A mais queria colocar sobre a mesa, que me fiquei tremendamente surpreendida ao ler os dados de que apenas um 65% das mulheres heterosssexuais chegam ao orgasmo durante o sexo, das quais tão somente um 18% o alcançam durante a penetração. Por outro lado, as mulheres homossexuais chegam ao orgasmo em 86% das ocasiões. Como é possível que até ler seu livro nunca houvesse imaginado que o ORGASMO VAGINAL NÃO EXISTE? Porque até 1998 não se investigou como era o clitoris, o único órgão do corpo humano cujo objetivo é dar prazer. Até 1998, quando Helen O'Connell, uma cirurgiã australiana, decidiu fazer uma dissecação de um corpo de mulher para ver como era realmente o clitoris, nos dávamos conta que era apenas o glande que vemos acima da uretra, e por isso se creia que existia o orgasmo clitoriano e vaginal. Mas ela descobriu que o clitoris era muito mais que esse botãozito. Era um órgão de uns 9-10cm, cuja parte interna rodeava toda a vagina, e portanto, o orgasmo que costumávamos atribuir à vagina realmente é provocado pelo roçar da penetração com os braços do clitoris que rodeiam a vagina. O problema é que durante décadas e por culpa de gente como Freud, se creia que o orgasmo vaginal era o orgasmo maduro, e que a masturbação não era adequada para mulheres adultas, isso gerou que durante todo este tempo muitas mulheres se sentissem frustradas ao não chegar ao orgasmo com a simples penetração, porque ao final, se compararmos com o membro masculino, seria como se em lugar de estimular o glande do pênis, estivéssemos apenas estimulando a base. Sem estimulação direta do glande do clitoris é muito mais complicado chegar ao orgasmo.
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