Olá amigos de Poringa, sei que o último que querem é ler, mas como o tema que lhes trago me toca diretamente pensei que seria bom iluminar seus cérebros degenerados com um pouco de conhecimento sobre sexualidade. Além disso, creo que é uma boa oportunidade para demonstrar que a beleza e o erotismo não têm que ver apenas com um corpo perfeito nem com os padrões que a sociedade nos impõe cruelmente. O homem é um ser complexo e por isso existem tantas maneiras e escolhas como pessoas há no mundo, para alguns isto vai ser difícil de entender, para outros talvez seja a oportunidade de entrar num mundo complexo mas não por isso menos emocionante.Devotos
O que é um devoto?É uma pessoa que se sente sexualmente atraída para as pessoas com deficiência ou que tãoSómenteadmiram como eles levam adiante suas vidas apesar das limitações. Mas o importante é que quando essa atração for apenas de tipo sexual pode chegar a transformar-se em uma obsessão. Mais ainda, se essa obsessão perdurar por mais de seis meses, se seu único fim passa por relacionar-se sexualmente com pessoas discapacitadas, estamos falando de uma parafilia.A visão profissionalOs devotos vivem em profunda solidão e sofrimentoE o que seria uma parafilia?Éste é o termo moderno utilizado para o que antes se chamava perversões ou desvios. Quando a relação se dá sem o consentimento do outro e quando esse desejo faz mal ao outro, estamos falando de parafilias. Senão pode ser uma preferência sexual mais. Isso é no caso dos devotees. Mas os wanabees (falaremos sobre isso mais tarde) são outra coisa, acredito que alguns tenham um distúrbio, porque não qualquer pessoa deseja ser discapacitada.
A etimologia da palavra parafilia se refere a um amor paralelo à forma convencional. Para a sociedade em sua maioria, o sexo convencional tem as características de heterossexual, coital, com finalidade procriativa e sob determinadas posturas e hábitos. Para a sexologia é necessário evitar essas convenções e não estigmatizar impondo sobre temas tão controvertidos como a sexualidade humana uma marca discriminatória.
Segundo a Dra. Isabel Boschi, sexóloga: O emprego do termo 'parafilias' para substituir o conceito de 'perversiones' é um achado da sexologia do século XX. Não se trata meramente de uma nova denominação diagnóstica. Presupõe um enfoque humanístico científico que integra desde os descobrimentos do funcionamento cerebral, segundo a neurociência, até as manobras sistêmicas dos terapeutas que tratam da conduta sexual humana. Conhecer as variantes do erotismo em suas diversas formas de estimulação e sua expressão comportamental aumenta o conhecimento da sexualidade chamada 'normal'.
Os termos precisos que esgrimem diversas correntes dentro da sexologia para falar de devotos e wannabes é o de apotemnofilia, onde o desejo ou excitación sexo-erótica depende de ter (ou desejar ter) um membro amputado e onde o apotemnófilo pode se obsessar com autoinfligir uma amputação ou conseguir uma no hospital. E com o de acrotomofilia, a aqueles devotos das pessoas que sofrem amputações ou discapacidade sem chegar a pretender ser ou lesionar-se. É censurável o sentimento de devocião que expressam os devotos que se sentem movidos afectivamente em direção às pessoas com deficiência ou invalidez? Podemos situar no mesmo plano psíquico e emocional uma pessoa com predileção estética ou afetiva pelas pessoas que não entram na norma do belo em relação a aqueles que apenas buscam obter um prazer fetichista ao tomar contato com uma pessoa mutilada ou discapacitada, concentrando-se exclusivamente no muñón ou na cadeira de rodas como objeto de desejo e deixando para trás a pessoa como totalidade?Junto a este interrogante chegam outros que também envolvem pessoas com deficiência. É habitual encontrar em fóruns pessoas com deficiência que, sabendo serem apenas parcialmente compreendidas, acessam de igual maneira relacionar-se com devotos extremos, pois ao sofrer deficiências severas ou ter a autoestima baixa, veem nos devotos uma oportunidade de obter uma relação que lhes permita experimentar o prazer sexual e o acompanhamento que o comum das pessoas não pode lhes oferecer. Realmente podemos punir essa necessidade ou esse acordo?Podemos estabelecer qual é a fronteira que separa o devoto de alguém que a psicologia chamava, e em muitos casos continua chamando, 'perverso'?Lic. Maria Elena Villa Abrille*: O primeiro ponto é distinguir, diferenciar os diferentes tipos de devotee. O devotee comum sente uma atração sexual muito forte para as pessoas com deficiência. Por outro lado, encontramos o “admirador”, que não sente esse desejo sexual, senão que admira como as pessoas com deficiência levam adiante suas vidas. Este tipo de devotees costumam encontrar-se trabalhando em forma próxima às pessoas com deficiência.
Também é importante assinalar que existem 20% mais de devotees homens do que mulheres. É muito comum os devotees, embora tenham um bom nível socioeconômico e cultural, viverem em profunda solidão e sofrimento porque vivem seus sentimentos como vergonhosos. Existe um grupo de devotees que pode ser considerado desde o psicológico como parafilia, como também temos outros grupos de pessoas que desde muito pequenos sentem atração pelas pessoas com deficiência, mas sua maneira de relacionar-se com elas é global, não fixada na lesão e podem chegar a ter relações estáveis. - Quais características reunem os devotos que têm uma atitude parafílica?M.E.B.A: Geralmente são pessoas que sentem essa atração desde os 3 a 6 anos e que deixou uma marca. Quem age realmente desde uma atitude parafílica, tende a rondar a pessoa com deficiência e seu grande desejo compulsivo é ter um relacionamento sexual com essas pessoas. O homem costuma escolher a mulher com amputação de uma perna, e a mulher prefere homens em cadeira de rodas. O devotee parafílico não se fixa na outra pessoa nem no dano que pode lhe causar, portanto tende ao engano ou estabelecer um relacionamento de poder, conflituoso e problemático.E os devotos não parafílicos? M.E.B.A: Nesse caso, estamos falando de um respeito e aceitação mútua. Esta pessoa poderia estar enquadrada dentro das denominadas pseudo-parafilias, desde que não danifiquem o outro, que estabeleçam relações de acordo comum, não são patológicas. O novidadeiro é que mais além da condena social, nos fóruns da internet, as pessoas com deficiência pedem companhia devotee para relação estável ou não, cada vez maior frequência. Se a sociedade atual não lhes dar seu lugar na busca da imagem perfeita, harmonia, beleza, menos cabida terão na expressão sexual. Isso me leva a pensar: o que de mal há em uma pessoa tetrapléjica poder ter uma relação sexual sem compromisso com um devotee? O positivo do surgimento social dessas temáticas resulta de grande ajuda: por um lado, para os devotees não parafílicos, perder o sentimento de culpa e solidão; às pessoas com deficiência, estar mais atentas para aqueles que se aproximem através de uma atitude obsessiva e que possa resultar daninha.E como são os devotos parafílicos?Suelen rondar os deficientes e o grande desejo compulsivo é ter uma relação sexual com essas pessoas. Os homens costumam escolher as mulheres com amputações nas pernas e as mulheres preferem homens em cadeira de rodas. O devotee parafílico não se preocupa com a outra pessoa nem com o dano que pode lhe causar.
Primeiro -para entender melhor o que é tudo isso do devotismo- peço que me explique o que sente pelas pessoas com deficiência e ele me diz que toda sua vida teve esses sentimentos, essa admiração por elas. Admiração que sentia enquanto as via subir a um coletivo em cadeira de rodas ou caminhar pelo centro com seus bastões despreocupadamente. Ele admira que continuem adiante apesar dos obstáculos que a vida lhes planta.
Rodrigo me esclarece que no mundo devotee sobre gostos não há nada escrito e que há todo tipo de deficiência para cada devoto. Assim como alguns admiram os paraplégicos, há outros que se sentem exclusivamente atraídos pelos amputados. Mas eu o que mais me interessa são as desviões na coluna e a falta de motricidade. Creio que isso vem por esse lado. Tudo relacionado com aparelhos ortopédicos. Mas me esclarece que não é que goste das mulheres com um andar defeituoso e pronto. Primeiro lhe tem que gostar como mulher, como pessoa. Como a todos.
Agora já não joga mais esse jogo, diz que se curou, mas meses atrás quando caminhava pela rua não podia parar de olhar para os deficientes. Lembrei-me de observá-los sem poder tirar-lhes os olhos da frente. Chegou ao extremo de cronometrar os horários de diferentes deficientes para poder conhecer seus movimentos e assim voltar a vê-los uma e outra vez. E ali eu me atormentava perguntando-me por que isso me acontece. No entanto nunca me cansei de olhar para eles, de admirá-los.
Essas questões se transformaram em pesadelos e insônios eternos e noturnos. Dentro da sua cabeça escavava a ideia de que era o único perverso do mundo que gostava dos deficientes. 'Entre os devotos nos dizemos: estamos doentes, mas não queremos o remédio. Desfrutamos da doença. Eu sofrei com essa doença durante um tempo, mas agora posso dizer que estou desfrutando'. Já verão por quê.
Em uma das longas noites de insônia Rodrigo teve uma ideia um tanto extravagante: quebrar uma perna para poder usar muletas. Com madeiras sobrantes criou um sistema de cabos e polias e pôs um peso sustentado por uma corda no alto do teto, para luego deixá-lo cair sobre sua perna e assim quebrá-la em mil pedaços. 'Tinha 13 anos e já era consciente de que me atraía o tema. Queria ver como se sentia ser um deficiente. A último momento me disse: Que merda estou fazendo? e tirei tudo para o caralho'. Por sorte para ele, já deixara de ter esses desejos de querer ser um deficiente. Por sorte para ele e suas pernas.
Depois dessa revelação, sinto-me mais confiante para fazer-lhe uma pergunta mais... sei lá, íntima diria.
- Como é o sexo com uma mulher deficiente?- Nunca me acaspei com uma pessoa com deficiência. Na verdade, nunca me acaspei com uma mulher em geral. Sou virgem. Se sendo devoto e imaculado não me resta outra opção senão perguntar-lhe como fazia para calmar todos esses desejos libidinosos de estar com uma mulher com deficiência. Pergunto-lhe se, como todos nós, não recorria a material erótico da Web e a utilizar simplesmente sua mão para calmar suas ânsias de prazer. Mas responde que não, que nunca sentiu essa necessidade. Responde: “Nunca me fiz uma masturbação em toda minha vida”. -Você nunca se masturbou?- Eu te juro. Sim estive desesperado por estar com qualquer tipo de mulher, mas nunca recurri a isso.E como satisfações tua libido se você não se fazia uma masturbação?- Quando eu tinha 13 anos, fiz uns muletas com madeiras e usei-as durante um tempo escondidas em minha casa. Andava de lá para cá com as muletas e isso me excitava muito. Mas nunca foi uma obsessão estar com alguém com deficiência.
Rodrigo quer deixar claro que suas intenções sempre foram boas, que tem plena consciência de estar ajudando pessoas que ninguém olha, que todos discriminam. Nunca foram uma carga esses sentimentos. Se você me perguntar se em algum momento teria preferido parar de sentir isso, digo que não definitivamente. Estou muito feliz com isso que sinto. Além disso, no meu caso vai mais além do sexo. Não sou um fetichista. Eu o que quero é uma relação de casal, amar uma mulher deficiente.
Recuerdan que lhes disse que jogava a seguir as pessoas com deficiência para poder admirá-las? Bem, esse jogo inocente teve seus frutos: assim conheceu o amor da sua vida e também curou sua doença, segundo ele.
Durante cinco anos seguidos Rodrigo sempre tomou o mesmo coletivo para ir à mesma escola. Dias após dias. E assim foi como Rodrigo durante esses cinco anos de viagem em coletivo admirou e observou em segredo Maria, uma garota deficiente que utiliza bastões em ambos os braços para agilizar seu errante andar.
Eu me sentava longe dela para que não se desse conta que a observava. Algumas vezes me passei de parada para ver onde se bajava. Me chamava muito a atenção sua destreza ao bajar do coletivo.
Mas quando terminou o secundário, também concluíram os viajes em coletivo e assim Rodrigo não pôde mais admirar Maria. Até que um dia, um amigo deficiente de Rodrigo, sem saber que ele admirava em segredo Maria, lhe passou o mail dela. Casualidade e destino -por que não ambos?- se uniram na vida do devotee e da discapacitada.
E assim foi como finalmente se conheceram. Primeiro chatearam um tempo e intercambiaram inquietudes até que tiveram sua primeira Cita. “Quando a vi foi amor à primeira vista. Não sei o que mais me agradou, mas lembro que foi muito forte”. E bom, saíram várias vezes mais, foram tomar um sorvete pelo bairro, se conheciam e como qualquer outra par de tortolitos finalmente se tornaram namorados. Rodrigo, como todo cavalheiro que se preze, levou sua namorada para casa para apresentá-la formalmente à sua família. Mas seguramente sua mãe, como todas as nossas mães, esperava ver entrar pela porta nupcial uma bela menina loira e de olhos verdes. Quem entrou foi uma bela menina loira e de olhos verdes, mas com alguns pequenos detalhes: por causa de uma doença congênita, Maria tem uma malformação na medula espinhal que a obriga usar bastões para poder andar. Digamos que mamãe rejeitou a flamante par, mas como o amor é mais forte Rodrigo e Maria foram viver juntos em uma pequena pensão e sua vida mudou radicalmente. Deixem que ele conte. “A partir de Maria me curei. Eu não discuto que estamos doentes. Sim, estamos, mas não todas as doenças são más. Me segue atraindo o tema deficiência, mas não sexualmente falando. Antes de Maria, se via uma mulher deficienta e eu me excitava. Agora já não, agora vejo uma pessoa mais e ponto”. Há um pequeno detalhe dessa história particular de amor que me esqueci de contar. Maria não sabe que Rodrigo a conhece desde há tempo, não sabe que ele a admirava em segredo no coletivo. Maria não sabe que Rodrigo é devotee. “Ainda não lhe disse que sou devotee. Quando as coisas se acalmarem mais, lhe direi. Não sei como vai reagir. Mas sempre me gustou dizer as coisas de frente, nunca menti em toda minha vida. Então sim ou não vou lhe dizer, mas não sei como reagirá. Tenho muito medo que diga que estou doente e que me deixe. Que tergiverse o que eu sinto por ela. E eu apenas a amo”. Depois de meu último encontro com Rodrigo fiquei um pouco preocupado. Não sei se lembram: estava Pelo revelar a sua noiva deficiente que ele é devotee. 'Tenho muito medo de ela dizer que estou doente e me deixar. E eu apenas a amo', foi o último que me disse. Há poucos dias o encontrei pela rua e me deu duas notícias muito boas. A primeira, que Maria compreendeu com hidalguia seu devotismo e ele a ama mais além de sua deficiência. Depois dessa revelação, Rodrigo se arrodilhou diante dela e propôs-lhe casamento. E Maria aceitou. Assim Rodrigo e Maria, o noivo devotee e a noiva errante, se casaram e foram felizes.Esta nota foi publicada o 6 de abril de 2008, na Revista C, do jornal Crítica da Argentina, dirigida por Jorge Lanata.O que segue é uma carta de uma devota ao autor da nota anterior, fazendo minha própria investigação não posso deixar de mencionar que uma luz de esperança se acaba de acender em mim, talvez seja verdadeiro esse dito que diz: sempre há um roto para um descosido. Seja como for, é interessante ver como a mulher fala de uma relação romântica, de entregar amor e carinho. Pergunto, acaso o que vemos como perversão não será uma maneira de evolução sentimental?Carta de uma devota que não tem nenhum problema em ser devota:Querido Pablo:
Me chamo Marcela, tenho 30 anos e sou nicaraguense.
Deixe-me contar que desde muito pequena senti atração por homens em cadeira de rodas. Creci e minhas fantasias foram tornando-se recorrentes e inexplicáveis para mim. No entanto, nunca tive contato com pessoas deficiêntes: alimentei minhas fantasias com filmes, novelas e Internet. Utilizo minha imaginação mais que nada pois minha atração não é sexual, é romântica. Minhas fantasias passam mais pelo amor, embora amor também implique, claro está, sexo. Mas sem segundas intenções, mais bem preenchido de entrega e doçura, carícias e mimos.
A partir da web conheci o termo devotee. Descobri com espanto mensagens de gente como eu tratando de estabelecer contato com deficientes. ¡Al fin encontro gente como eu! Digo-o com orgulho: ¡Sou uma devota! Por primeira vez em minha vida sei que não sou a única pessoa no mundo que sente e ama dessa maneira.
¡Que loucura!: há homens deficientes que sonham com uma mulher que os valorize e os ame e há mulheres que sonham com um homem deficiente a quem amar e entregar sua vida, mas paraditicamente o mundo nos impõe preconceitos que evitam que nos conheçamos. ¡Que mundo cruel o nosso! ¡Quantas prisões em nossas cabeças!
Espero que seu artigo sirva para que devotees e pessoas com deficiência se conheçam entre si e sejam mais felizes.
¡Beijos para todos!
A seguir transcrevo uma nota encarada desde um ponto de vista mais científico feita por uma psicóloga e sexóloga apresentando alguns dados bastante interessantes. Por uma questão de espaço e tratando de que o tema não se converta em um plomo difícil de ler, principalmente pouco interessante, vou sacar-lhe algumas partes. Se alguém quiser a nota completa pode visitar a página que mencione algumas linhas acima.
Fiel e Querido(a): Marginais do Espaço Cibernético
Lic. Maria Helena Villa AbrilPsicóloga-Sexóloga Clínica-Especialista em Sexualidade das Pessoas com Deficiência-Membro da Comissão Deficiência da Revista da SASH (Sociedade Argentina de Sexualidade Humana)A partir dos anos 2000, a Internet deu a possibilidade de que várias pessoas mantenham-se em contato e compartilhem experiências. É assim que foi o local de encontro de muitos que durante toda sua vida mantiveram determinadas atracções e preferências de índole sexual na mais completa solidão e anonimato. Entre elas se encontram as pessoas Devotee e Wannabe, ou Marginais do Ciberespaço, denominação que alguns deles tomaram. O presente trabalho foi realizado com informações obtidas dos fóruns temáticos da Internet e colaboração desinteressada de pessoas Devotee de nosso país e Espanha.DevotoDesde essa visão da sexualidade, é aquela pessoa que sente uma atração especial pelas pessoas com deficiência. Existem diferentes tipos ou níveis, que é importante diferenciar: 1-Admirador O admirador coloca a pessoa deficiente em um pedestal e a vê como alguém digno de grande admiração por seu valor na superação de uma desvantagem. É uma pessoa que geralmente tenta aproximar-se das pessoas com deficiência, mediante trabalhos de voluntariado ou situação laboral, como fisioterapeuta ou qualquer outro tipo de profissão relacionada. Pode passar como uma pessoa sensibilizada e altruista com o tema da deficiência, e naturalmente essa admiração está completamente aceita na sociedade, e mesmo ele pode ser admirado por sua atitude desinteressada. O admirador é uma pessoa que gosta de ver imagens e filmes, ou ler livros sobre a deficiência física, mas ele vê seus motivos mais como os de um observador interessado, que como os de um voyeur. Pode justificar seu interesse como algo puramente científico, estudando dessa maneira pensa que poderá se manter mais informado e entender melhor as necessidades e preocupações das pessoas com deficiência. 2- O Devoto em sentido estrito Por razões absolutamente Fora do seu controlePresentam um interesse quase obsessivo em olhar para as pessoas que sofrem alguma deficiência. Geralmente estão muito envergonhados de suas sensações e aguardam ativamente as pessoas com deficiência física, mas o fazem de uma maneira tão clandestina que raramente alguém se dá conta dessa obsessão.
Coletam fotos, vídeos, livros e tudo aquilo que esteja relacionado com o objeto do seu desejo e claramente sabem que ninguém poderia entender essa fascinação que sentem, pois até a eles mesmos lhes resulta desconcertante.
Usam todo tipo de estratégias para poder fotografar, filmar ou simplesmente observar as pessoas com deficiência em suas tarefas cotidianas, pois é principalmente o movimento difícil dos membros e a maneira como se desenvolve essa pessoa, com sua limitação física, o que mais lhes apasiona.
3. O Falso Pretendente - Wannabe
O falso pretendente é alguém que se sente atraído pelo estado de invalidez, isto é, pela forma de vida da pessoa discapacitada, embora apenas tenha a necessidade de experimentá-lo por si mesmo de vez em quando.
Pode chegar a comprar muletas, bastões e até mesmo uma cadeira de rodas para poder realizar suas fantasias.Avisos e TestemunhosAda, 19, MéxicoDesde sempre eu senti atração para os homens deficientes, sou uma mulher que me excita muito ver as cadeiras de rodas e outros aparelhos que usam os deficientes, gostaria de saber em questão psicológica e/ou psiquiátrica por quê isso é, e se é comum ou não, obrigada.Suele ser essa uma atividade oculta feita em segredo em sua própria casa, embora apenas alguns mais ousados sejam capazes de aventurar-se a sair para lugares públicos, mesmo podendo chegar a viajar para outra cidade, longe do seu lugar de origem, onde ninguém os conheça, para agirem como eles. O estar na mirada dos outros, miradas fixas e curiosas se torna um verdadeiro prazer para eles, mas essa sensação placentera a maior parte das vezes se vê empançada por sentimentos sérios de culpa.Testemunho
Vamos a ver... efetivamente sou devoto, desde sempre, desde minha infância eu me lembro de me sentir atraído por as meninas com deficiência. Suponho que sabes que dentro dos devotos há grandes diferenças, pois a atração é muito variopinta.
Dentro dos devotos há homens que se sentem atraídos por amputadas, paraplégicas, tetraplégicas, com sequelas de poliomielite, paralisia cerebral..., mas dentro dessas categorias existem muitos grupos.
No caso particular dos homens atraídos por amputações há os que se sentem atraídos por amputações de membros superiores e outros por membros inferiores; mas a seguir existem preferências sobre a porção do membro amputado.
Se nos centramos nos devotos masculinos posso dizer-te que há de tudo, mas o fetiche por antonomasia é a amputada transfemoral unilateral. As mulheres se sentem maioritariamente atraídas por amputados transfemorais bilaterais e paraplégicos.
Falando sobre mim mesmo, tenho de dizer-te que minha atração melhor dito o momento da minha 'impregnação', ocorreu com 3 anos de idade, quando estando no colégio uma menina que lhe faltava uma mão se sentou ao meu lado, eu me lembro que me fascinava vê-la jogar com a plastilina. Outro tema que impacta o devotee é ver-se sozinho no mundo, sem informação e sem conhecer a existência de pessoas como tu. Quando conhecemos Internet temos interesse em aprender o que nos ocorre, e nos damos conta que há pouca informação e a que há é errônea.
Nesse sentido, gostaria de dizer-te que minhas duas carreiras universitárias do âmbito científico me fazem questionar e reprovar a maior parte das teorias que circulam, a mais graciosa é que somos homossexuais reprimidos e buscamos no muñón a metáfora do falo de um suposto amante. Isso é muito gracioso, eu tenho 28 anos e já tive várias relações estáveis com meninas estupendas, guapíssimas e maravilhosas, algumas delas modelos e outra em concreto uma estrela da '... televisão e nunca me passou pela cabeça estabelecer uma relação homossexual, nem mesmo como experiência. De tudo isso é o único que estou seguro... Minhas relações sexuais, foram maravilhosas e prazerosas, não tenho dúvida, mas sempre senti a necessidade de desfrutar com uma garota amputada, pois de alguma maneira encontro esse corpo mais atraente... mas se me perguntar se precisaria ter uma garota amputada como parceira, não saberia responder com segurança, mas digo que, no caso, não me importaria, é mais, provavelmente seria mais feliz no plano sexual, embora logicamente necessitarie que essa pessoa cumprisse minhas preferências como pessoa. Isso sim, em todas minhas relações sexuais, sempre circulou pela minha cabeça a fantasia da amputação.É interessante observar as diferentes visões que existem sobre o assunto, por um lado estão as mais tradicionais e preconceituosas que condenam essas atitudes observando-as como situações de abuso em relação à pessoa com deficiência e, por outro, a visão da gente mais jovem que se pergunta:Por quê não...? Por quê sempre tem que ser o modelo 90-60-90?Para o Querer serSer contratação de 'eu quero ser' - eu quero ser - pertencer ocasionalmente e de forma fictícia à comunidade com deficiência, não é suficiente.Sente a necessidade abrangente de ser uma pessoa deficientePara ele sua vida é nula e incompleta, a menos que seja um membro de pleno direito nessa comunidade como pessoa com deficiência motora.Há paralelismos entre como se sente o wannabe e como se sente alguém com disforia de gênero.Então, de fato, tanto para um quanto para outro a percepção que têm é a de estarem no corpo incorreto.Sua plenitude é alcançável apenas com a deficiência escolhida e desejada.A visão social condena essas condutas, dado que na maioria dos casosConsideram as pessoas com deficiência quase anjos, asexuadas e sem nenhuma manifestação sexual, portanto muitos menos, se são objeto de desejo de outrosNão há texto para traduzir.(Os remarcados em negrito anteriormente expressaram com exatidão o sentimento ou sensação que a sociedade tem para conosco, talvez o fato de ver um corpo incompleto ou marcadamente diferente induza a crer que deixa de ser um corpo funcional e sensorialmente apto para desfrutar e gozar da sexualidade. De mais está dizer o errôneo desse pensamento, mas infelizmente está muito arraigado em nossa cultura. Eu o vivo dia a dia e o que mais cuesta é a negação do amor e não tanto da sexualidade)As possibilidades sexuais são tão variadas e o objeto do erotismo e sedução tão diferentes que nos encontramos em um terreno pouco transitado. O descobrimento da existência de pessoas com essas escolhas e/ou preferências surge a partir, fundamentalmente, da Internet. Se bem na bibliografia médica, comenta o Dr. Richard Bruno em “Disabilidade e Sexualidade”existiram desde o ano de 1800estes casos, para um grande número de pessoas, sua aparição remete-se aos últimos anos.
Lía Crespo em uma palestra no XIX Congresso Internacional de Reabilitação, em 2000, em Río de Janeiro, Brasil, comenta que só em 1999 ouviu falar sobre este fenômeno num centro de reabilitação, e pessoalmente desde 2004, quando me perguntaram sobre o mesmo num fórum de deficiência e sexualidade do qual sou moderadora: www.redconfluir.org.ar
Evidentemente estamos diante de uma parafilia, que aparece nos primeiros anos de vida até a adolescência e se observa em homens em 20% mais que em mulheres, e isso é observado no testemunho de alguns devotos nos fóruns temáticos, embora em alguns outros casos possamos dizer que funcionam como seudoparafilias onde a grande maioria deles não concretiza suas fantasias ao longo de toda sua vida.
É importante prevenir as pessoas com deficiência motora que existem aqueles que têm inclinações diferentes e parcializadas, que não tomam a pessoa em sua totalidade, mas sim o objeto de atracção é a cadeira de rodas ou o membro amputado, aproximando-se de uma maneira, por demais aduladora da deficiência e suas limitações, que mediante encontros furtivos e enganosos, danificam a pessoa.
Em uma investigação publicada na BBC MUNDO em abril de 1995, a revista britânica Disability Now, divulgou estatísticas da Inglaterra onde apenas metade das pessoas com deficiência afirmaram ter tido relações sexuais num período de um ano.
Dentro do porcentagem dos sexualmente activos, uma grande maioria teria recorrido a serviços de acompanhantes pagos, evidenciando também que um grande número de encuestados se consideravam excluídos da sociedade em relação às suas necessidades sexuais.
A experiência da Grã-Bretanha contrasta com a situação na Holanda, onde esse segmento da população conta Serviços especializados em suas necessidades sexuais.
A Fundação Holandesa para a Mediação nas Relações Alternativas é um serviço que emprega um equipe de trabalhadores sexuais de ambos os sexos especialmente dirigido às pessoas com deficiências.
Embora a maioria pague o preço total dos serviços sexuais, alguns se beneficiam de subsídios pagos por autoridades locais.Numa sociedade que rende constante tributo à imagem exterior e a um ideal de beleza estereotipada e rígida, as pessoas com deficiência que não lograram fortalecer sua própria imagem e autoestima, vivem em grande isolamentoSe somarmos a isso, as dificuldades para tratar o tema tanto em famílias, escolas, espaços de reabilitação e meios de comunicação em geral, essa realidade se torna mais desanimadora ainda.TESTEMUNHOS
Desde há muito tempo sinto atração por homens amputados das duas pernas. Gostaria de conhecer um menino assim, além de ser sincero, respeitoso e muito carinhoso...
Busco amizade amputada, não importa biamputada, o importante é que seja doce mulher.
Desejo relacionar-me com um rapaz gay amputado, se te interessa...
¡Adiante! São as pessoas mais macanas do mundo assim as prefiro, gostaria de conhecer pessoas com deficiência congênita, polio, luxação de cida ou que caminham com ritmo, o amor é preciso desfrutá-lo.cumObserve-se a menção feita ao amor e outras características que nada têm a ver com o fetichismo da deficiência nos testemunhos anteriores)
Hoje o ideal de beleza institucionalizado pela cultura e pela moda está dando lugar a outros modelos que sempre existiram e que trazem uma beleza diferente com novas formas de comunicação, de sensualidade e de eroticismo. Pode ser possível que um corpo que demonstre uma deficiência leve consigo novas formas de sensualidade e erotismo?Nós nos centraremos em redefinir o conceito de beleza a partir de cada indivíduo e independizá-lo da valorização maioritariamente exposta ou aceita, contribuindo para criar novos parâmetros de inclusão em uma temática tão complexa e oculta como é a deficiência. Artistas como o fotógrafo alemão Rasso Bruckert em sua exposição Totalmente Imperfectos investigou a possibilidade estética e erótica, carregada de sensualidade desses corpos, criando assim uma obra de extrema beleza, o mesmo feito por Gianfranco Benvenuto com seu calendário 2000, Ángeles sem asas, cujas modelos são mulheres lesionadas medulares e a australiana Belinda Mason-Loveri com sua série Encuentros Intimos que foi proibida em seu país.Negar a diversidade do erótico e reduzi-lo exclusivamente ao corporal, ao genital e a grupos cada vez mais restritos, como ocorre hoje em dia em nossa sociedade, é também negar a diversidade da vida, reduzindo o desejo até esterilizar.
Banalizar o erotismo talvez seja banalizar também a vitalidade, o desejo, a aprovação da vida e a inteligência.
O escritor Julio Cortázar dizia: O erotismo é olhos mais inteligência, ouvidos mais inteligência, toque mais inteligência, língua mais inteligência, pituitária mais inteligência, o resto é pornografia....Nossa nação, este ano, a associação 'De adentro hacia o mundo' presidida por Carlos Echeverría, começou a realizar desfiles de moda integrados, onde algumas das suas modelos são pessoas com deficiência, experiência essa que foi bem recebida pela comunidade de Munro, Partido de Vicente López (Argentina). Para compreender melhor o tema que nos convoca me parece útil recorrer aos próprios testemunhos:“Procuro homem deficiente e sexualmente ativoNão entendi
NÃO SOU MULHER...SOU TRANSFORMISTA. E após algumas aventuras satisfatórias e outras, decidi voltar a procurar um parceiro sexual estável para contê-lo e que me contenha. Tenho uma boa bunda e pernas e, em geral, produzida com lingerie e pintada, posso representar uma mulher muito desejável....e assim como posso ser desejada sexualmente por um tipo mau como por um bom tipo, sempre tratei de que seja com um bom tipo com quem tente chegar a algo...no entanto, hoje, e devido à minha vida dupla (uma social e outra sexual), não preciso de um Adônis para passear por bares, mas um homem para compartilhar sexo na intimidade de quatro paredes, penso que um deficiente, provavelmente me precisa sexualmente mais que um homem sem problemas e devido à eu não buscar compartilhar como expliquei uma vida social, sim uma sexual e muito íntima. Como expliquei acima, hoje tenho a necessidade de ter um parceiro estável (e não é morbo nem por $$$)...que a nível sexual possa eu ajudar e que a seu turno me ajude....e gostaria de fazer isso com alguém que seja uma pessoa Especial....ou seja, um HOMEM-ACTIVO, mas cuja vida sexual seja até o momento totalmente nula ou parcialmente incompleta, por alguma deficiência que não afete sua sexualidade. Sou cross dresser....
-“Sofro com excitações brutais e incontroláveis a cada vez que vejo um homem com poliomielite nas pernas. De menino, ao ver rapazes com essa doença, me produzia ereções e palpitações. Tem algum remédio? Estou preso disto há mais de 30 anos”. Rafael, 35, Espanha.
-“Procuro entrar em contato com uma garota amputada que use muletas para lhe oferecer minha amizade ou alguma relação, sou um rapaz bom não faço mal a ninguém, espero resposta...
-“Olá, sou um rapaz de 21 anos, carinhoso, sem deficiência que gostaria de conhecer alguma garota amputada para estabelecer uma relação de amizade ou o que surja.
-“Desejo conhecer senhora amputada, me parece importante a capacidade exemplar de enfrentar e compartilhar a vida das pessoas deficientes...Para concluir este artigo sobre os fenômenos devotee e wannabe preferimos, mais que teorizar, publicar testemunhos vertidos em diferentes fóruns e que nos mostram a complexidade do tema:É difícil ser devoto
Hace um tempo escrevi nesse fórum manifestando-me como devotee (as meninas amputadas me atraem). Minha intenção nunca foi jogar com as pessoas, mas sim contactar com gente para conversar e tentar intercambiar impressões, pois eu me considero uma boa pessoa e não me parecem justas as afirmações que certas pessoas discapacitadas fazem sobre nós (opiniões que respeito). Não me cabe dúvida que adquirir uma minusvalia, como padecer uma doença, é um golpe importante, mas na maior parte dos casos, felizmente, esses traumas se superam, seja com o apoio de profissionais e/ou com a força de vontade das pessoas. No entanto, ser devotee ou admirador é algo que nasce conosco e nos acompanha toda a vida, e para isso não existe nenhum tratamento curativo eficaz (supondo que fosse necessário). Por isso gostaria de manifestar que, apesar do que muita gente poderia pensar, o devotee não é uma pessoa mais 'viciosa' que outra, se não que é alguém que padece em silêncio um problema que lhe acompanhará durante toda a vida, fundamentalmente por causa do rechego que experimenta pelo próprio coletivo com o qual gostaria de compartilhar sua vida. Estou convicto de que minha vida seria muito melhor se conseguisse uma parceira como a que desejo, à qual daria o melhor de mim e com a qual me sentiria feliz de viver, mas infelizmente ninguém me deu a oportunidade de tentar, porque sou um 'enfermo'. Mas o que mais me dole de tudo é que estou convicto de que se as meninas minusválidas não fossem, não teriam nenhum problema em mostrar seus encantos para utilizar como reclamo sexual, sem importar se os garotos que estão com elas são enfermos porque apenas se sentem atraídos por seus peitos, ou pelo seu traseiro, por dizer alguma coisa, claro. No fim, não estamos predestinados a nada, seremos médicos, donas de casa, bombeiros; teremos filhos, ou não; viviremos bem, ou talvez justitos...etc.?, só sei que sempre serei um ‘enfermo’, e que o jogador de futebol é um triunfador porque sempre está com as melhores mulheres. Então. Quem é o enfermo?: eu que tenho uma atração e a manifestei abertamente, ou quem acha que estou enfermo?
Li há tempo algo que me pareceu interessante, e dizia que não podíamos chamar uma pessoa de drogadicto porque tomava droga, senão que devíamos dizer que é uma pessoa que tem problemas com a droga. Sem querer, ao dizer drogadicto, demos etiqueta a essa pessoa sem valorar as circunstâncias que a conduziram a ela, e sobretudo condenando-a sempre ao fenômeno da drogadicção. Pois bem, não nos tratéis como ‘drogadictos’, pensai que podemos ter coisas boas, e que não todo mundo é mau, simplesmente isso. Obrigado a todos por ler este texto, escrito com o máximo respeito e carinho para todos. Sejam felizes
Mais testemunhos
Soy um rapaz de 34 anos com uma deficiência de Espina bífida que me afeta às pernas. Gostaria de realizar sexo virtual com alguma menina. Busco alguém sem tapujos e sem qualquer tipo de vergonha, apenas desfrutar conigo realizando sexo de qualquer tipo que nos agrade. Não me importa a idade, sexo ou se tiver alguma deficiência...
Me ofereço para servir mulheres deficientes seja qual for sua doença, raça ou idade, servirei-a em todos os aspectos, incluindo trabalhos domésticos, apenas a troco de que me domine absolutamente e se erija como minha proprietária, serei seu escravo incondicional, sem interesse sexual nem econômico. Seriedade. Tenho 34 anos e mais ou menos atraente suponho. Se houver alguma interessada para não perder tempo com anúncios.
Suena um pouco cursi meu mensagem mas bem, te conto que busco conhecer uma mulher (deficiente ou não), eu sou deficiente motor. Dê-me a oportunidade de me dar a conhecer. Tenho 27 anos...
Quisera conhecer mulheres deficientes, não sou deficiente e pois gostaria de ter uma bela amizade com alguma delas, não importa o lugar onde esteja...
Desejo conhecer mulher paraplégica, séria e detallista a partir dos 20 anos, para conhecê-la e estabelecer uma relação bonita, tenho 26 anos. De qualquer parte, preferentemente de...
Recém em uma página de deficiência ouvi mencionar este termo e dizem que os devotee são aquelas pessoas com desarranjos psicológicos por estar atraídas por próteses, orteses, etc., é dizer que não admiram o deficiente senão se excitam pela deficiência em si, é isso certo?...
Tengo 39 anos e não sou deficiente e ¿qué hago aquí? Muito fácil... todos somos muito capacitados para certas coisas e muito deficientes para outras... ou seja, que essa etiqueta pode valer a qualquer um, e do de ’minusválido’ ni qué decir.... enfim, que somos pessoas, isso é o que importa. Tampouco vou deixar vocês ignorarem algo importante sobre mim... sou bissexual, ¿é... Isso uma deficiência ou uma capacidade dupla? Cada um pense o que quiser, é certo que cada um pode viver de forma muito diferente, especialmente se for algo que se leve oculto. E outra coisa que pode surpreender a muitos e que não tenho intenção de calar...e é que sinto uma atração muito especial por pessoas com deficiência física, não é isso também algo que possa diminuir a capacidade de amar? ou ao contrário, ampliar essa capacidade até limites fora do sentido comum? Um abraço forte a todos (e ânimos para os que precisarem)!.
Colarins, aparelhos ortopédicos e outros
A todos vocês. Vou quebrar uma lança em favor do Devotee e do Wannabe. Todos nós temos sofrido na carne a sensação de não ser 'normais' ou apetências que o mundo todo não é capaz de aceitar. Eu reivindico desde minha posição protetora aqueles Devotos que precisam ser necessitados. Alguns querem atenção e outros querem atender. É tão raro assim? Inclusive os que extrapolamos nossa sexualidade para nossa forma de ser, protetora ou necessitada de atenção, devemos entender que isso é uma filosofia de vida. Somos assim e enfocamos nossa forma de ser em nossa sexualidade, como todo mundo. Não se sintam mal os que sofrem ou os que não podem entender a realidade do seu eu mais interno. Eu, desde meu fetiche (me agrada cuidar das mulheres escayoladas – enyesadas -, com colarinho, na cadeira, com corsete... etc.) e sim, me excita. Há algo mal? Se em algo creio que todos coincidimos é na ausência de dor para o outro, como muito apenas queremos cuidar ou ser cuidados. Amemos este maravilhoso dom que temos.
Hola, gostaria de conhecer uma garota devotee para o que surja....MSN, videocam, cibersexo, amizade....o que você quiser...
Sou tetraplégico e gostaria de conhecer gente devotee, para intercambiar opiniões e nos conhecemos. Gostaria de ter uma relação real. Se estiver interessada, escreva-me...
Senhor gay maior devotee deseja contatar meninos com deficiência entre 25 e 45 anos....
Para mim é uma preferência. Como me agradam homens com olhos morenos ou negros também me agradam homens discapacitados. Entre meus primeiros sentimentos e memórias está que eu penso que homens e mulheres discapacitados são bonitos. Não sei por quê. Na proximidade não estive com ninguém com deficiência - ou a menos ninguém com cadeiras de rodas -, porque isso é o que me agrada. Mas em esses sentimentos não há nada sexual. Era muito pequena para saber o que é sexualidade.
A todos vocês. Sou uma garota de 23 anos que se sente atraída por meninos com deficiência. Não sabia que este... Tipo de atração tivesse um nome (devotee), por isso foi uma grata surpresa encontrar toda a informação que este fórum me proporcionou e saber que há mais pessoas como eu.
Sólo gostaria de dizer que me considero uma garota completamente normal em relação às minhas preferências sexuais porque penso que no sexo não há regras e cada um as entende de forma diferente. Há já vários anos que me dei conta dessa atração que sentia e desde então a levo com total normalidade porque entendo que não se trata absolutamente de nada mau. Por outro lado, em meu caso, não é algo que me limite ao hora de escolher uma parceira, é dizer, também me atraem os meninos sem deficiência.
Em qualquer caso, minha atração para os meninos deficientes é apenas uma atração física. Mas ao hora de me enamorar de alguém, para mim são muito mais importantes outras qualidades na pessoa como é sua forma de ser. É dizer, não basta que o menino esteja deficiente, posteriormente para que possa gostar de mim também deve atrair minha personalidade. Por todo isso não considero essa atração diferente de outras que podem ser consideradas mais normais como sentir-se atraída por meninos com cabelos longos, olhos azuis ou qualquer coisa. Pode ser algo menos comum, sim, mas não por isso devo entender que se trate de nenhuma parafilia nem perversão pois em absoluto controla nem limita minha vida. Sou estudante universitária e faço uma vida completamente normal e igual à de qualquer garota da minha idade. Há um ano tive uma relação com um menino paraplégico.
Em princípio me senti atraída por sua deficiência, mas posteriormente foram seu sentido de humor, sua maneira de ver o mundo, sua sinceridade, seu carisma e a tremenda cultura que ele tinha que fizeram que eu me enamorasse dele. Desde o primeiro momento em que nos conhecemos ele soube da minha atração por sua condição física e lhe pareceu maravilloso e benéfico para nossa relação que eu pudesse sentir aquilo. Este é apenas meu caso e Minha experiência. Suponho que a maneira de sentir e a forma de experimentá-la de cada devoto será distinta. De todas formas, com este mensagem apenas tento que as pessoas que escreveram sobre esse tema o tratando de maneira irrespeitosa possam entender melhor e talvez respeitar um pouco mais. Me chamou muito atenção algo que li no fórum referente a esse tema sobre como podíamos nos alegrar do mal alheio. Fui surpreendido muito com esses comentários. Nunca me alegro ao ver que um menino tem sua mobilidade limitada. O meu sentimento não é de gozo nem regozijo por uma desgraça, é um sentimento de atração para uma determinada condição física, é muito diferente.
Mais além da deficiênciaA uma sociedade que recentemente começa a superar preconceitos e ampliar sua visão em relação à vida sexual das pessoas com deficiência, falar sobre devotee ou wannabe é sem dúvida um processo espinhoso. Processo que também divide águas entre profissionais da saúde, psicologia e sexualidade. Solemos empregar critérios estatísticos ou ideológicos para classificar as formas do desejo, excitação e orgasmo humano. Havelock Ellis, o eminente médico inglês, se refere às alternativas ou variantes sexuais quando expressa: 'Todo mundo não é como você, nem como seus amigos e vizinhos. Inclusive seus amigos e vizinhos podem não ser tão semelhantes a você como você supõe'. Compreender as parafilias implica saber até onde os fatos do desenvolvimento do sexo e suas emoções podem ser uniformes e constantes, analisa a Dra. Isabel Boschi.
Mas se podemos deixar claro, mais além de abrir um espaço de interrogantes, é que o mais importante é que qualquer prática onde se parcialize à pessoa e não se a tome em sua totalidade, reveste uma problemática concreta. Como do mesmo modo, as pessoas com deficiência não devem permitir que sejam reduzidas quando, na realidade, são muito mais que a deficiência que portam.
De todos modos, a chegada desses temas aos meios e, por conseguinte, à sociedade, ajuda a romper barreras no anquilosado ideário social, permitindo debater sobre uma grande dívida contra as pessoas com deficiência: o direito ao prazer e o reconhecimento e desenvolvimento de uma sexualidade plena.
Em resumo (meu resumo):
Como a maior parte das coisas da vida, aqui não há branco ou preto, temos um espectro de matizes que nos permitem encontrar uma definição precisa para cada caso, não há bem ou mal, melhor dito, o limite é tênue e impreciso, talvez por se dever ao tamanho do tema. O sexo sempre é difícil de abordar e mais quando adicionamos o contexto da discapacidade.
* Há um 20% a mais de devotos homens que mulheres.
* Em geral os homens preferem ou sentem atração por mulheres amputadas.
* A atração ou preferência das mulheres se centra em homens usuários de cadeiras de rodas (vamos carajo!).
* O perfil sociocultural dos devotos médio-alto é promedio.
* Tanto devotos como wannabes apresentam um alto promédio de autoestima e pensamento intuitivo, mas porcentagens baixas em interesse social, estabilidade emocional e relacionamentos interpessoais.
A vezes, e isso eu digo como discapacitado, a solidão é insuportável e se adicionarmos o nível alto de ignorância que nossa sociedade tem sobre nossa realidade sexual, não temos mais remédio que arriscar-nos a uma relação que poderia nos fazer mais mal do que bem.Podeemos considerar uma maior perversão a atração que sente alguém por um corpo irregular em relação à que se sente por um corpo de mulher bela como pedaço de carne, é assim que o fetiche pelos pés, fluidos escatológicos, certos materiais, certas tendências ao dor ou qualquer outra predileção não é uma parafília, existe apenas um tipo de beleza?Com esses questionamentos pretendo fazê-los pensar, talvez esse trabalho sirva no futuro para tornar as relações humanas algo mais comum e simples. Um abraço e espero seus comentários. Fer 🆒
O que é um devoto?É uma pessoa que se sente sexualmente atraída para as pessoas com deficiência ou que tãoSómenteadmiram como eles levam adiante suas vidas apesar das limitações. Mas o importante é que quando essa atração for apenas de tipo sexual pode chegar a transformar-se em uma obsessão. Mais ainda, se essa obsessão perdurar por mais de seis meses, se seu único fim passa por relacionar-se sexualmente com pessoas discapacitadas, estamos falando de uma parafilia.A visão profissionalOs devotos vivem em profunda solidão e sofrimentoE o que seria uma parafilia?Éste é o termo moderno utilizado para o que antes se chamava perversões ou desvios. Quando a relação se dá sem o consentimento do outro e quando esse desejo faz mal ao outro, estamos falando de parafilias. Senão pode ser uma preferência sexual mais. Isso é no caso dos devotees. Mas os wanabees (falaremos sobre isso mais tarde) são outra coisa, acredito que alguns tenham um distúrbio, porque não qualquer pessoa deseja ser discapacitada.
A etimologia da palavra parafilia se refere a um amor paralelo à forma convencional. Para a sociedade em sua maioria, o sexo convencional tem as características de heterossexual, coital, com finalidade procriativa e sob determinadas posturas e hábitos. Para a sexologia é necessário evitar essas convenções e não estigmatizar impondo sobre temas tão controvertidos como a sexualidade humana uma marca discriminatória.
Segundo a Dra. Isabel Boschi, sexóloga: O emprego do termo 'parafilias' para substituir o conceito de 'perversiones' é um achado da sexologia do século XX. Não se trata meramente de uma nova denominação diagnóstica. Presupõe um enfoque humanístico científico que integra desde os descobrimentos do funcionamento cerebral, segundo a neurociência, até as manobras sistêmicas dos terapeutas que tratam da conduta sexual humana. Conhecer as variantes do erotismo em suas diversas formas de estimulação e sua expressão comportamental aumenta o conhecimento da sexualidade chamada 'normal'.
Os termos precisos que esgrimem diversas correntes dentro da sexologia para falar de devotos e wannabes é o de apotemnofilia, onde o desejo ou excitación sexo-erótica depende de ter (ou desejar ter) um membro amputado e onde o apotemnófilo pode se obsessar com autoinfligir uma amputação ou conseguir uma no hospital. E com o de acrotomofilia, a aqueles devotos das pessoas que sofrem amputações ou discapacidade sem chegar a pretender ser ou lesionar-se. É censurável o sentimento de devocião que expressam os devotos que se sentem movidos afectivamente em direção às pessoas com deficiência ou invalidez? Podemos situar no mesmo plano psíquico e emocional uma pessoa com predileção estética ou afetiva pelas pessoas que não entram na norma do belo em relação a aqueles que apenas buscam obter um prazer fetichista ao tomar contato com uma pessoa mutilada ou discapacitada, concentrando-se exclusivamente no muñón ou na cadeira de rodas como objeto de desejo e deixando para trás a pessoa como totalidade?Junto a este interrogante chegam outros que também envolvem pessoas com deficiência. É habitual encontrar em fóruns pessoas com deficiência que, sabendo serem apenas parcialmente compreendidas, acessam de igual maneira relacionar-se com devotos extremos, pois ao sofrer deficiências severas ou ter a autoestima baixa, veem nos devotos uma oportunidade de obter uma relação que lhes permita experimentar o prazer sexual e o acompanhamento que o comum das pessoas não pode lhes oferecer. Realmente podemos punir essa necessidade ou esse acordo?Podemos estabelecer qual é a fronteira que separa o devoto de alguém que a psicologia chamava, e em muitos casos continua chamando, 'perverso'?Lic. Maria Elena Villa Abrille*: O primeiro ponto é distinguir, diferenciar os diferentes tipos de devotee. O devotee comum sente uma atração sexual muito forte para as pessoas com deficiência. Por outro lado, encontramos o “admirador”, que não sente esse desejo sexual, senão que admira como as pessoas com deficiência levam adiante suas vidas. Este tipo de devotees costumam encontrar-se trabalhando em forma próxima às pessoas com deficiência.
Também é importante assinalar que existem 20% mais de devotees homens do que mulheres. É muito comum os devotees, embora tenham um bom nível socioeconômico e cultural, viverem em profunda solidão e sofrimento porque vivem seus sentimentos como vergonhosos. Existe um grupo de devotees que pode ser considerado desde o psicológico como parafilia, como também temos outros grupos de pessoas que desde muito pequenos sentem atração pelas pessoas com deficiência, mas sua maneira de relacionar-se com elas é global, não fixada na lesão e podem chegar a ter relações estáveis. - Quais características reunem os devotos que têm uma atitude parafílica?M.E.B.A: Geralmente são pessoas que sentem essa atração desde os 3 a 6 anos e que deixou uma marca. Quem age realmente desde uma atitude parafílica, tende a rondar a pessoa com deficiência e seu grande desejo compulsivo é ter um relacionamento sexual com essas pessoas. O homem costuma escolher a mulher com amputação de uma perna, e a mulher prefere homens em cadeira de rodas. O devotee parafílico não se fixa na outra pessoa nem no dano que pode lhe causar, portanto tende ao engano ou estabelecer um relacionamento de poder, conflituoso e problemático.E os devotos não parafílicos? M.E.B.A: Nesse caso, estamos falando de um respeito e aceitação mútua. Esta pessoa poderia estar enquadrada dentro das denominadas pseudo-parafilias, desde que não danifiquem o outro, que estabeleçam relações de acordo comum, não são patológicas. O novidadeiro é que mais além da condena social, nos fóruns da internet, as pessoas com deficiência pedem companhia devotee para relação estável ou não, cada vez maior frequência. Se a sociedade atual não lhes dar seu lugar na busca da imagem perfeita, harmonia, beleza, menos cabida terão na expressão sexual. Isso me leva a pensar: o que de mal há em uma pessoa tetrapléjica poder ter uma relação sexual sem compromisso com um devotee? O positivo do surgimento social dessas temáticas resulta de grande ajuda: por um lado, para os devotees não parafílicos, perder o sentimento de culpa e solidão; às pessoas com deficiência, estar mais atentas para aqueles que se aproximem através de uma atitude obsessiva e que possa resultar daninha.E como são os devotos parafílicos?Suelen rondar os deficientes e o grande desejo compulsivo é ter uma relação sexual com essas pessoas. Os homens costumam escolher as mulheres com amputações nas pernas e as mulheres preferem homens em cadeira de rodas. O devotee parafílico não se preocupa com a outra pessoa nem com o dano que pode lhe causar.
Nada
Esta é uma entrevista feita a um devoto e publicada na web www.sexovida.com, eu achei que era uma boa maneira de mostrar em um caso real este fenômeno. Rodrigo foi o primeiro devoto que conheci. Com ele posso dizer -acho que não me contradiz-, que já somos companheiros. Digo isso porque já nos vimos quatro ou cinco vezes e chatamos bastante frequentemente. Digo isso porque desde nossa primeira cita até hoje a vida dele deu um giro de 180 graus.Primeiro -para entender melhor o que é tudo isso do devotismo- peço que me explique o que sente pelas pessoas com deficiência e ele me diz que toda sua vida teve esses sentimentos, essa admiração por elas. Admiração que sentia enquanto as via subir a um coletivo em cadeira de rodas ou caminhar pelo centro com seus bastões despreocupadamente. Ele admira que continuem adiante apesar dos obstáculos que a vida lhes planta.
Rodrigo me esclarece que no mundo devotee sobre gostos não há nada escrito e que há todo tipo de deficiência para cada devoto. Assim como alguns admiram os paraplégicos, há outros que se sentem exclusivamente atraídos pelos amputados. Mas eu o que mais me interessa são as desviões na coluna e a falta de motricidade. Creio que isso vem por esse lado. Tudo relacionado com aparelhos ortopédicos. Mas me esclarece que não é que goste das mulheres com um andar defeituoso e pronto. Primeiro lhe tem que gostar como mulher, como pessoa. Como a todos.
Agora já não joga mais esse jogo, diz que se curou, mas meses atrás quando caminhava pela rua não podia parar de olhar para os deficientes. Lembrei-me de observá-los sem poder tirar-lhes os olhos da frente. Chegou ao extremo de cronometrar os horários de diferentes deficientes para poder conhecer seus movimentos e assim voltar a vê-los uma e outra vez. E ali eu me atormentava perguntando-me por que isso me acontece. No entanto nunca me cansei de olhar para eles, de admirá-los.
Essas questões se transformaram em pesadelos e insônios eternos e noturnos. Dentro da sua cabeça escavava a ideia de que era o único perverso do mundo que gostava dos deficientes. 'Entre os devotos nos dizemos: estamos doentes, mas não queremos o remédio. Desfrutamos da doença. Eu sofrei com essa doença durante um tempo, mas agora posso dizer que estou desfrutando'. Já verão por quê.
Em uma das longas noites de insônia Rodrigo teve uma ideia um tanto extravagante: quebrar uma perna para poder usar muletas. Com madeiras sobrantes criou um sistema de cabos e polias e pôs um peso sustentado por uma corda no alto do teto, para luego deixá-lo cair sobre sua perna e assim quebrá-la em mil pedaços. 'Tinha 13 anos e já era consciente de que me atraía o tema. Queria ver como se sentia ser um deficiente. A último momento me disse: Que merda estou fazendo? e tirei tudo para o caralho'. Por sorte para ele, já deixara de ter esses desejos de querer ser um deficiente. Por sorte para ele e suas pernas.
Depois dessa revelação, sinto-me mais confiante para fazer-lhe uma pergunta mais... sei lá, íntima diria.
- Como é o sexo com uma mulher deficiente?- Nunca me acaspei com uma pessoa com deficiência. Na verdade, nunca me acaspei com uma mulher em geral. Sou virgem. Se sendo devoto e imaculado não me resta outra opção senão perguntar-lhe como fazia para calmar todos esses desejos libidinosos de estar com uma mulher com deficiência. Pergunto-lhe se, como todos nós, não recorria a material erótico da Web e a utilizar simplesmente sua mão para calmar suas ânsias de prazer. Mas responde que não, que nunca sentiu essa necessidade. Responde: “Nunca me fiz uma masturbação em toda minha vida”. -Você nunca se masturbou?- Eu te juro. Sim estive desesperado por estar com qualquer tipo de mulher, mas nunca recurri a isso.E como satisfações tua libido se você não se fazia uma masturbação?- Quando eu tinha 13 anos, fiz uns muletas com madeiras e usei-as durante um tempo escondidas em minha casa. Andava de lá para cá com as muletas e isso me excitava muito. Mas nunca foi uma obsessão estar com alguém com deficiência.
Rodrigo quer deixar claro que suas intenções sempre foram boas, que tem plena consciência de estar ajudando pessoas que ninguém olha, que todos discriminam. Nunca foram uma carga esses sentimentos. Se você me perguntar se em algum momento teria preferido parar de sentir isso, digo que não definitivamente. Estou muito feliz com isso que sinto. Além disso, no meu caso vai mais além do sexo. Não sou um fetichista. Eu o que quero é uma relação de casal, amar uma mulher deficiente.
Recuerdan que lhes disse que jogava a seguir as pessoas com deficiência para poder admirá-las? Bem, esse jogo inocente teve seus frutos: assim conheceu o amor da sua vida e também curou sua doença, segundo ele.
Durante cinco anos seguidos Rodrigo sempre tomou o mesmo coletivo para ir à mesma escola. Dias após dias. E assim foi como Rodrigo durante esses cinco anos de viagem em coletivo admirou e observou em segredo Maria, uma garota deficiente que utiliza bastões em ambos os braços para agilizar seu errante andar.
Eu me sentava longe dela para que não se desse conta que a observava. Algumas vezes me passei de parada para ver onde se bajava. Me chamava muito a atenção sua destreza ao bajar do coletivo.
Mas quando terminou o secundário, também concluíram os viajes em coletivo e assim Rodrigo não pôde mais admirar Maria. Até que um dia, um amigo deficiente de Rodrigo, sem saber que ele admirava em segredo Maria, lhe passou o mail dela. Casualidade e destino -por que não ambos?- se uniram na vida do devotee e da discapacitada.
E assim foi como finalmente se conheceram. Primeiro chatearam um tempo e intercambiaram inquietudes até que tiveram sua primeira Cita. “Quando a vi foi amor à primeira vista. Não sei o que mais me agradou, mas lembro que foi muito forte”. E bom, saíram várias vezes mais, foram tomar um sorvete pelo bairro, se conheciam e como qualquer outra par de tortolitos finalmente se tornaram namorados. Rodrigo, como todo cavalheiro que se preze, levou sua namorada para casa para apresentá-la formalmente à sua família. Mas seguramente sua mãe, como todas as nossas mães, esperava ver entrar pela porta nupcial uma bela menina loira e de olhos verdes. Quem entrou foi uma bela menina loira e de olhos verdes, mas com alguns pequenos detalhes: por causa de uma doença congênita, Maria tem uma malformação na medula espinhal que a obriga usar bastões para poder andar. Digamos que mamãe rejeitou a flamante par, mas como o amor é mais forte Rodrigo e Maria foram viver juntos em uma pequena pensão e sua vida mudou radicalmente. Deixem que ele conte. “A partir de Maria me curei. Eu não discuto que estamos doentes. Sim, estamos, mas não todas as doenças são más. Me segue atraindo o tema deficiência, mas não sexualmente falando. Antes de Maria, se via uma mulher deficienta e eu me excitava. Agora já não, agora vejo uma pessoa mais e ponto”. Há um pequeno detalhe dessa história particular de amor que me esqueci de contar. Maria não sabe que Rodrigo a conhece desde há tempo, não sabe que ele a admirava em segredo no coletivo. Maria não sabe que Rodrigo é devotee. “Ainda não lhe disse que sou devotee. Quando as coisas se acalmarem mais, lhe direi. Não sei como vai reagir. Mas sempre me gustou dizer as coisas de frente, nunca menti em toda minha vida. Então sim ou não vou lhe dizer, mas não sei como reagirá. Tenho muito medo que diga que estou doente e que me deixe. Que tergiverse o que eu sinto por ela. E eu apenas a amo”. Depois de meu último encontro com Rodrigo fiquei um pouco preocupado. Não sei se lembram: estava Pelo revelar a sua noiva deficiente que ele é devotee. 'Tenho muito medo de ela dizer que estou doente e me deixar. E eu apenas a amo', foi o último que me disse. Há poucos dias o encontrei pela rua e me deu duas notícias muito boas. A primeira, que Maria compreendeu com hidalguia seu devotismo e ele a ama mais além de sua deficiência. Depois dessa revelação, Rodrigo se arrodilhou diante dela e propôs-lhe casamento. E Maria aceitou. Assim Rodrigo e Maria, o noivo devotee e a noiva errante, se casaram e foram felizes.Esta nota foi publicada o 6 de abril de 2008, na Revista C, do jornal Crítica da Argentina, dirigida por Jorge Lanata.O que segue é uma carta de uma devota ao autor da nota anterior, fazendo minha própria investigação não posso deixar de mencionar que uma luz de esperança se acaba de acender em mim, talvez seja verdadeiro esse dito que diz: sempre há um roto para um descosido. Seja como for, é interessante ver como a mulher fala de uma relação romântica, de entregar amor e carinho. Pergunto, acaso o que vemos como perversão não será uma maneira de evolução sentimental?Carta de uma devota que não tem nenhum problema em ser devota:Querido Pablo:
Me chamo Marcela, tenho 30 anos e sou nicaraguense.
Deixe-me contar que desde muito pequena senti atração por homens em cadeira de rodas. Creci e minhas fantasias foram tornando-se recorrentes e inexplicáveis para mim. No entanto, nunca tive contato com pessoas deficiêntes: alimentei minhas fantasias com filmes, novelas e Internet. Utilizo minha imaginação mais que nada pois minha atração não é sexual, é romântica. Minhas fantasias passam mais pelo amor, embora amor também implique, claro está, sexo. Mas sem segundas intenções, mais bem preenchido de entrega e doçura, carícias e mimos.
A partir da web conheci o termo devotee. Descobri com espanto mensagens de gente como eu tratando de estabelecer contato com deficientes. ¡Al fin encontro gente como eu! Digo-o com orgulho: ¡Sou uma devota! Por primeira vez em minha vida sei que não sou a única pessoa no mundo que sente e ama dessa maneira.
¡Que loucura!: há homens deficientes que sonham com uma mulher que os valorize e os ame e há mulheres que sonham com um homem deficiente a quem amar e entregar sua vida, mas paraditicamente o mundo nos impõe preconceitos que evitam que nos conheçamos. ¡Que mundo cruel o nosso! ¡Quantas prisões em nossas cabeças!
Espero que seu artigo sirva para que devotees e pessoas com deficiência se conheçam entre si e sejam mais felizes.
¡Beijos para todos!
A seguir transcrevo uma nota encarada desde um ponto de vista mais científico feita por uma psicóloga e sexóloga apresentando alguns dados bastante interessantes. Por uma questão de espaço e tratando de que o tema não se converta em um plomo difícil de ler, principalmente pouco interessante, vou sacar-lhe algumas partes. Se alguém quiser a nota completa pode visitar a página que mencione algumas linhas acima.
Fiel e Querido(a): Marginais do Espaço Cibernético
Lic. Maria Helena Villa AbrilPsicóloga-Sexóloga Clínica-Especialista em Sexualidade das Pessoas com Deficiência-Membro da Comissão Deficiência da Revista da SASH (Sociedade Argentina de Sexualidade Humana)A partir dos anos 2000, a Internet deu a possibilidade de que várias pessoas mantenham-se em contato e compartilhem experiências. É assim que foi o local de encontro de muitos que durante toda sua vida mantiveram determinadas atracções e preferências de índole sexual na mais completa solidão e anonimato. Entre elas se encontram as pessoas Devotee e Wannabe, ou Marginais do Ciberespaço, denominação que alguns deles tomaram. O presente trabalho foi realizado com informações obtidas dos fóruns temáticos da Internet e colaboração desinteressada de pessoas Devotee de nosso país e Espanha.DevotoDesde essa visão da sexualidade, é aquela pessoa que sente uma atração especial pelas pessoas com deficiência. Existem diferentes tipos ou níveis, que é importante diferenciar: 1-Admirador O admirador coloca a pessoa deficiente em um pedestal e a vê como alguém digno de grande admiração por seu valor na superação de uma desvantagem. É uma pessoa que geralmente tenta aproximar-se das pessoas com deficiência, mediante trabalhos de voluntariado ou situação laboral, como fisioterapeuta ou qualquer outro tipo de profissão relacionada. Pode passar como uma pessoa sensibilizada e altruista com o tema da deficiência, e naturalmente essa admiração está completamente aceita na sociedade, e mesmo ele pode ser admirado por sua atitude desinteressada. O admirador é uma pessoa que gosta de ver imagens e filmes, ou ler livros sobre a deficiência física, mas ele vê seus motivos mais como os de um observador interessado, que como os de um voyeur. Pode justificar seu interesse como algo puramente científico, estudando dessa maneira pensa que poderá se manter mais informado e entender melhor as necessidades e preocupações das pessoas com deficiência. 2- O Devoto em sentido estrito Por razões absolutamente Fora do seu controlePresentam um interesse quase obsessivo em olhar para as pessoas que sofrem alguma deficiência. Geralmente estão muito envergonhados de suas sensações e aguardam ativamente as pessoas com deficiência física, mas o fazem de uma maneira tão clandestina que raramente alguém se dá conta dessa obsessão.
Coletam fotos, vídeos, livros e tudo aquilo que esteja relacionado com o objeto do seu desejo e claramente sabem que ninguém poderia entender essa fascinação que sentem, pois até a eles mesmos lhes resulta desconcertante.
Usam todo tipo de estratégias para poder fotografar, filmar ou simplesmente observar as pessoas com deficiência em suas tarefas cotidianas, pois é principalmente o movimento difícil dos membros e a maneira como se desenvolve essa pessoa, com sua limitação física, o que mais lhes apasiona.
3. O Falso Pretendente - Wannabe
O falso pretendente é alguém que se sente atraído pelo estado de invalidez, isto é, pela forma de vida da pessoa discapacitada, embora apenas tenha a necessidade de experimentá-lo por si mesmo de vez em quando.
Pode chegar a comprar muletas, bastões e até mesmo uma cadeira de rodas para poder realizar suas fantasias.Avisos e TestemunhosAda, 19, MéxicoDesde sempre eu senti atração para os homens deficientes, sou uma mulher que me excita muito ver as cadeiras de rodas e outros aparelhos que usam os deficientes, gostaria de saber em questão psicológica e/ou psiquiátrica por quê isso é, e se é comum ou não, obrigada.Suele ser essa uma atividade oculta feita em segredo em sua própria casa, embora apenas alguns mais ousados sejam capazes de aventurar-se a sair para lugares públicos, mesmo podendo chegar a viajar para outra cidade, longe do seu lugar de origem, onde ninguém os conheça, para agirem como eles. O estar na mirada dos outros, miradas fixas e curiosas se torna um verdadeiro prazer para eles, mas essa sensação placentera a maior parte das vezes se vê empançada por sentimentos sérios de culpa.Testemunho
Vamos a ver... efetivamente sou devoto, desde sempre, desde minha infância eu me lembro de me sentir atraído por as meninas com deficiência. Suponho que sabes que dentro dos devotos há grandes diferenças, pois a atração é muito variopinta.
Dentro dos devotos há homens que se sentem atraídos por amputadas, paraplégicas, tetraplégicas, com sequelas de poliomielite, paralisia cerebral..., mas dentro dessas categorias existem muitos grupos.
No caso particular dos homens atraídos por amputações há os que se sentem atraídos por amputações de membros superiores e outros por membros inferiores; mas a seguir existem preferências sobre a porção do membro amputado.
Se nos centramos nos devotos masculinos posso dizer-te que há de tudo, mas o fetiche por antonomasia é a amputada transfemoral unilateral. As mulheres se sentem maioritariamente atraídas por amputados transfemorais bilaterais e paraplégicos.
Falando sobre mim mesmo, tenho de dizer-te que minha atração melhor dito o momento da minha 'impregnação', ocorreu com 3 anos de idade, quando estando no colégio uma menina que lhe faltava uma mão se sentou ao meu lado, eu me lembro que me fascinava vê-la jogar com a plastilina. Outro tema que impacta o devotee é ver-se sozinho no mundo, sem informação e sem conhecer a existência de pessoas como tu. Quando conhecemos Internet temos interesse em aprender o que nos ocorre, e nos damos conta que há pouca informação e a que há é errônea.
Nesse sentido, gostaria de dizer-te que minhas duas carreiras universitárias do âmbito científico me fazem questionar e reprovar a maior parte das teorias que circulam, a mais graciosa é que somos homossexuais reprimidos e buscamos no muñón a metáfora do falo de um suposto amante. Isso é muito gracioso, eu tenho 28 anos e já tive várias relações estáveis com meninas estupendas, guapíssimas e maravilhosas, algumas delas modelos e outra em concreto uma estrela da '... televisão e nunca me passou pela cabeça estabelecer uma relação homossexual, nem mesmo como experiência. De tudo isso é o único que estou seguro... Minhas relações sexuais, foram maravilhosas e prazerosas, não tenho dúvida, mas sempre senti a necessidade de desfrutar com uma garota amputada, pois de alguma maneira encontro esse corpo mais atraente... mas se me perguntar se precisaria ter uma garota amputada como parceira, não saberia responder com segurança, mas digo que, no caso, não me importaria, é mais, provavelmente seria mais feliz no plano sexual, embora logicamente necessitarie que essa pessoa cumprisse minhas preferências como pessoa. Isso sim, em todas minhas relações sexuais, sempre circulou pela minha cabeça a fantasia da amputação.É interessante observar as diferentes visões que existem sobre o assunto, por um lado estão as mais tradicionais e preconceituosas que condenam essas atitudes observando-as como situações de abuso em relação à pessoa com deficiência e, por outro, a visão da gente mais jovem que se pergunta:Por quê não...? Por quê sempre tem que ser o modelo 90-60-90?Para o Querer serSer contratação de 'eu quero ser' - eu quero ser - pertencer ocasionalmente e de forma fictícia à comunidade com deficiência, não é suficiente.Sente a necessidade abrangente de ser uma pessoa deficientePara ele sua vida é nula e incompleta, a menos que seja um membro de pleno direito nessa comunidade como pessoa com deficiência motora.Há paralelismos entre como se sente o wannabe e como se sente alguém com disforia de gênero.Então, de fato, tanto para um quanto para outro a percepção que têm é a de estarem no corpo incorreto.Sua plenitude é alcançável apenas com a deficiência escolhida e desejada.A visão social condena essas condutas, dado que na maioria dos casosConsideram as pessoas com deficiência quase anjos, asexuadas e sem nenhuma manifestação sexual, portanto muitos menos, se são objeto de desejo de outrosNão há texto para traduzir.(Os remarcados em negrito anteriormente expressaram com exatidão o sentimento ou sensação que a sociedade tem para conosco, talvez o fato de ver um corpo incompleto ou marcadamente diferente induza a crer que deixa de ser um corpo funcional e sensorialmente apto para desfrutar e gozar da sexualidade. De mais está dizer o errôneo desse pensamento, mas infelizmente está muito arraigado em nossa cultura. Eu o vivo dia a dia e o que mais cuesta é a negação do amor e não tanto da sexualidade)As possibilidades sexuais são tão variadas e o objeto do erotismo e sedução tão diferentes que nos encontramos em um terreno pouco transitado. O descobrimento da existência de pessoas com essas escolhas e/ou preferências surge a partir, fundamentalmente, da Internet. Se bem na bibliografia médica, comenta o Dr. Richard Bruno em “Disabilidade e Sexualidade”existiram desde o ano de 1800estes casos, para um grande número de pessoas, sua aparição remete-se aos últimos anos.
Lía Crespo em uma palestra no XIX Congresso Internacional de Reabilitação, em 2000, em Río de Janeiro, Brasil, comenta que só em 1999 ouviu falar sobre este fenômeno num centro de reabilitação, e pessoalmente desde 2004, quando me perguntaram sobre o mesmo num fórum de deficiência e sexualidade do qual sou moderadora: www.redconfluir.org.ar
Evidentemente estamos diante de uma parafilia, que aparece nos primeiros anos de vida até a adolescência e se observa em homens em 20% mais que em mulheres, e isso é observado no testemunho de alguns devotos nos fóruns temáticos, embora em alguns outros casos possamos dizer que funcionam como seudoparafilias onde a grande maioria deles não concretiza suas fantasias ao longo de toda sua vida.
É importante prevenir as pessoas com deficiência motora que existem aqueles que têm inclinações diferentes e parcializadas, que não tomam a pessoa em sua totalidade, mas sim o objeto de atracção é a cadeira de rodas ou o membro amputado, aproximando-se de uma maneira, por demais aduladora da deficiência e suas limitações, que mediante encontros furtivos e enganosos, danificam a pessoa.
Em uma investigação publicada na BBC MUNDO em abril de 1995, a revista britânica Disability Now, divulgou estatísticas da Inglaterra onde apenas metade das pessoas com deficiência afirmaram ter tido relações sexuais num período de um ano.
Dentro do porcentagem dos sexualmente activos, uma grande maioria teria recorrido a serviços de acompanhantes pagos, evidenciando também que um grande número de encuestados se consideravam excluídos da sociedade em relação às suas necessidades sexuais.
A experiência da Grã-Bretanha contrasta com a situação na Holanda, onde esse segmento da população conta Serviços especializados em suas necessidades sexuais.
A Fundação Holandesa para a Mediação nas Relações Alternativas é um serviço que emprega um equipe de trabalhadores sexuais de ambos os sexos especialmente dirigido às pessoas com deficiências.
Embora a maioria pague o preço total dos serviços sexuais, alguns se beneficiam de subsídios pagos por autoridades locais.Numa sociedade que rende constante tributo à imagem exterior e a um ideal de beleza estereotipada e rígida, as pessoas com deficiência que não lograram fortalecer sua própria imagem e autoestima, vivem em grande isolamentoSe somarmos a isso, as dificuldades para tratar o tema tanto em famílias, escolas, espaços de reabilitação e meios de comunicação em geral, essa realidade se torna mais desanimadora ainda.TESTEMUNHOS
Desde há muito tempo sinto atração por homens amputados das duas pernas. Gostaria de conhecer um menino assim, além de ser sincero, respeitoso e muito carinhoso...
Busco amizade amputada, não importa biamputada, o importante é que seja doce mulher.
Desejo relacionar-me com um rapaz gay amputado, se te interessa...
¡Adiante! São as pessoas mais macanas do mundo assim as prefiro, gostaria de conhecer pessoas com deficiência congênita, polio, luxação de cida ou que caminham com ritmo, o amor é preciso desfrutá-lo.cumObserve-se a menção feita ao amor e outras características que nada têm a ver com o fetichismo da deficiência nos testemunhos anteriores)
Hoje o ideal de beleza institucionalizado pela cultura e pela moda está dando lugar a outros modelos que sempre existiram e que trazem uma beleza diferente com novas formas de comunicação, de sensualidade e de eroticismo. Pode ser possível que um corpo que demonstre uma deficiência leve consigo novas formas de sensualidade e erotismo?Nós nos centraremos em redefinir o conceito de beleza a partir de cada indivíduo e independizá-lo da valorização maioritariamente exposta ou aceita, contribuindo para criar novos parâmetros de inclusão em uma temática tão complexa e oculta como é a deficiência. Artistas como o fotógrafo alemão Rasso Bruckert em sua exposição Totalmente Imperfectos investigou a possibilidade estética e erótica, carregada de sensualidade desses corpos, criando assim uma obra de extrema beleza, o mesmo feito por Gianfranco Benvenuto com seu calendário 2000, Ángeles sem asas, cujas modelos são mulheres lesionadas medulares e a australiana Belinda Mason-Loveri com sua série Encuentros Intimos que foi proibida em seu país.Negar a diversidade do erótico e reduzi-lo exclusivamente ao corporal, ao genital e a grupos cada vez mais restritos, como ocorre hoje em dia em nossa sociedade, é também negar a diversidade da vida, reduzindo o desejo até esterilizar.
Banalizar o erotismo talvez seja banalizar também a vitalidade, o desejo, a aprovação da vida e a inteligência.
O escritor Julio Cortázar dizia: O erotismo é olhos mais inteligência, ouvidos mais inteligência, toque mais inteligência, língua mais inteligência, pituitária mais inteligência, o resto é pornografia....Nossa nação, este ano, a associação 'De adentro hacia o mundo' presidida por Carlos Echeverría, começou a realizar desfiles de moda integrados, onde algumas das suas modelos são pessoas com deficiência, experiência essa que foi bem recebida pela comunidade de Munro, Partido de Vicente López (Argentina). Para compreender melhor o tema que nos convoca me parece útil recorrer aos próprios testemunhos:“Procuro homem deficiente e sexualmente ativoNão entendi
NÃO SOU MULHER...SOU TRANSFORMISTA. E após algumas aventuras satisfatórias e outras, decidi voltar a procurar um parceiro sexual estável para contê-lo e que me contenha. Tenho uma boa bunda e pernas e, em geral, produzida com lingerie e pintada, posso representar uma mulher muito desejável....e assim como posso ser desejada sexualmente por um tipo mau como por um bom tipo, sempre tratei de que seja com um bom tipo com quem tente chegar a algo...no entanto, hoje, e devido à minha vida dupla (uma social e outra sexual), não preciso de um Adônis para passear por bares, mas um homem para compartilhar sexo na intimidade de quatro paredes, penso que um deficiente, provavelmente me precisa sexualmente mais que um homem sem problemas e devido à eu não buscar compartilhar como expliquei uma vida social, sim uma sexual e muito íntima. Como expliquei acima, hoje tenho a necessidade de ter um parceiro estável (e não é morbo nem por $$$)...que a nível sexual possa eu ajudar e que a seu turno me ajude....e gostaria de fazer isso com alguém que seja uma pessoa Especial....ou seja, um HOMEM-ACTIVO, mas cuja vida sexual seja até o momento totalmente nula ou parcialmente incompleta, por alguma deficiência que não afete sua sexualidade. Sou cross dresser....
-“Sofro com excitações brutais e incontroláveis a cada vez que vejo um homem com poliomielite nas pernas. De menino, ao ver rapazes com essa doença, me produzia ereções e palpitações. Tem algum remédio? Estou preso disto há mais de 30 anos”. Rafael, 35, Espanha.
-“Procuro entrar em contato com uma garota amputada que use muletas para lhe oferecer minha amizade ou alguma relação, sou um rapaz bom não faço mal a ninguém, espero resposta...
-“Olá, sou um rapaz de 21 anos, carinhoso, sem deficiência que gostaria de conhecer alguma garota amputada para estabelecer uma relação de amizade ou o que surja.
-“Desejo conhecer senhora amputada, me parece importante a capacidade exemplar de enfrentar e compartilhar a vida das pessoas deficientes...Para concluir este artigo sobre os fenômenos devotee e wannabe preferimos, mais que teorizar, publicar testemunhos vertidos em diferentes fóruns e que nos mostram a complexidade do tema:É difícil ser devoto
Hace um tempo escrevi nesse fórum manifestando-me como devotee (as meninas amputadas me atraem). Minha intenção nunca foi jogar com as pessoas, mas sim contactar com gente para conversar e tentar intercambiar impressões, pois eu me considero uma boa pessoa e não me parecem justas as afirmações que certas pessoas discapacitadas fazem sobre nós (opiniões que respeito). Não me cabe dúvida que adquirir uma minusvalia, como padecer uma doença, é um golpe importante, mas na maior parte dos casos, felizmente, esses traumas se superam, seja com o apoio de profissionais e/ou com a força de vontade das pessoas. No entanto, ser devotee ou admirador é algo que nasce conosco e nos acompanha toda a vida, e para isso não existe nenhum tratamento curativo eficaz (supondo que fosse necessário). Por isso gostaria de manifestar que, apesar do que muita gente poderia pensar, o devotee não é uma pessoa mais 'viciosa' que outra, se não que é alguém que padece em silêncio um problema que lhe acompanhará durante toda a vida, fundamentalmente por causa do rechego que experimenta pelo próprio coletivo com o qual gostaria de compartilhar sua vida. Estou convicto de que minha vida seria muito melhor se conseguisse uma parceira como a que desejo, à qual daria o melhor de mim e com a qual me sentiria feliz de viver, mas infelizmente ninguém me deu a oportunidade de tentar, porque sou um 'enfermo'. Mas o que mais me dole de tudo é que estou convicto de que se as meninas minusválidas não fossem, não teriam nenhum problema em mostrar seus encantos para utilizar como reclamo sexual, sem importar se os garotos que estão com elas são enfermos porque apenas se sentem atraídos por seus peitos, ou pelo seu traseiro, por dizer alguma coisa, claro. No fim, não estamos predestinados a nada, seremos médicos, donas de casa, bombeiros; teremos filhos, ou não; viviremos bem, ou talvez justitos...etc.?, só sei que sempre serei um ‘enfermo’, e que o jogador de futebol é um triunfador porque sempre está com as melhores mulheres. Então. Quem é o enfermo?: eu que tenho uma atração e a manifestei abertamente, ou quem acha que estou enfermo?
Li há tempo algo que me pareceu interessante, e dizia que não podíamos chamar uma pessoa de drogadicto porque tomava droga, senão que devíamos dizer que é uma pessoa que tem problemas com a droga. Sem querer, ao dizer drogadicto, demos etiqueta a essa pessoa sem valorar as circunstâncias que a conduziram a ela, e sobretudo condenando-a sempre ao fenômeno da drogadicção. Pois bem, não nos tratéis como ‘drogadictos’, pensai que podemos ter coisas boas, e que não todo mundo é mau, simplesmente isso. Obrigado a todos por ler este texto, escrito com o máximo respeito e carinho para todos. Sejam felizes
Mais testemunhos
Soy um rapaz de 34 anos com uma deficiência de Espina bífida que me afeta às pernas. Gostaria de realizar sexo virtual com alguma menina. Busco alguém sem tapujos e sem qualquer tipo de vergonha, apenas desfrutar conigo realizando sexo de qualquer tipo que nos agrade. Não me importa a idade, sexo ou se tiver alguma deficiência...
Me ofereço para servir mulheres deficientes seja qual for sua doença, raça ou idade, servirei-a em todos os aspectos, incluindo trabalhos domésticos, apenas a troco de que me domine absolutamente e se erija como minha proprietária, serei seu escravo incondicional, sem interesse sexual nem econômico. Seriedade. Tenho 34 anos e mais ou menos atraente suponho. Se houver alguma interessada para não perder tempo com anúncios.
Suena um pouco cursi meu mensagem mas bem, te conto que busco conhecer uma mulher (deficiente ou não), eu sou deficiente motor. Dê-me a oportunidade de me dar a conhecer. Tenho 27 anos...
Quisera conhecer mulheres deficientes, não sou deficiente e pois gostaria de ter uma bela amizade com alguma delas, não importa o lugar onde esteja...
Desejo conhecer mulher paraplégica, séria e detallista a partir dos 20 anos, para conhecê-la e estabelecer uma relação bonita, tenho 26 anos. De qualquer parte, preferentemente de...
Recém em uma página de deficiência ouvi mencionar este termo e dizem que os devotee são aquelas pessoas com desarranjos psicológicos por estar atraídas por próteses, orteses, etc., é dizer que não admiram o deficiente senão se excitam pela deficiência em si, é isso certo?...
Tengo 39 anos e não sou deficiente e ¿qué hago aquí? Muito fácil... todos somos muito capacitados para certas coisas e muito deficientes para outras... ou seja, que essa etiqueta pode valer a qualquer um, e do de ’minusválido’ ni qué decir.... enfim, que somos pessoas, isso é o que importa. Tampouco vou deixar vocês ignorarem algo importante sobre mim... sou bissexual, ¿é... Isso uma deficiência ou uma capacidade dupla? Cada um pense o que quiser, é certo que cada um pode viver de forma muito diferente, especialmente se for algo que se leve oculto. E outra coisa que pode surpreender a muitos e que não tenho intenção de calar...e é que sinto uma atração muito especial por pessoas com deficiência física, não é isso também algo que possa diminuir a capacidade de amar? ou ao contrário, ampliar essa capacidade até limites fora do sentido comum? Um abraço forte a todos (e ânimos para os que precisarem)!.
Colarins, aparelhos ortopédicos e outros
A todos vocês. Vou quebrar uma lança em favor do Devotee e do Wannabe. Todos nós temos sofrido na carne a sensação de não ser 'normais' ou apetências que o mundo todo não é capaz de aceitar. Eu reivindico desde minha posição protetora aqueles Devotos que precisam ser necessitados. Alguns querem atenção e outros querem atender. É tão raro assim? Inclusive os que extrapolamos nossa sexualidade para nossa forma de ser, protetora ou necessitada de atenção, devemos entender que isso é uma filosofia de vida. Somos assim e enfocamos nossa forma de ser em nossa sexualidade, como todo mundo. Não se sintam mal os que sofrem ou os que não podem entender a realidade do seu eu mais interno. Eu, desde meu fetiche (me agrada cuidar das mulheres escayoladas – enyesadas -, com colarinho, na cadeira, com corsete... etc.) e sim, me excita. Há algo mal? Se em algo creio que todos coincidimos é na ausência de dor para o outro, como muito apenas queremos cuidar ou ser cuidados. Amemos este maravilhoso dom que temos.
Hola, gostaria de conhecer uma garota devotee para o que surja....MSN, videocam, cibersexo, amizade....o que você quiser...
Sou tetraplégico e gostaria de conhecer gente devotee, para intercambiar opiniões e nos conhecemos. Gostaria de ter uma relação real. Se estiver interessada, escreva-me...
Senhor gay maior devotee deseja contatar meninos com deficiência entre 25 e 45 anos....
Para mim é uma preferência. Como me agradam homens com olhos morenos ou negros também me agradam homens discapacitados. Entre meus primeiros sentimentos e memórias está que eu penso que homens e mulheres discapacitados são bonitos. Não sei por quê. Na proximidade não estive com ninguém com deficiência - ou a menos ninguém com cadeiras de rodas -, porque isso é o que me agrada. Mas em esses sentimentos não há nada sexual. Era muito pequena para saber o que é sexualidade.
A todos vocês. Sou uma garota de 23 anos que se sente atraída por meninos com deficiência. Não sabia que este... Tipo de atração tivesse um nome (devotee), por isso foi uma grata surpresa encontrar toda a informação que este fórum me proporcionou e saber que há mais pessoas como eu.
Sólo gostaria de dizer que me considero uma garota completamente normal em relação às minhas preferências sexuais porque penso que no sexo não há regras e cada um as entende de forma diferente. Há já vários anos que me dei conta dessa atração que sentia e desde então a levo com total normalidade porque entendo que não se trata absolutamente de nada mau. Por outro lado, em meu caso, não é algo que me limite ao hora de escolher uma parceira, é dizer, também me atraem os meninos sem deficiência.
Em qualquer caso, minha atração para os meninos deficientes é apenas uma atração física. Mas ao hora de me enamorar de alguém, para mim são muito mais importantes outras qualidades na pessoa como é sua forma de ser. É dizer, não basta que o menino esteja deficiente, posteriormente para que possa gostar de mim também deve atrair minha personalidade. Por todo isso não considero essa atração diferente de outras que podem ser consideradas mais normais como sentir-se atraída por meninos com cabelos longos, olhos azuis ou qualquer coisa. Pode ser algo menos comum, sim, mas não por isso devo entender que se trate de nenhuma parafilia nem perversão pois em absoluto controla nem limita minha vida. Sou estudante universitária e faço uma vida completamente normal e igual à de qualquer garota da minha idade. Há um ano tive uma relação com um menino paraplégico.
Em princípio me senti atraída por sua deficiência, mas posteriormente foram seu sentido de humor, sua maneira de ver o mundo, sua sinceridade, seu carisma e a tremenda cultura que ele tinha que fizeram que eu me enamorasse dele. Desde o primeiro momento em que nos conhecemos ele soube da minha atração por sua condição física e lhe pareceu maravilloso e benéfico para nossa relação que eu pudesse sentir aquilo. Este é apenas meu caso e Minha experiência. Suponho que a maneira de sentir e a forma de experimentá-la de cada devoto será distinta. De todas formas, com este mensagem apenas tento que as pessoas que escreveram sobre esse tema o tratando de maneira irrespeitosa possam entender melhor e talvez respeitar um pouco mais. Me chamou muito atenção algo que li no fórum referente a esse tema sobre como podíamos nos alegrar do mal alheio. Fui surpreendido muito com esses comentários. Nunca me alegro ao ver que um menino tem sua mobilidade limitada. O meu sentimento não é de gozo nem regozijo por uma desgraça, é um sentimento de atração para uma determinada condição física, é muito diferente.
Mais além da deficiênciaA uma sociedade que recentemente começa a superar preconceitos e ampliar sua visão em relação à vida sexual das pessoas com deficiência, falar sobre devotee ou wannabe é sem dúvida um processo espinhoso. Processo que também divide águas entre profissionais da saúde, psicologia e sexualidade. Solemos empregar critérios estatísticos ou ideológicos para classificar as formas do desejo, excitação e orgasmo humano. Havelock Ellis, o eminente médico inglês, se refere às alternativas ou variantes sexuais quando expressa: 'Todo mundo não é como você, nem como seus amigos e vizinhos. Inclusive seus amigos e vizinhos podem não ser tão semelhantes a você como você supõe'. Compreender as parafilias implica saber até onde os fatos do desenvolvimento do sexo e suas emoções podem ser uniformes e constantes, analisa a Dra. Isabel Boschi.
Mas se podemos deixar claro, mais além de abrir um espaço de interrogantes, é que o mais importante é que qualquer prática onde se parcialize à pessoa e não se a tome em sua totalidade, reveste uma problemática concreta. Como do mesmo modo, as pessoas com deficiência não devem permitir que sejam reduzidas quando, na realidade, são muito mais que a deficiência que portam.
De todos modos, a chegada desses temas aos meios e, por conseguinte, à sociedade, ajuda a romper barreras no anquilosado ideário social, permitindo debater sobre uma grande dívida contra as pessoas com deficiência: o direito ao prazer e o reconhecimento e desenvolvimento de uma sexualidade plena.
Em resumo (meu resumo):
Como a maior parte das coisas da vida, aqui não há branco ou preto, temos um espectro de matizes que nos permitem encontrar uma definição precisa para cada caso, não há bem ou mal, melhor dito, o limite é tênue e impreciso, talvez por se dever ao tamanho do tema. O sexo sempre é difícil de abordar e mais quando adicionamos o contexto da discapacidade.
* Há um 20% a mais de devotos homens que mulheres.
* Em geral os homens preferem ou sentem atração por mulheres amputadas.
* A atração ou preferência das mulheres se centra em homens usuários de cadeiras de rodas (vamos carajo!).
* O perfil sociocultural dos devotos médio-alto é promedio.
* Tanto devotos como wannabes apresentam um alto promédio de autoestima e pensamento intuitivo, mas porcentagens baixas em interesse social, estabilidade emocional e relacionamentos interpessoais.
A vezes, e isso eu digo como discapacitado, a solidão é insuportável e se adicionarmos o nível alto de ignorância que nossa sociedade tem sobre nossa realidade sexual, não temos mais remédio que arriscar-nos a uma relação que poderia nos fazer mais mal do que bem.Podeemos considerar uma maior perversão a atração que sente alguém por um corpo irregular em relação à que se sente por um corpo de mulher bela como pedaço de carne, é assim que o fetiche pelos pés, fluidos escatológicos, certos materiais, certas tendências ao dor ou qualquer outra predileção não é uma parafília, existe apenas um tipo de beleza?Com esses questionamentos pretendo fazê-los pensar, talvez esse trabalho sirva no futuro para tornar as relações humanas algo mais comum e simples. Um abraço e espero seus comentários. Fer 🆒
20 comentários - Sexo e Deficiência: Fãs e Queridos (interessante)
saludos. 🆒
🙂
Yo creo sinceramente q mientras uno haga las cosas q sienta y no perjudique a otra/as persona/as esta todo bien, uno no elige lo q siente.. Ademas tb es como q hay un prejuicio de la gente al creer q las personas con alguna discapacidad, no pueden tener sexo o sentir amor...
A si q Fer aprovecha y empeza a levantar .... y despues no contas.. obvio ... mucha suerte y gracias
P/D: +10 a ver si te hacemos NF che
la verdad nunca supe de este tema
gracias
casi llegas, a ver si te damos una mano campeón 😀
bienvenido, +10 gracias xStyle por avisar 🆒
otra vez: MUCHISIMAS GRACIAS!!!!!