A tempestade...

Isso é bem diferente do que eu costumo escrever, ainda assim, espero que o apreciem...




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Era uma noite escura, coroada pela lâmina de prata...
A tormenta, violenta, fazia tremer o mundo, enquanto eu, estranho a tudo, dormitava entre lençóis de seda.
Sonhava contigo, minha menina, minha musa, meu amor...
Entre sonhos, ouço o estalido das janelas da minha sala, sinto que o frio me invade, o vento me levanta alguns centímetros...
Sinto como começo a desfazer-me, como cada parte do meu corpo se vira neblina...
Primeiro os meus pés, e a neblina subia lentamente...
Depois as minhas mãos, e seguia subindo...
Tudo é tão rápido, tão espantoso!, quero gritar! mas minha boca também se converte em neblina...
De algum modo, tenho consciência ainda, só quero fugir, correr, mas não tenho pernas...
O vento já não se sente frio, é cálido, me sustenta quase amorosamente...
Meus medos se dissipam na neblina, e me deixo acunar...
Agora que penso que tudo está perdido, não posso deixar de te lembrar com nostalgia...
Algo passa, o vento, como escravo dos meus pensamentos me leva daqui, abre as janelas com força e me leva a percorrer a cidade.
As gotas de chuva me atravessam, como lágrimas de pesar, enquanto eu, extasiado, me deixo levar...
De algum modo sei que vou ao teu encontro...
Allí, à distância, te vejo...
O vento me traz o teu perfume a centenas de metros...
Enquanto me aproximo nas mãos do vento, tua figura toma mais e mais forma...
Polaina preta, algo ajustada, sapatos, uma blusa e um sobretudo...
Sempre desabrigada...
Avança com passo lento, segurando o guarda-chuva com ambas as mãos, enquanto a chuva, inclemente te molha as pernas...
Oh, essas pernas! tantas vezes as olhei e acariciei enquanto dormias...
Sempre dissemos que era algo sem compromisso, mas não pude evitar, me enamorei de ti...
De teus olhos cinzentos, teus lábios sexys e suaves, teus dedos pequenos, sempre frios, teu cabelo longo negro, com esses bucles hermosos que amo jogar, tua pele branca, tersa...
Toda Vos sois um poema, creo que te amo desde que te vi nua pela primeira vez...

Essa mistura de inocência e sensualidade que desvias involuntariamente...

Quase posso escutar-te mascullando por baixo, insultando a chuva inclemente, ao vento invasor...

Quero olerte uma vez mais!

O vento me leva até o seu pescoço... Me hundo entre os seus poros, respiro com forças! Trato de guardar o seu recuerdo em mim! Me retuerzo à sua volta, sem querer deixá-lo passar, sem querer que você vá embora...

Aunque não me ves, o seu corpo reage instintivamente...

Te surpreendes ao notar os seus mamilos eretos...

Te miras picaronamente e tentas templá-los com as suas mãos... Ainda quando sabes que não foi o frio... Fui eu...

Dando-me conta de que o seu corpo não é ainda estranho a mim, te recorro de todas as formas que sou capaz, acariciando toda a sua pele... O seu guarda-chuva me incomoda e o arranco das suas mãos com um sopro... Agora sim, já sois minha e só minha...

Te acaricio os seus seios com minhas mãos incorpóreas, te tomo pela cintura como sempre para dar-lhe o beijo de boas-vindas... Levanto levemente a sua saia, ansioso... Me cuelo entre as suas pernas para notar que, como já sabia, você está úmida...

Mmmm, que delicioso acariciar-te assim! Desejaria arrancar o seu lingerie para acariciar-te como Deus manda... Como você te merece...

As suas mãos me facilitam o trabalho e correm a thong para um lado... Enquanto eu, gostoso, me enrosco entre as suas pernas uma e outra vez... Arrancando uns gemidos... Noto a sua respiração agitada, ao me mirar, com a minha vista sem olhos, vejo as suas mãos massageando os seus seios...

Como as envido a elas que podem tocarte! Eu apenas te recorro sem sentir-te realmente, recordando-te... Noto os seus lábios abertos e quentes... Os recorro com força como sei que você gosta... As suas pernas se aflojam e busca apoiar-se em algo firme... Te recargas contra uma parede, enquanto leva uma mão entre as suas pernas...

E assim te... tenho... ...molhada pela água de chuva, com o maquiagem um pouco corrido, os cabelos empapados, grudando na tua pele, o sobretudo molhado, aberto... ...a blusa com apenas dois botões, enquanto a tua mão direita alterna sua atenção entre os teus peitos, a tua mão esquerda procura desesperadamente aquele prazer em tu interior...

...assim te tenho, no meio da cidade, tão linda, tão minha...

...te recorro freneticamente, conhecendo as sinalizações do teu orgasmo iminente, quero torná-lo memorável!

...te acaricio uma e outra vez, susurro-te ao ouvido quanto me gustas, embora apenas se escutem silvos no vento...

...as tuas pernas tremem, você joga, geme devagar, com essa timidez que enlouquece...

...as tuas mãos procuram mais e mais fundo em tua ser, abrindo a porta para aquele orgasmo que lutava por sair...

...e assim, no meio da chuva, o grito do teu éxtasis é ahogado por um trovão...

...as gotas se espaçam cada vez mais, agora não é mais que uma leve neblina...

...os teus lábios curvam-se em uma sonrisa...

...me mudo até eles para levar-me um último recuerdo...

...o sol nasce, e com ele... ...desapareço...[/swf]


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Obrigado por ler-me[/swf]

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