Amor Parte 1

Bom, aqui vos trouxe a primeira parte deste relatoSara chega à casa, tenta não fazer muito barulho para que ninguém pergunte o por quê tem os olhos assim; não queria dizer que fazia 3 horas que não fazia mais que chorar e chorar...

Por quê?

Nem ela mesma sabe...

Juliana segue acostada em sua cama, olhando para o teto...querendo que a imagem de Sofia saísse de sua mente, mas não podia ignorar que apesar de ter a visto com seu ex-namorado ainda a seguia querendo, ou talvez não era amor, talvez era maisquismo da sua parte.

Escuta alguém se aproximando de seu quarto, se vira e se estende a coberta sobre si...

Toc, toc, toc

-Juli, posso passar?- pergunta uma voz suave, doce, que inspira tranquilidade

Juliana não responde, querendo que pensassem que estava dormindo.

María suspira; conhece demais sua amiga para saber que ela está acordada.

Abre a porta lentamente, asoma sua cabeça e vê um corpo envolvido por debaixo de um tendido azul-suspira-se vai lentamente dirigindo-se onde Juliana...

-Não podes seguir assim, Juli...venha, vamos sair, vamos jogar bolos com os meninos-

- Não quero Mari, não me sinto bem-diz a jovem loira, ainda com a coberta sobre ela-Vão vocês e mais tarde me digam como foi-

-Não Juliana, faz um mês que estás me dizendo isso mesmo, já basta-se levanta e tira do tendido sobre sua amiga-Vamos, levante-se e arranje-se que vamos sair.

Juliana respira, não estava de ânimo para discutir com ela, se levantou com a cara baixa e foi ao banheiro mudar-se.

-E onde te encontro?- pergunta Sara a seu amigo Fernando do outro extremo da linha

-Conheces o bolispark?- Diz este-Aqui vamos estar todos, fica pela 80, pergunte e aqui te esperamos bela-

-Hum, está bem, chego em uns 30 minutos, um beijo adeus

Vai novamente pegar sua cerveja, com esta seria a sexta naquele dia de hoje, não sabia o por quê se sentia tão desastrosamente mal, deprimida, triste...talvez fosse porque seu coração lhe estava dizendo que já estava muito tempo o suficiente Sólo e precisava amar, talvez era que se aproximava o dia em que sua regra voltaria a chegar ou simplesmente o ter visto Juan Pablo com Karen lhe havia danificado o dia.

Se olha no espelho, levanta a blusa e vê seu abdome no reflexo dele, sorri um pouco inconscientemente ao ver que, pelo menos com essas cervejas que levava e as que se pensava tomar iria subir 2 quilos.

Se mudou rapidamente, ajustou o cabelo, cepilando-o delicadamente.

Não pensava ir de ligue, mas tampouco passar despercebida; pensou que com um jeans azul, uma blusa branca e uns Converse estaria de acordo com a ocasião para jogar boliche, não é que fosse algo muito elegante nem muito menos. E assim foi, pediu permissão aos pais e saiu de casa, pediu um táxi dirigindo-se diretamente ao Bolispark.

María segurava o braço de Juliana por um lado e Federico pelo outro, novamente nas ruas do bairro se via o trio de amigos mais populares daqui por ser tão esporadicamente extrovertidos, unidos e acima de tudo bons amigos.

Juliana, apesar de não estar com ânimos muito positivos, sorria para muito tempo que apenas cruzava essas ruas para ir ao colégio.

Chegaram ao lugar onde Maria havia planejado estar com todos os seus amigos, já se vinham as férias e esta seria uma forma de semi-despedida porque era sabido por todos que muitos deles iam viajar com suas famílias e não se veriam por um bom tempo.

- Pronto, chegamos, meninos!

-Uhh, que felicidade!-, mencionou Juliana em um tom sarcástico, causando uma boa carcajada de Federico.

-Não seas ironica, Juliana, deixa essa cara que vinhamos a divertir-nos -, afirmou Maria, levando-os adentro para saudar o resto dos amigos.

Todos estavam, na realidade não faltava ninguém, Juliana começava a se sentir bem, Agusto, talvez sua amiga tivesse razão e devia chorar mais por alguém que não valia a pena.

-Bno, meninos, então vamos beber?

-Ron! -, afirmaram todos quase ao unísono.

Começaram sua partida. de jogos, alguns viam jogar e falavam, os outros apostavam quem eram os vencedores e quem os perdedores e os demais apenas se dedicavam a dançar e seguir bebendo, começava-se a fazer um bom ambiente naquela tarde nos boliches.

Juliana começava a beber muito rapidamente, querendo desahogar com o álcool suas dores de amor.

Prontamente o local se encheu, e puderam observar um grupo mais de amigos à distância igual ou maior que eles.

Santiago, amigo de Maria, conhecia Lucas, amigo de Fernando, se cumprimentaram prontamente e assim se apresentaram.

- Fer, por que não pedimos uma mesa e nos fazemos todos juntos, não te parece? perguntou Santiago.

-Si, espera eu vou dizer-lhes o que pensam.

Depois de alguns minutos decidiram fazer-se todos juntos, eram mais ou menos 25 pessoas.

Sara estava bebendo outra cerveja com suas companheiras, foi à barra pedir outra quando se chocou com outra jovem.

- Desculpe, desculpa-me – disse a jovem com quem ela havia se chocado.

-Ah, não, tranquila, desculpa-te, não sei onde tenho a cabeça.

Se apresentaram, dois minutos mais tarde Sara se encontrava falando muito amistosamente com Juliana.

Juliana sempre havia sido lesbiana, isso eu sabia desde o início e assim com suficiente madurez se fez cargo de seus gostos, enquanto Sara lhe falava notava nela certa mirada triste, ida mas a mesma vez profunda e misteriosa chamando inconscientemente muito sua atenção.

-E e me dizes que estudias? – disse Sara dirigindo-se a Juliana, que ainda seguia a vê-la distraída.

-Eh?

-Creo que estou aborrecendo você, não sou divertida, desculpa – e se levantou da cadeira dando meia volta e dirigindo-se ao grupo dos demais – Tchau!

A Juliana não lhe deu tempo sequer de interrompê-la.

-Maldita seja – suspirou – se vejo Juliana o que passa por andar nas nuvens, ahh que vergonha pensei que sou uma grosera – disse ela mesma.

Sara evitava ignorar a mirada direta que Juliana clavava nela, e era curiosa a forma em que... Como se havia levantado de lá, não era porque pensasse que a estava aborrecendo, era mais bem que algo havia sentido com ela, e a havia posto nervosa a jovem loira.

- Estas bem? Pergunto Claudia, amiga de Sara.

- Sim, sim, estou.

- Segura amiga? – disse esta, tomando-a do braço – porque se quiseremos podemos ir.

- Não – afirmou Sara – quedemo-nos aqui.

Juliana entrou no banheiro, já se sentia mareada, frustrada e um pouco desesperada, pensou em ir-se após sair do banheiro.

- Maldita seja!! Estou muito mal, Maria – disse, sem mirar para sua amiga nos olhos, pois tinha ocupada a vista no inodoro tratando de vomitar.

- Espera, te trago um gatorade para que te melhoras.

- Não te demores...

Sara viu entrar Maria com Juliana e ao instante sair apenas Maria.

Sem entender o porquê seu instinto quase a levava ao banheiro lá chegou, e viu à mulher que a havia posto nervosa toda a tarde nesse boliche, se estava lavando as mãos quando voltou para ver ela.

- Olá de novo – mencionou com um pouco de vergonha.

Juliana a mirou surpreendida – Olá, ehe, ouye, eu te queria pedir desculpas, eu... é dizer tu... ósea ag não sei que dizer estou um pouco mareada.

Sara se riu assentindo o que aquela mulher lhe dizia.

- Vem, te ajudo – disse Sara, aproximando-se dela para que se mantivesse firme – vem, queres que te chame a teus amigos ou venha com teu namorado?

- Namorado? Sara a ti que demonios te está passando, a ti que te importa que ela este com alguém, ahh pense `pensa, di algo carajoooooo – se repreachava ela mesma.

- Ps, eu digo porque talvez queres que ele te leve – alcançou a dizer muito nervosa.

- Jajaja, não, não tenho namorado ou acaso m...me vis..te com alguém hoje? – perguntou Juliana.

- Não, a verdade é que não.

Juliana se aventurou, correndo o risco de que lhe dissesse que não – Será que tu me podes levar para minha casa?

Sara abriu seus olhos, surpreendida mais que nada por – Eh... sim, dime onde vives?

Juliana sorriu satisfeita – No norte da cidade e tu.

- Também, vamos. O que me resta perto de mim também. As duas se foram, sem despedir-se, saindo pela porta de trás do bolispark. Essa noite seria uma longa jornada para continuar. Bom até aqui a primeira parte, quando posso publico a próxima.