A longo da história, o sexo foi abordado desde sua função reprodutora, meramente placentera e uma próxima ao espiritual. Quem dedicou sua vida à meditação e busca a transcendência do espírito partindo dos elementos terrenos, não importando a religião ou seita a que pertençam, estão de acordo em que um dos melhores meios para alcançar esse estado de paz é o corpo. No início, devido à nossa educação ocidental, poderia parecer que essa ideia é uma das contradições mais absurdas do pensamento religioso de países como a Índia; no entanto, se considerarmos que tanto o prazer como a fé são duas experiências estritamente sensoriais, o fato de se citar o corpo como uma ferramenta para chegar a um estado de iluminação não resulta tão descabellado após tudo.
Nós não falamos apenas de práticas ancestrais como o ioga ou a meditação transcendental, se você for suficientemente astuto, encontrará que a razão pela qual está dentro deste post não é precisamente seu amor pelo arte; algo ainda mais forte que isso o conduziu até aqui: o erotismo. É hora de aceitar sem vergonha: gosta de sexo. A quem não? Daí de onde todos vimos e, para ser ainda mais sinceros, é onde gostaríamos morrer.
De fato, posto em termos um tanto mais religiosos, temos a completa liberdade de dizer que o orgasmo é a possibilidade de alcançar —ao menos por um momento muito breve— a divindade. É por isso que autores e artistas como o asceta hindu Vatsiaiana se dedicaram a estudiar minuciosamente as condutas sexuais humanas, com o fim de criar manuais como o Kama-sutra, cuja validade não está apenas nos aforismos que servem como conselhos sexuais para seus seguidores, senão também se encontra na série de finas imagens realizadas à mão que retratam uma série de posições sexuais inspiradas no yoga.
O livro escrito em torno do ano 500 d.C. não foi o único 'manual sexual' com que contaram os hindus. Dentro da população de Khajuraho, situada ao norte do país, ocultos entre os bosques, existem uns estranhos mas fascinantes templos cujas fachadas estão adornadas com finas e atrevidas esculturas que representam casais ou grupos de pessoas mantendo relações sexuais em posições diferentes. Em algumas partes é possível observar mesmo alguns animais que fazem parte dessas práticas.
Embora seja certo que a função dessas construções luxuosas ainda é um grande mistério, há quem afirme que se tratava de uma maneira prática de ensinar o Kama-sutra aos mais jovens ou a aqueles que não sabiam ler. Qualquer que fosse o motivo, podemos dizer quase com segurança que não se tratou de um simples divertimento ou forma de retratar o 'prazer pelo prazer' ao qual estamos tão acostumbrados; pensar que finas tallas são apenas ornamentais é uma verdadeira falta de respeito para com uma cultura que, antes de um ritual proibido, via no sexo a forma mais pura de se aproximar dos deuses.
Seja por via artística ou espiritual, se algo devemos apreciar dessas obras de arte é a forma como ainda em nossos dias, com todos os meios que temos para nos aproximarmos do erotismo, este tipo de expressões continuam sendo objeto da nossa fascinação. Tratar de compreendê-las em todo seu esplendor nos afasta do seu significado mais próximo: o carnal, para levar-nos a uma via de iluminação que nunca antes havíamos visto e que na realidade era mais que evidente.
Nós não falamos apenas de práticas ancestrais como o ioga ou a meditação transcendental, se você for suficientemente astuto, encontrará que a razão pela qual está dentro deste post não é precisamente seu amor pelo arte; algo ainda mais forte que isso o conduziu até aqui: o erotismo. É hora de aceitar sem vergonha: gosta de sexo. A quem não? Daí de onde todos vimos e, para ser ainda mais sinceros, é onde gostaríamos morrer.De fato, posto em termos um tanto mais religiosos, temos a completa liberdade de dizer que o orgasmo é a possibilidade de alcançar —ao menos por um momento muito breve— a divindade. É por isso que autores e artistas como o asceta hindu Vatsiaiana se dedicaram a estudiar minuciosamente as condutas sexuais humanas, com o fim de criar manuais como o Kama-sutra, cuja validade não está apenas nos aforismos que servem como conselhos sexuais para seus seguidores, senão também se encontra na série de finas imagens realizadas à mão que retratam uma série de posições sexuais inspiradas no yoga. O livro escrito em torno do ano 500 d.C. não foi o único 'manual sexual' com que contaram os hindus. Dentro da população de Khajuraho, situada ao norte do país, ocultos entre os bosques, existem uns estranhos mas fascinantes templos cujas fachadas estão adornadas com finas e atrevidas esculturas que representam casais ou grupos de pessoas mantendo relações sexuais em posições diferentes. Em algumas partes é possível observar mesmo alguns animais que fazem parte dessas práticas.Embora seja certo que a função dessas construções luxuosas ainda é um grande mistério, há quem afirme que se tratava de uma maneira prática de ensinar o Kama-sutra aos mais jovens ou a aqueles que não sabiam ler. Qualquer que fosse o motivo, podemos dizer quase com segurança que não se tratou de um simples divertimento ou forma de retratar o 'prazer pelo prazer' ao qual estamos tão acostumbrados; pensar que finas tallas são apenas ornamentais é uma verdadeira falta de respeito para com uma cultura que, antes de um ritual proibido, via no sexo a forma mais pura de se aproximar dos deuses.Seja por via artística ou espiritual, se algo devemos apreciar dessas obras de arte é a forma como ainda em nossos dias, com todos os meios que temos para nos aproximarmos do erotismo, este tipo de expressões continuam sendo objeto da nossa fascinação. Tratar de compreendê-las em todo seu esplendor nos afasta do seu significado mais próximo: o carnal, para levar-nos a uma via de iluminação que nunca antes havíamos visto e que na realidade era mais que evidente.