Tocando la Gloria en Sydney… (I)




Post subsequenteTodo começou à tarde do domingo.
Verito me olhava séria, após dizer-lhe que ia sair por um par de dias, para comprar-lhe sua casa de bonecas. Nenhum dos dois havíamos esquecido seu berreiro do Dia das Crianças e como procurara minhas malas, para que eu lhe comprasse o presente.
No entanto, notei um pouco de tristeza em suas faces, pois, por bonito que fosse o brinquedo que ela desejava, preferia mais ficar com seu pai, o que me encantou sua determinação.
Pamelita, ao contrário, era mais otimista. O jogo de contar os dias a motivava um pouco mais e se encarregaria de lembrar-me que tenho que voltar cada vez que sua mãe me ligasse por telefone.
À noite, Marisol estava melosa. Me perguntava constantemente se eu ia acostar com Gloria ou não e embora meu instinto me dissesse que sim, preferia não tentar minha sorte, então para convencer-me, me propôs que apagássemos a luz e que fingisse que ela era minha secretária.
Usou sua boca, seus peitos e suas mãos em peripécias incríveis, o que me fez pensar que minha esposa é muito mais quente e perversa do que sua aparência doce e pura demonstrava e que sem dúvida, desfrutava mais ela que eu ao me meter com outras mulheres.
Às 7 da manhã, eu já estava no aeroporto. Nossa viagem saía às 9 e meia, mas por causa do embarque e a possibilidade de antecipá-la, preferia estar preparado. E à meia hora, ela chegou.
Não sei se já havia planejado desde antes ou o que, mas Gloria se via sexy, segura e empoderada: Vestia jeans brancos, bastante ajustados, que deixavam ver suas redondezas com facilidade e acentuavam a elegância de suas pernas; uma blusa sem ombros e com vuelo (que, por suposto, deixava ver seu umbigo e parte de seus peitos firmes) e uma jaqueta de mezclilla branca, junto com um bolso de mão.
E efetivamente, para os homens não passava desapercebido aquele movimento de quadril, que mais de um se voltava para olhar sua retaguardia quando passava ou como fez um homem de cerca de 60 anos, que interrompeu a leitura do seu jornal, após ver passar minha secretária e percorrer cerca de 15 metros até se perder de vista. Ao menos, estava feliz por não estar vindo com o imenso bolso vermelho do último viagem e que, aparentemente, havia seguido meu conselho. Os preparativos nos levaram três semanas. Não apenas eu solicitei que ela ficasse horas extras na empresa, mas também fez Sonia (o que nos valeu alguns reclamos da parte de Maddie, a chefe de Recursos Humanos), pois nessa oportunidade (e diferentemente do viagem para Perth), Gloria estava com toda a informação que ela precisava saber. Inclusive, os três dias em que eu ausentei-me por o funeral de minha avó, ela assumeu meu posto e defendeu o forte sem muitas complicações. Mas também trouxe suas consequências: para metade da segunda semana, parou de ter sexo com Oscar. Não era que estivesse mais boba ou menos eficiente. Na verdade, trabalhava bem, salvo que mais tensa, cansada e torpe para detalhes pequenos, o que ela exacerbava a níveis ridículos, diferentemente de minha esposa, que tendo relacionamentos constantes na semana, poucas vezes perde a cabeça ou deixa que o estresse a consuma. Por isso lhe disse este fim-de-semana que aproveitasse de ter muito sexo com Oscar (sua parceira). Ela me olhou com incerteza e envergonhada, porque em nenhum momento me contou sobre sua abstinência sexual e provavelmente, lembrando o que quase nos acontece em Perth. E enquanto eu me aproximava dela, divisei o odioso bolso vermelho do viagem anterior, salvo que sendo jogado por um homem de cerca de 28 ou 30 anos. Era de cabelo curto, negro, com barba frondosa e nariz aguileña, com atração média; complexão fornida, de ombros amplos e de aproximadamente 1,70 metros. Diferentemente de Gloria, vestia calças cinzentas de ginástica e uma ampla camiseta, deixando em incerteza sua barriga cervecera ou músculos. Seu rosto bobalhão e a maneira que saboreava sorrindo ao andar do meu secretária, não me restavam dúvidas de que era Oscar.

Em efeito, a primeira reação de Gloria ao ver-me foi abraçar seu parceiro, enterrando seus seios sobre ele, como se demarcasse seu território. Ele, bastante pánfilo e um pouco surpreso, estendeu-me a mão para saudar.

Aproveitei contar-lhes a má notícia a ambos: Gloria e eu teríamos que hospedar-nos em um Aparthotel, no mesmo departamento.

Expliquei a Oscar que não foi minha decisão (Sonia se encarregou das reservas) e que a habitação em si contava com 2 quartos, um banheiro e uma área comum, portanto teríamos privacidade.

Oscar tomou a notícia com bastante calma, visto que era eu o mais tenso por ter que compartilhar um quarto com sua parceira. Mas Gloria estava pálida: o carmesim de seus lábios luxuriosos realçava a brancura da pele e a dilatação dos olhos. Por sorte, Oscar não notou e deixei a pareja de tortolinos, enquanto entrava meu equipagem.

Na terminal, antes de abordar, Oscar deu um aperto discreto nas nádegas de sua parceira e disse que iria trazer algo lindo, o que fez Gloria se envergonhar, pois se referia a lingerie como a que eu lhe regalei no viagem anterior.

Durante o voo de hora e meia, aproveitei dormir e almoçar, enquanto Gloria seguia repassando os apontamentos do seu portátil.

Chegamos ao hotel por volta da 1h. Para a 2h, já tinha tudo desempacado e estava ansioso, então avisei a Gloria que visitaria nossa sucursal irmã, mas que ela ficava à liberdade de fazer o que quisesse.

Talvez não me credesse, mas terminou acompanhando-me, se arranjando rapidamente para ir comigo.

Chegamos à sucursal por volta das 2h. Ninguém nos esperava esse dia (a reunião começaria no martes), então causei uma grande algaravia. No entanto, Sonia e eu sabíamos que a oficina de Sydney era a mais pretenciosa e complicada, então não era mau que eu chegasse de improvisto e os desestabilizasse.

Gloria contemplava em Silêncio o caos que se estava desencadeando, mas eu permanecia imóvel: embora nenhum dos gerentes estivesse presente aquele dia, não ia me ir de lá sem respostas.

Claro que me 'parcharam' algumas ligações com os tipos que devia conhecer no dia seguinte, justificando sua ausência (algo que para Sonia e para mim parecia uma falta de respeito, visto que trabalhávamos em cargos similares, mas ainda assim nos aparecíamos de segunda-feira a sexta-feira e à mesma hora de entrada, como o resto do pessoal) e as aceitei, mas disse-lhes que não ia perder um dia de trabalho apenas porque eles não estavam presentes.

Outra meia hora mais de ligações internas e finalmente nos fizeram passar para a sala de conferência.

20 minutos mais que nos deixaram sozinhos, as ligações iam e vinham, até que finalmente apareceu um tipo para dar-nos cara.

Deveria ter uns 30 anos, magro, olhos verdes e cabelo ruivo com tintes negros, um pouco desalinhado, chamava-se Alan. Se desculpou pelas atrasos (eram já as 4 da tarde) e disse que trataria de responder minhas consultas o melhor que pudesse.

Mais calmo e satisfeito, expliquei a Alan que estava interessado em três relatórios de incidentes graves que ocorreram em seus xilares e gostaria de ver os registros. Gloria me olhava surpresa, pois o motivo da nossa reunião com a administração eram outros e Alan se notava reticente em dar-me essa informação.

Com muita calma, expliquei que desempenhei meu cargo como Chefe de Faena de Extração durante dois anos e que esses relatórios me interessavam, pois podiam supor problemas de manutenção que não estavam sendo abordados de forma correta. Novamente se desculpou, incerto se poderia ter acesso àquela informação, mas disse que trataria em melhor de atender-me.

Finalmente, ao redor das 5 horas, apareceu com os relatórios. Revisi um a um cada caso, anotando um par de observações no celular e devolvi os relatórios, agradecendo sua boa atenção e esperando vê-lo no dia seguinte, na reunião.

Minha solicitação lhe resultou uma surpresa, visto que ele apenas é um intermediário e realmente para mim, é um nexo de interesse, visto que odeio lidar com administrativos (embora ironicamente, desempeça o cargo de um).

Para as 7, estávamos de volta no hotel e contemplávamos desde o balcão o reflexo da casa da Ópera sobre o rio.

*Ainda não posso acreditar que tenhas uma amante…- começou ela, de repente.

- Por quê?

*Você está recém-casado, tem filhas e uma bela mulher! Não pode conter seus impulsos chauvinistas?

Era a voz do feminismo da oficina. Gloria é a menos feminista (além de Sonia) do meu trabalho, mas de vez em quando, tem seus arrebatos.

Eu ri suavemente, aumentando mais seus disgustos. Parecia-me incrível seu descaro de esquecer olímpicamente que foi ela mesma que me lançou indirectas no viaje anterior.

- Desculpe, você está dizendo que eu sou o único culpado? As mulheres também?

Pus-a em uma encruzijada difícil. Sabia que em todo o que levei do ano, tive um excelente trato com o amplo pessoal feminino da minha oficina e em nenhum momento, lhes faltou respeito ou as ofendi de alguma maneira. É mais: até ela mesma presenciou como elas invadem meu espaço pessoal, posando suas mãos no meu ombro, mas prefere olhar para outro lado quando sou eu a vítima do acaso sexual.

- Em minha terra, se diz que Os homens fazem quando podem. As mulheres fazem quando querem…- sentenciei, encerrando o debate.

*Mas então, por que você casou? Por que armou uma família?- perguntou afligida.

-Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

*Como que não? Estou casado! Tenho família!

-Estou casado porque amo minha mulher. Porque me imagino chegar à velhice ao seu lado e porque ela é uma doce companheira.- respondi, em um tom pausado.- Além disso, Hannah tem seu esposo.

*Mas isso é o que estou falando!... Por que você se meteu nessa relação?

Olhei-a Estranhado, mas compreendia seu ponto de vista. Uns anos atrás, eu também era assim de moralista…

-Gloria, já te expliquei que Hannah e eu éramos amantes desde antes que estivéssemos casados…

*Mas tu o estavas, chefe! Tu o estavas!* Sentenciou, enraivecida.

-Sim, Gloria, entendo. Mas deve pôr-se no meu lugar: Eu passava uma semana sem sexo com minha mulher… Podes tu aguentá-lo?

Seu silêncio e vergonha me espantou, porque aparentemente, para ela assim era…

-Marisol é uma mulher fogosa e são poucos os dias que não temos relações…

*Por favor, chefe!* Rechistou. -Como podes dizer-me que têm relações todos os dias?

-Pois... sim...

*E o que há dos dias em que se sente cansada? Ou quando tem seu período?

Me senti um pouco envergonhado…

-Bem... quando o sexo entre uma parceira é bastante bom, é difícil que te cansees... e sobre o outro ponto...

-Marisol tem preferências que nos permitem seguir desfrutando...

Seus olhos se puseram enormes, entre surpresa e indignação. Em vez disso, eu recordava quantas vezes Marisol gosta de receber-me por trás…

-Passamos outro tempo em silêncio, contemplando a vista do paisagem. Algumas rajadas geladas de vento nos produziam escalofríos, mas ainda não eram tão frias para fazer-nos entrar.

*E o que se tu esposa te faz o mesmo?- perguntou, com uma sonrisa mais maliciosa.

-Que?

-E o que se tua esposa também tiver um amante? O que penses disso?

Lhe brindava satisfação ver-me acorralado, embora eu mesmo me havia planteado essa dúvida muitos meses atrás...

-Sería minha culpa.-respondi seco e parco.

-E devo admitir que não há nada mais atraente para uma feminista que um homem reconheça uma culpa, porque até notei um brilho em seus olhos quando o mencionei.

-Se ela procura um amante, é porque eu não a posso satisfazer em tudo o que ela precisa... mas até agora, esse não é o caso.

*Como podes saber?- perguntou com ansiedade, ante a possibilidade de... Uma vitória contra o gênero masculino se lhe escapará das mãos.

- Porque conheço bem a Marisol, sei dos seus gostos, conheço sua personalidade e posso cumprir suas fantasias e gostos.

* O dinheiro não é tudo!... - Sentenciou, picada.

- E à minha esposa, é o que menos lhe interessa. - Repliquei. - Sabes tu qual é o maior inimigo da fidelidade de uma mulher?

Me mirou confundida e sem palavras.

- A curiosidade. - Respondi, seca e llanamente. - Se um homem logra despertar a curiosidade de uma mulher, sua fidelidade está em problemas.

* Vamos, chefe! Não exagere! - Disse ela, mirando novamente para a cidade.

Tomei sua mão e a obriguei a encará-me.

- É verdade! Foi assim que Hannah e eu nos tornamos amantes!

Gloria não se dava conta, mas suas mejillas estavam levemente sonrosadas e sem sequer dar-se conta, estava caindo na curiosidade também...

- No início, Hannah era uma companheira mais, ao igual que tu. - Lembruei, voltando a mirar o paisagem. - Também tinha um parceiro, se levava bem com seus colegas de trabalho... mas se deu conta que eu era diferente: não bebia, não saía pelas noites para ver putas e me quedava no computador escrevendo até tarde... começamos a conversar e compartilhar mais e mais, até eventualmente, nos enamorarmos.

* E o que você escrevia? - Perguntou, após um breve silêncio.

Sonrei, vendo que minhas conclusões eram corretas...

- Pensamentos... histórias para que Marisol não me estranheasse quando não estava com ela. - Proseguí, recordando esses velhos tempos. - O ponto foi que Hannah começou a se perguntar se o sujeito que hoje é seu marido era melhor que eu... e como podes dar-te conta, houve uma forma de averiguar.

Durante alguns minutos, Gloria permaneceu calada. Eram cerca das 8 e aproveitei para chamar Marisol. Me mirava impressionada, vendo-me falar tão carinhoso com minha esposa e minhas filhas, sendo que minutos antes, lhe falava com a mesma normalidade de uma charla de escritório sobre como havia sido infiel. Suposto, ela não se deu conta que quando minha esposa me perguntou como iam as coisas com minha secretária, eu respondi que nesses momentos, estava negociando.

Depois de despedir-me da minha cônjugue, convidé Gloria a passar para a sala de estar, pois estava ficando mais frio.

Sentou-se no sofá, com as pernas tensas, me olhando com um pouco de espanto.

-Não vais chamar Oscar?- perguntei, enquanto me servia um copo de suco.

*Não, prefiro falar com ele mais tarde…- respondeu ainda perturbada, recebendo o outro copo.

-Como quiser... Em que estava?... Ah, sim! Não é todo mau ter um amante.

Nem lhe agradou que eu dissesse isso, pois cada mulher é pura, direita e casta...

Mas fui explicando que para as mulheres, ter um amante se tornava adictivo. Que lhes servia de veículo para satisfazer aquele lado perverso (coisa que nem lhe agradou) que não podiam complacer com sua parceira.

Que em alguns casos, precisavam que alguém as submetesse, humilhasse ou tratasse como puta, contrarrestando à parceira que as mimava e as amava como corresponde... (Como acontecia com minha vizinha Fio).

Que em outros, precisavam de alguém que as estimasse como corresponde, as escutasse e as tratasse com carinho... (Como é o caso da minha mulher).

Para outras, a adrenalina da aventura, de ser surpreendido no ato ilícito e arriscar o que se tem... (Como acontecia com minha sogra).

-Inclusive, um amante pode beneficiar uma relação, porque te permite ter uma comparação com o que já tens e apreciarlo de outra maneira.

*Pfff!- rechistou ela, incrédula.- Eso dizes, porque tu desfrutavas disso.

-Não! Digo isso como alguém que já foi enganado...

Sua soberba caiu rapidamente quando mencionei Marisol e o affaire que teve com meu vizinho Kevin.

Expliquei que minha esposa queria provar estar com outra pessoa além de mim (embora, na realidade, tenha sido algo que lhe propus eu) e que se bem, ao princípio lhe agradava, começou a tornar-se molesto e insistente, sem importar que estivesse mais dotado que eu. Eso último fez-o enrubescer, mas ataquei-lhe dizendo que é verdadeiro: que o tamanho sí importa no momento do prazer, mas também vai de mão com quanto é ocurrente na cama e quanto bem ocupa. Que apesar do que diz a opinião pública, “não todos os homens são iguais” e há homens que duram mais tempo que outros, picando assim seu interesse.

Creio que ahí me fixei que suas defesas estavam baixas: suas pernas estavam abertas, seus ombros relaxados e seus olhos celestes expectantes, seguindo cada palavra que lhe dizia.

Ante sua surpresa, contei-lhe como comprei os 2 consoladores da minha esposa para satisfazer-se os dias que não estava ao seu lado...

Da forma como a masturbava, de como faço sexo oral, dos lugares inusitados onde o calor nos invadiu e onde terminamos fazendo amor...

Para quando comecei a explicar-lhe sobre os jogos prévios que Marisol e eu temos na cama, era uma marioneta nas minhas mãos: sem que ela protestasse, tomei sua mão da mesma maneira que faço com minha esposa quando vemos filmes sozinhos e lhe comentei, sobando descaradamente seu muslo suave, como nossas mãos terminavam explorando nossos corpos, guiados pela luxúria e pelo prazer.

E enquanto explicava sobre a importância que são para mim os perfumes e demonstrava, com minha mão na cintura e susurrando-lhe no ouvido, com sua respiração agitada, sobre a maneira como Marisol se desfaz quando lambo seu pescoço, tive que terminar meus avanços...

Essa mirada alterada, cachonda e ao mesmo tempo, furiosa, era clara sinalização de que ela queria seguir. Que nesse momento, Oscar era um nome entre muitos outros e que seu proprietário, nesse momento, era outro...

Mas infelizmente eram 1h30 da madrugada. Quedavam 5 horas para dormir (ou talvez para ela, tentar dormir...) e levantar-nos para ir trabalhar.

E definitivamente, muito tarde para chamar Oscar e... Contar-lhe como estava.
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