Mamá

Nessa sua habitação sozinha em casa em janeiro de 2014, segunda-feira, antes de ir para a aula às 9:45, havia notado que ela estava apagada e triste desanimada. Eu era Víctor, ela era Luna V-Mamá, você está um pouco apagada hoje? Noto como se sobressalta ante a pergunta. L- Não, cariño, estou como sempre. V- Não, mamãe, não vejo bem agora mesmo. L- Não, filho, é apenas que estou cansada. V- Mamá, se você está cansada, posso contar com você? L- O que é bom, amor, te agradeço, mas são apenas coisas minhas. V- Mamá, você sempre disse que entre nós dois podíamos contar tudo e você sabe que o melhor é que o hablemos. L- Filho, estou assim porque estou angustiada por quê últimamente estou discutindo muito com seu pai. V- Eu ouvi e vejo distantes. Eu sabia sobre a relação de meus pais, mas não queria dizer para minha mãe tudo o que pensava porque nem mesmo gostava de falar sobre sua relação. L- Estamos tendo alguns problemas que precisam ser resolvidos, mas tudo parece parar. V- Se são os mesmos problemas que sempre surgem e logo se esquecem? Não sei por quê, mas estava me aquecendo e a última vez foi com um pouco de beff na relação. L- Se é o mesmo de sempre, mas em seguida, no final, em algum momento melhoria a coisa e tudo se esquece e todos são felizes. Ao escutar essa forma pesimista de defender sua apagada relação me terminou de cabrear. V- Mamá, como é que você não cansa de ser sempre o mesmo? Você acaba artificiando e temos problemas até surgir algum viaje ou algum motivo que seja um oásis entre tudo em que a relação deixa de ser ruim em parte porque amamos passar menos tempo juntos e você esquece todos os problemas até que voltem a surgir, não parece que isso não é o que faz feliz.