A viúva do meu melhor amigo (Qepd) EP.2

Por supuesto uma que outra vez havia fantasiado com Bella, mas isso me superava, havia perdido meu melhor amigo e nos encontraríamos vivendo ela e eu sozinhos, um mês em casa. Tinha que manejar meus impulsos, não quero manchar a memória de meu querido amigo. E esperava que ela também pudesse manter-se no respeito de seu falecido marido... A manhã que a esperei em Ezeiza era absolutamente cinzenta e outonal, o caixão foi direto à sala velatória onde esperava a família de Marcos, amigos não tinha mais porque o comportamento nunca havia sido exemplar para colher muito. Anabella saiu atrás da porta corrediza andando lentamente e com o rosto muito pálido. Estava, embora demacrada, deslumbrantemente linda. Vestia de preto e se acabara de maquiar um pouco no banheiro do aeroporto. Nos fundimos em um abraço interminável, sem dizermos nada, apenas se ouvia minha respiração contida e seu pranto sufocado. Diretamente fomos para o meu carro para o velatório. Ela sentada ao meu lado sem pronunciar palavra e eu relojeando-a cada tanto. Mantinha esse corpo turgente que sempre a havia feito única, pernas como esculpidas em mármore, e um Bumbum de sonho. Não podia crer que estivesse pensando nisso. Será que em momentos difíceis alguém se agarra à vida? E bem, o sexo é vida... A família de Marcos desprezava Bella, apenas a saludaram ao chegar, enquanto eu me abraçavam emocionados. Por essa razão manteve-se quase todo o tempo ao meu lado, enigmática. Cada tanto ia para onde estava o caixão e voltava para onde estava eu, como oscilando entre os dois. Ese dia foi longíssimo e mais para Bella que levava dias sem dormir. À noite nos dirigimos para casa e ao chegar lhe indiquei onde estava seu quarto, o banheiro e lhe dei toalhas para que se duchasse e se relaxasse. Ao sentar-se na cama, desabou. Começou a chorar de uma maneira desconsolada, rapidamente me sentei ao seu lado e a abracei forte para que chorasse em um peito Homem. Abraçou-me forte e assim esteve um longo tempo enquanto beijava suavemente a minha testa e secava suas lágrimas com a minha mão.

Ao sair do banho, ela parecia linda, relaxada, envolta em uma bata de seda, descalça e mais tranquila. Esperei-a com uma ceia rápida e um bom vinho, como o que bebíamos nos bons tempos.

Cenamos no sofá, bebemos, fumamos e conversamos. Ela, com as pernas recolhidas sobre o sofá, parecia majestosa, a pele rosada, sensual e o cutis angelical, embora soubesse que era muito perversa por meio de Marcos, parecia uma santa.

- Obrigado, Poro... você não sabe o que isso significa para mim...

- Bela, por favor! é o mínimo que posso fazer por eles.

-Sabes que?- perguntou enigmática

- O quê?

-Marcos me enganava...

- Como?

-Sim..., quando deu o infarto estava com uma amiga minha, minha melhor amiga... você pode acreditar?...