Both were looking at me. It was obvious that they had also felt eroticized by the situation. Even Noah's erection could be seen. Under his pants, a tube-shaped bulge had formed and was leaning to the left. I noticed that I had been staring at his crotch for too long. I turned away, reprimanding myself for my clumsiness. —Then... can we still be friends with Bautista? — Luca asked. —For now yes — I replied. I waved goodbye with my hand, as I felt very hot—. But I'm not entirely convinced. Let's say they're on probation. —And when will the exam take us away? — Noah asked, with a lascivious tone. —They'll always be being examined — I replied. Bauti finally returned. They stayed for a while in the living room, until it was time to eat. And then, finally, they left. They greeted me with a kiss on the cheek, although both were too close to my lip corners. —Thanks for receiving us, Mrs. Casas — Luca said. —I hope I see her soon — Noah commented. —For sure — I said, without promising anything. —Mom, are you okay? — Bauti asked, once we were alone again—. You look... altered. I paid attention to how I looked at me. I felt nervous, although I wasn't trembling. I noticed my breasts swelling up again. My nipples were erect, and rubbed against the dress fabric. Had they noticed that I wasn't wearing a bra? Now I realized why they had been staring at my tits. I walked towards the table, to agarrar o pano e levar para lavar, e notei como meu sexo se frotava com a borracha do sutiã. E estava segura de que estava molhada. Se havia dado conta disso meu filho? —Estou bem, por quê você diz isso? —preguntei, defensiva. —Não importa —disse ele—. Ouça-me. Alguém me disse algo enquanto eu fui comprar? —Nada —menti. Me regoziei com a ideia de que seus amigos lhe dissessem que sim haviam falado comigo. Que se desse conta de que havia mentido, e que havíamos falado às suas costas. Se sentiria traído? De repente me perguntei o que diabos eu havia pensado fazer para entregar-me a seus amigos. Talvez estivesse apenas fanfarroneando, pensei. Talvez só se limitasse a tirar minhas fotos e enviá-las, e apenas havia dito o outro para os conformar. Também me perguntei quando e como eu faria essas fotos. —Gostei deles —disse, sem terminar de estar convencida de que era uma boa ideia dizer isso—. Espero vê-los logo.
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