Llevava dois anos em aquela cidade chuvosa. Mirava para trás no tempo e me surpreendia a capacidade que havia demonstrado para adaptar-me à ela e não sucumbir à nostalgia da minha terra do sul ensolarada. Havíamos viajado a Londres não apenas para aprender inglês e completar meus estudos universitários como lhe havia dito à minha família, mas também para fugir de uma relação com um homem que me havia deixado mais tocada do que eu crei. Era necessário não apenas pôr tempo para superá-lo, mas também uma longa distância que me impedisse qualquer aproximação em caso de debilidade por minha parte a aquele homem que me havia ferido. Precisava um tipo de parón em minha vida, replantear o que eu realmente queria fazer, o que eu buscava na vida profissionalmente e por quê, reflexionar sobre minhas relações com os homens, sempre plagadas de problemas.
Mas não foi fácil nos primeiros momentos. Encontrar trabalho resultou uma tarefa árdua, buscar um lugar para viver tampouco e adaptar-me à forma diferente de ser e agir dos ingleses também. Tudo era diferente do que havia vivido antes, além da dificuldade adicional de não ter ninguém com quem contar as penas para poder desahogar-me.
O certo é que lentamente tudo foi encaixando no puzzle: encontrei trabalho em uma hamburguesería, que não era o trabalho da minha vida, mas me dava margem suficiente para ter dinheiro para viver e plantear-me buscar outro trabalho como professora de espanhol, que era o que eu pretendia exercer. Também encontrei, através de um colega de trabalho, um pequeno estúdio que bem poderia ter sido em outra vida uma caixa de sapatos de segunda mão, dado seu reduzido tamanho e o cheiro sujo da moqueta enegrecida no chão, que fui incapaz de limpar, nem mesmo suplicando à dona e tentando convencê-la a través de um estudo sobre ácaros, moquetas e alfombras que havia encontrado na Internet. Mini morada compunha-se do imprescindível para viver sem mais alharacas: uma zona de salão-cozinha-quarto onde se localizava uma cama de 80 que fazia as vezes de sofá e assento quando comia, a zona própria da cozinha que apenas a separava do salão uma estreita barra que também fazia de aparador, uma prateleira, um armário diminuto ao qual nunca pude ver ordenado dada a diferença entre o que podia conter e o que eu queria que contivesse, uma mesa baixa com a qual mais de um dia me tropecei e um pequeno banheiro independente ao qual haviam tido o detalhe de pôr-lhe uma ducha que seguramente a haviam roubado de uma clínica para anoréxicas que jamais se teriam mirado no roñoso espelho que havia no banheiro dado que distava muito de irradiar felicidade alheia. Mas em meu pequeno espaço para viver faltava algo que nunca houvera pensado que se obviaria em nenhum lar, e era uma lavadora. Foi ao buscar apartamento quando me dei conta desse pequeno detalhe: praticamente em todos os lugares que visitava brilhava por sua ausência. No início rejeitei todas as ofertas de aluguel que não dispunham daquele útil complemento, mas após desesperar-me completamente pelo que iam vendo meus olhos, me rendi e decidi que, dada a abundância de lavanderias que havia nas ruas de Londres, alugaria um apartamento algo mais decente e levaria minha roupa para lavar em um local público, igual como minha bisavó havia lavado sua roupa ao lado do rio quando vivia no povo. O pequeno estúdio que havia alugado se encontrava em uma das zonas de Londres que eram território dos “paquis”, haviam passado já anos desde que os primeiros poblaran Londres e o que ali havia era já uma segunda e mesmo uma terceira geração dos mesmos. Sempre me atraíram os homens com rosto algo escuro, mas não negro, e os hindus e paquis que passavam ao meu lado pelas ruas de Londres me provocavam um reviramento de emoções em todo o meu ser. Não me importava seu pequeno tamanho, eram Seus olhos de mirada profunda, sua cara redonda e sua pele morena eram os que me revolviam. Meu trabalho terminava cada dia às 12 da noite, mas era difícil sair antes da uma da madrugada, pois tudo precisava estar impecavelmente recolhido e ordenado para a manhã seguinte e ninguém podia escapar até que a chefe não nos desse sua bênção. Ao sair, me encontrava extenuada e o simples aroma de carne, independentemente do animal em questão, me provocava mais de um vómito que eu precisava aplacar com inspirações profundas tentando me relaxar. Evidentemente não demorei nem dois meses para mudar minha dieta carnívora de toda a vida por uma dieta vegetariana ausente de todo recuerdo do lugar onde trabalhava. Quando chegava em casa e fazia um jantar leve, mal havia tempo para pensar em mim mesma. Pouco podia dedicar à limpeza de meu lar, mas era inexcusable levar uma vez por semana a roupa à lavanderia da rua onde eu morava, então pegava uma sacola grande de lixo preto, metia tudo que precisava ser lavado e com o hatillo no ombro saía para a rua de madrugada. Apesar dos horários dos habitantes da cidade, a cidade tinha vida, embora fosse mais sutil. O fato de a lavanderia estar aberta às essas horas era prova evidente disso. Quando chegava, me embargava a solidão das máquinas esperando ser utilizadas. Costumava me sentar sempre na que estava no fundo, justo ao lado do banco que utilizava para esperar que o processo de lavado e secagem finalizasse. Mas não demorei para desfrutar de companhia ao mudar meu dia de visita e coincidir com um homem atizonado de mirada penetrante e cabelo escuro. Nem sequer me saudou ao entrar e ver-me já sentada no meu banco de sempre com um livro na mão. Depositou suas roupas em uma lavadora próxima à minha e sem mais, se sentou ao meu lado para esperar. Estando acostumbrada a viver em uma terra sociável onde a gente não apenas se saudava mas também... Conversava embora fosse sobre temas banais, me sentia algo incômoda com a cena de silêncio absoluto apesar da curta distância que nos separava.
O certo é que me resultava atraente, muito, mas era nesses casos quando minhas feromonas bloqueavam completamente meu cérebro e, apesar das minhas vontades de falar, permaneci em completo silêncio como ele até que minha lavadora finalizasse, recolhesse minha roupa e saísse do lugar com um tímido bye.
Meu encontro foi suficiente para que minha poderosa imaginação elucubrasse mil encontros com ele, como começaríamos a conversar, a primeira cita em um café e os beijos posteriores. Era fácil, só era questão de trasvasar a barreira que lhe impunha o mundo virtual para fazê-lo real.
Mas nada disso sucedeu. Nem no segundo encontro, nem no terceiro. Continuávamos sendo dois completos desconhecidos apesar de conhecer ao dedo a roupa interior que cada um usava.
Foi em uma noite excepcional de céu estrelado quando tudo mudou. Quando cheguei, já estava sentado esperando no banco. Dirigi-me à minha lavadora e fui metendo toda minha roupa pouco a pouco. Apesar do barulho da minha lavadora funcionando ouvi sua respiração tão perto de mim que não pude senão voltar-me. E ali estava ele, o homem sem nome, a menos de vinte centímetros de distância de mim.
Por um instante senti medo e imaginei que realmente era um ladrão de lavanderias que aceitava as trabalhadoras das hamburguerias em um cuidado ritual de quatro encontros ou um assassino em série que essa noite precisava cumprir com sua necessidade de matar. Creio que toda minha vida passou pela frente até senti suas mãos em sua cintura e seus lábios em meu pescoço.
Me estremeceu, mas ainda fui capaz de dar ao botão de start e que minha roupa começasse a lavagem. Nem me movi, nem sequer virei a cabeça para perguntar-lhe o que fazia. De sobra sabia, tanto como que até havia sonhado com isso mais de uma vez em meu pequeno quarto.
Aquele moreno de olhos penetrantes inspecionou meu corpo até que foi Encontrando seus cantos favoritos: rodeou meus seios alertas com suas pequenas mãos e as baixou por minha blusa até chegar à minha saia. Minha curta saia entre suas mãos parecia ser mesmo mais escassa, pois não demorou para adivinhar pelo seu toque o aspecto de meu sexo. Sentia seus dedos descer minhas calcinhas e comecei a gemir com algo de timidez. A distância que nos separava havia desaparecido e podia sentir seu membro ereto frotando-se entre minhas nádegas. Em um instante senti seu calor, meu companheiro de lavanderia me havia baixado minhas calcinhas até a coxa, havia subido minha saia por trás e agora palpava suas largas bananas que se lhe apresentavam tão à vista. Suas carícias me enlouqueciam de prazer, e mais quando senti que deslizava sua mão desde atrás para frente, acariciando toda minha intimidade, agora à vista.
Me empurrou suavemente contra minha lavadora e aclimatou seu membro ao calor do meu sexo, penetrando-me firmemente até que me senti completamente cheia. Aquilo começou um ritmo de empurrões constantes, talvez muito semelhantes ao que marcava o electrodoméstico, enquanto eu, inclinada levemente sobre a lavadora, sentia em toda sua plenitude ambas cadências. Me agradava sentir sob meu corpo aquelas vibrações que emitia a lavadora, aumentavam o prazer que me proporcionava meu amigo noturno.
A medida que me embestia, eu deixava cair meu corpo sobre a lavadora, até sentir meus seios sobre ela. Era então quando ele me ajudava a levantar-me para poder amassar meus seios com suas mãos. O certo é que meu amigo se tomava o ataque com calma, talvez quisesse degustar tudo o que em outros encontros não havíamos feito. Nada nos preocupava que entrasse alguém e pudesse ver-nos. Quem se lembra desses pequenos detalhes quando se tem ascendido ao Paraíso por uns instantes? Meu companheiro sem nome agarrou minhas nádegas como um cavaleiro e acelerou suas embestidas enquanto eu, apenas recordava se já havia desfrutado de dois ou três orgasmos. Talvez fossem quatro. Sua montura estava à sua Disposição para seguir o que eu gostaria. Nesses momentos, minha lavadora havia iniciado seu processo de centrifugação e meu amigo, contaminado pelo ritmo frenético que lhe impunha, se deixou levar até que um leve gemido e seu calor invadindo minhas entranhas, me anunciou que havia terminado. Também minha roupa estava pronta para ser sacada de lá. Meu companheiro em um gesto curioso com o dedo fazendo garatujas em minha espinha se afastou de mim e como se nada tivesse acontecido, foi até sua lavadora recolher a roupa que havia finalizado há alguns minutos. Recompus as minhas roupas e meti na bolsa toda a roupa lavada e seca embora arrugada. Voltei para ver ele, mas surpreendentemente se havia marchado. Se havia ido sem dizer-me sequer adeus. Caminhei para casa pensando nos estranhos que eram os insulares, mas com uma sensação de bem-estar que fazia muito tempo não tinha. Essa noite dormiria um sono profundo apesar dos ruídos que às vezes tinham as canalizações da minha casa, se é que se pode chamar assim ao lugar onde habitava. Ao chegar em casa desvesti-me para entrar na ducha e ao me olhar no espelho pude ver que em minha espinha havia escrito a rotulador duas palavras em inglês “See you”. Estava claro que não seria a última vez que aquele desconhecido e eu lavaríamos juntos a roupa...
Mas não foi fácil nos primeiros momentos. Encontrar trabalho resultou uma tarefa árdua, buscar um lugar para viver tampouco e adaptar-me à forma diferente de ser e agir dos ingleses também. Tudo era diferente do que havia vivido antes, além da dificuldade adicional de não ter ninguém com quem contar as penas para poder desahogar-me.
O certo é que lentamente tudo foi encaixando no puzzle: encontrei trabalho em uma hamburguesería, que não era o trabalho da minha vida, mas me dava margem suficiente para ter dinheiro para viver e plantear-me buscar outro trabalho como professora de espanhol, que era o que eu pretendia exercer. Também encontrei, através de um colega de trabalho, um pequeno estúdio que bem poderia ter sido em outra vida uma caixa de sapatos de segunda mão, dado seu reduzido tamanho e o cheiro sujo da moqueta enegrecida no chão, que fui incapaz de limpar, nem mesmo suplicando à dona e tentando convencê-la a través de um estudo sobre ácaros, moquetas e alfombras que havia encontrado na Internet. Mini morada compunha-se do imprescindível para viver sem mais alharacas: uma zona de salão-cozinha-quarto onde se localizava uma cama de 80 que fazia as vezes de sofá e assento quando comia, a zona própria da cozinha que apenas a separava do salão uma estreita barra que também fazia de aparador, uma prateleira, um armário diminuto ao qual nunca pude ver ordenado dada a diferença entre o que podia conter e o que eu queria que contivesse, uma mesa baixa com a qual mais de um dia me tropecei e um pequeno banheiro independente ao qual haviam tido o detalhe de pôr-lhe uma ducha que seguramente a haviam roubado de uma clínica para anoréxicas que jamais se teriam mirado no roñoso espelho que havia no banheiro dado que distava muito de irradiar felicidade alheia. Mas em meu pequeno espaço para viver faltava algo que nunca houvera pensado que se obviaria em nenhum lar, e era uma lavadora. Foi ao buscar apartamento quando me dei conta desse pequeno detalhe: praticamente em todos os lugares que visitava brilhava por sua ausência. No início rejeitei todas as ofertas de aluguel que não dispunham daquele útil complemento, mas após desesperar-me completamente pelo que iam vendo meus olhos, me rendi e decidi que, dada a abundância de lavanderias que havia nas ruas de Londres, alugaria um apartamento algo mais decente e levaria minha roupa para lavar em um local público, igual como minha bisavó havia lavado sua roupa ao lado do rio quando vivia no povo. O pequeno estúdio que havia alugado se encontrava em uma das zonas de Londres que eram território dos “paquis”, haviam passado já anos desde que os primeiros poblaran Londres e o que ali havia era já uma segunda e mesmo uma terceira geração dos mesmos. Sempre me atraíram os homens com rosto algo escuro, mas não negro, e os hindus e paquis que passavam ao meu lado pelas ruas de Londres me provocavam um reviramento de emoções em todo o meu ser. Não me importava seu pequeno tamanho, eram Seus olhos de mirada profunda, sua cara redonda e sua pele morena eram os que me revolviam. Meu trabalho terminava cada dia às 12 da noite, mas era difícil sair antes da uma da madrugada, pois tudo precisava estar impecavelmente recolhido e ordenado para a manhã seguinte e ninguém podia escapar até que a chefe não nos desse sua bênção. Ao sair, me encontrava extenuada e o simples aroma de carne, independentemente do animal em questão, me provocava mais de um vómito que eu precisava aplacar com inspirações profundas tentando me relaxar. Evidentemente não demorei nem dois meses para mudar minha dieta carnívora de toda a vida por uma dieta vegetariana ausente de todo recuerdo do lugar onde trabalhava. Quando chegava em casa e fazia um jantar leve, mal havia tempo para pensar em mim mesma. Pouco podia dedicar à limpeza de meu lar, mas era inexcusable levar uma vez por semana a roupa à lavanderia da rua onde eu morava, então pegava uma sacola grande de lixo preto, metia tudo que precisava ser lavado e com o hatillo no ombro saía para a rua de madrugada. Apesar dos horários dos habitantes da cidade, a cidade tinha vida, embora fosse mais sutil. O fato de a lavanderia estar aberta às essas horas era prova evidente disso. Quando chegava, me embargava a solidão das máquinas esperando ser utilizadas. Costumava me sentar sempre na que estava no fundo, justo ao lado do banco que utilizava para esperar que o processo de lavado e secagem finalizasse. Mas não demorei para desfrutar de companhia ao mudar meu dia de visita e coincidir com um homem atizonado de mirada penetrante e cabelo escuro. Nem sequer me saudou ao entrar e ver-me já sentada no meu banco de sempre com um livro na mão. Depositou suas roupas em uma lavadora próxima à minha e sem mais, se sentou ao meu lado para esperar. Estando acostumbrada a viver em uma terra sociável onde a gente não apenas se saudava mas também... Conversava embora fosse sobre temas banais, me sentia algo incômoda com a cena de silêncio absoluto apesar da curta distância que nos separava.
O certo é que me resultava atraente, muito, mas era nesses casos quando minhas feromonas bloqueavam completamente meu cérebro e, apesar das minhas vontades de falar, permaneci em completo silêncio como ele até que minha lavadora finalizasse, recolhesse minha roupa e saísse do lugar com um tímido bye.
Meu encontro foi suficiente para que minha poderosa imaginação elucubrasse mil encontros com ele, como começaríamos a conversar, a primeira cita em um café e os beijos posteriores. Era fácil, só era questão de trasvasar a barreira que lhe impunha o mundo virtual para fazê-lo real.
Mas nada disso sucedeu. Nem no segundo encontro, nem no terceiro. Continuávamos sendo dois completos desconhecidos apesar de conhecer ao dedo a roupa interior que cada um usava.
Foi em uma noite excepcional de céu estrelado quando tudo mudou. Quando cheguei, já estava sentado esperando no banco. Dirigi-me à minha lavadora e fui metendo toda minha roupa pouco a pouco. Apesar do barulho da minha lavadora funcionando ouvi sua respiração tão perto de mim que não pude senão voltar-me. E ali estava ele, o homem sem nome, a menos de vinte centímetros de distância de mim.
Por um instante senti medo e imaginei que realmente era um ladrão de lavanderias que aceitava as trabalhadoras das hamburguerias em um cuidado ritual de quatro encontros ou um assassino em série que essa noite precisava cumprir com sua necessidade de matar. Creio que toda minha vida passou pela frente até senti suas mãos em sua cintura e seus lábios em meu pescoço.
Me estremeceu, mas ainda fui capaz de dar ao botão de start e que minha roupa começasse a lavagem. Nem me movi, nem sequer virei a cabeça para perguntar-lhe o que fazia. De sobra sabia, tanto como que até havia sonhado com isso mais de uma vez em meu pequeno quarto.
Aquele moreno de olhos penetrantes inspecionou meu corpo até que foi Encontrando seus cantos favoritos: rodeou meus seios alertas com suas pequenas mãos e as baixou por minha blusa até chegar à minha saia. Minha curta saia entre suas mãos parecia ser mesmo mais escassa, pois não demorou para adivinhar pelo seu toque o aspecto de meu sexo. Sentia seus dedos descer minhas calcinhas e comecei a gemir com algo de timidez. A distância que nos separava havia desaparecido e podia sentir seu membro ereto frotando-se entre minhas nádegas. Em um instante senti seu calor, meu companheiro de lavanderia me havia baixado minhas calcinhas até a coxa, havia subido minha saia por trás e agora palpava suas largas bananas que se lhe apresentavam tão à vista. Suas carícias me enlouqueciam de prazer, e mais quando senti que deslizava sua mão desde atrás para frente, acariciando toda minha intimidade, agora à vista.
Me empurrou suavemente contra minha lavadora e aclimatou seu membro ao calor do meu sexo, penetrando-me firmemente até que me senti completamente cheia. Aquilo começou um ritmo de empurrões constantes, talvez muito semelhantes ao que marcava o electrodoméstico, enquanto eu, inclinada levemente sobre a lavadora, sentia em toda sua plenitude ambas cadências. Me agradava sentir sob meu corpo aquelas vibrações que emitia a lavadora, aumentavam o prazer que me proporcionava meu amigo noturno.
A medida que me embestia, eu deixava cair meu corpo sobre a lavadora, até sentir meus seios sobre ela. Era então quando ele me ajudava a levantar-me para poder amassar meus seios com suas mãos. O certo é que meu amigo se tomava o ataque com calma, talvez quisesse degustar tudo o que em outros encontros não havíamos feito. Nada nos preocupava que entrasse alguém e pudesse ver-nos. Quem se lembra desses pequenos detalhes quando se tem ascendido ao Paraíso por uns instantes? Meu companheiro sem nome agarrou minhas nádegas como um cavaleiro e acelerou suas embestidas enquanto eu, apenas recordava se já havia desfrutado de dois ou três orgasmos. Talvez fossem quatro. Sua montura estava à sua Disposição para seguir o que eu gostaria. Nesses momentos, minha lavadora havia iniciado seu processo de centrifugação e meu amigo, contaminado pelo ritmo frenético que lhe impunha, se deixou levar até que um leve gemido e seu calor invadindo minhas entranhas, me anunciou que havia terminado. Também minha roupa estava pronta para ser sacada de lá. Meu companheiro em um gesto curioso com o dedo fazendo garatujas em minha espinha se afastou de mim e como se nada tivesse acontecido, foi até sua lavadora recolher a roupa que havia finalizado há alguns minutos. Recompus as minhas roupas e meti na bolsa toda a roupa lavada e seca embora arrugada. Voltei para ver ele, mas surpreendentemente se havia marchado. Se havia ido sem dizer-me sequer adeus. Caminhei para casa pensando nos estranhos que eram os insulares, mas com uma sensação de bem-estar que fazia muito tempo não tinha. Essa noite dormiria um sono profundo apesar dos ruídos que às vezes tinham as canalizações da minha casa, se é que se pode chamar assim ao lugar onde habitava. Ao chegar em casa desvesti-me para entrar na ducha e ao me olhar no espelho pude ver que em minha espinha havia escrito a rotulador duas palavras em inglês “See you”. Estava claro que não seria a última vez que aquele desconhecido e eu lavaríamos juntos a roupa...
7 comentários - Mi hermosa lavandería
espero tengas mas d ste estilo