Descobrindo minha identidade VII

Se você ainda não a leu, aqui está minha história, realmente escrevê-la me liberta, estou tentando descobrir-me e isso verdadeiramente é libertário...http://www.poringa.net/posts/relatos/3009552/Descubriendo-mi-identidad.html

http://www.poringa.net/posts/relatos/3011152/Descubriendo-mi-identidad-II.html

http://www.poringa.net/posts/relatos/3012153/Descubriendo-mi-identidad-III.html

http://www.poringa.net/posts/relatos/3014396/Descubriendo-mi-identidad-IV.html

http://www.poringa.net/posts/relatos/3034748/Descubriendo-mi-identidad-V.html

http://www.poringa.net/posts/relatos/3035885/Descubriendo-mi-identidad-VI.htmlO almoço transcorreu com normalidade, levantamos as coisas e eu me encarou de uma. -Você se aborrece comigo? -Para nada, o que você diz. -Você está seguro, e como foi com as fotos de travas que eu engatei vendo em Capital?. Estava no forno. Não soube o que dizer. Assim me excusei como sempre. Clara não me creu, mas se deu conta que não dava mais insistir. Me terminei de mudar e saí para a empresa. Tocou o celular. Mensagem de Carito perguntando como eu estava. Nada a ver, uma pergunta inocente, mas já me comecei a fazer a cabeça. A puta mãe, não podia ser que ante cada insinuação já me lamasse. Respondi-lhe. Palavra vai palavra vem, liguei para ela e contei do sonho... nos cagamos de risa. Já estava chegando, cortamos com a ideia de falar mais tarde. Deixei minhas coisas no escritório, repeti os cumprimentos de costume, preparei o mate e abri o correio. Um e-mail da Direção. Carajo, que merda me pediriam essa vez. Semana completa, o mês seguinte tinha que estar nas oficinas de Córdoba para fechar uns memos e alguns papéis absurdos, que tranquilamente podia fazer desde o sofá de casa. Um dia de merda, e por isso não terminava nunca. Quando finalmente me voltava a casa, eu me espetou o manos libres e liguei para Carolina. Não sei por que carajos não liguei para Clarita, que sei... Nesse momento estava quente e foi o primeiro que se cruzou comigo. Talvez ajudasse que em casa sempre tenho a mesma resposta e nesse instante precisava escutar outra campainha. Não me atendeu. Não podia ir pior. No tempo que levei para chegar da garagem para casa, mandei um áudio de ws contando tudo. Cenamos e fui dormir cedo, nada de mimos nem sexo, no outro dia saía e a verdade zero ganas. À meia-noite, eu me levantei ao banheiro e vi que a luz do phone me avisava de uma notificação. Tinha 4 chamadas perdidas de Carolina e um mensagem de ws que dizia (palavras textuais, ainda o conservo) Que cagada lindo, tranquilo já vamos ver... O quê? Eso era tudo?. Me re Calentei, não lhe respondi e me voltei a dormir. Lhe havia contado algo muito grosso e me tirava isso, não estava na obrigação de compadecer-me ou coisa assim, mas a verdade esperava mais.

Como tinha que viajar, à manhã não fui. Almocei com Clari e fui para a terminal pegar o bondi para Córdoba capital. Já no coletivo quis responder, mas já não fazia sentido, que se esfregasse...a verdade me sentia um bófalo, depositando uma parte de mim em alguém que mal conhecia...

Cheguei bem cedo, quase na madrugada da quarta-feira. Tinha dois dias de trabalho a muitos quilômetros de casa, sozinho e à espera do fim-de-semana para me dar a volta.