Bom poringa meninos e poringa meninas, aqui trago um dos relatos que meu único amigo gay me conta!
Nos dias subsequentes, embora nenhum dos dois disse nada sobre iniciar nesse momento uma relação, se sentiam como se a mesma tivesse feito. Romero se sentia confuso porque sabia do passado mujeriego de Iván e não podia chegar a crer que o homem houvesse começado a experimentar algo por ele. Chegou a pensar que estava jogando, mas lhe havia beijado e não se podia imaginar que alguém chegasse tão longe apenas para gastar uma brincadeira pesada. De todas formas, com a Eurocopa iniciada e os resultados obtidos pela seleção, que não acompanhavam em nada, a situação foi enrarecendo. Como jornalista desportivo sempre se havia caracterizado por ser muito crítico e incisivo e não havia mudado porque Iván lhe houvesse consolado, abraçado e beijado. Para ele, uma coisa era a vida sentimental e outra a profissional.
As miradas carregadas de reproche que o seleccionado espanhol lhe dirigia quando se cruzavam não lhe molestavam senão que mesmo lhe divertiam. Depois de um dos treinos e após a rueda de imprensa de Iñaki Saez, dispôs-se a recolher o microfone e a gravadora, então sentiu que alguém se situava atrás dele:
•
O que estás fazendo? – O tom soou molesto, Romero suspirou; teriam muitas vezes essa conversa?
•
Meu trabalho? – Voltou-se para encará-lo.
•
Mas...
•
Mira, Iván, vais ter que acostumar-te... Tú disseste que detiveste minha queda porque não írais deixar que me deixasses de tocar as bolas, na realidade essa não é minha intenção mas sou jornalista, quando digo algo procuro que seja verdadeiro ou pelo menos esteja minimamente confirmado e, se meu erro peço desculpas. Não pretendo fazer mal e menos a vós, após tudo eu também sou espanhol, gosto de futebol e, me encantaria que nos regalissem um sucesso...
•
Eu fui vítima de declarações que não fiz ou foram Tergiversadas...
• Por minha parte? – A voz de Antônio tinha um tom de estranheza e contrariedade.
• Não, na realidade tu não...
• É muito fácil meter-nos todos no mesmo saco, mas desconhecemos todo o trabalho que conlleva essa profissão, quero dizer, não é que eu me levante muito cedo, a essa hora de 9, mas é que eu me deito às 3 da madrugada e, isso entre semana, os fins-de-semana não sei nem quando vai começar a jornada, especialmente se jogássemos fora de casa...
• Isso quer dizer que nunca vamos poder ir dormir juntos? – A pergunta de Iván pegou Antônio completamente desprevenido, que se sonrou furiosamente. O jogador de futebol riu ante tal atitude.
• A ver... verdade... é que será difícil que isso aconteça, talvez possas fazer-me teu entre corrida e corrida pela banda. – O repórter se havia recuperado levemente e havia sido capaz de contra-atacar. Iván voltou a rir.
• Não sei quando isso vai suceder, mas que tu me farás teu, isso, tenho-o por seguro. – Romero sorriu suavemente ainda ligeramente colorado. Iván se aproximou dele, olhou para ele e suspirou.
• Lo sinto, talvez quando profundizarmos mais em nossa relação possa compreender melhor.
• Isso espero, porque de verdade que não quero fazer mal a ninguém. Só faço meu trabalho. Não te enfades comigo por isso. – Iván continuou olhando para ele, então lançou um vistazo ao redor e, uma vez comprovado que não havia ninguém, agarrou o rosto com as duas mãos e voltou a beijá-lo.
• Não farei, sinto... e te desejo. – Murmurou sobre seus lábios enquanto Antônio correspondia.
• Tenho que ir-me, Alcalá e Paco esperam meus recortes...
• Recortes? – Os lábios de Iván não se haviam separado da boca de Romero nem um milímetro.
• Opiniões e declarações, chamamos assim. – O jornalista tampouco se havia movido, mas foram obrigados a fazer isso quando ouviram passos aproximando-se. Para ocultar interpretações claras ante essa situação, Iván lhe deu um piscadito e exclamou:
• ¡Modera tus! Opiniões, Romerito! Já sabes o que te digo... – Nesse momento um colega de reportagem da Onda Cero entrou no local e ficou olhando ao mesmo tempo em que Antonio respondia.
• Isso é uma ameaça? Não me faças rir, Helguerita!
– Com passos seguros o repórter da Ser saiu do lugar enquanto seu colega se dirigia a ele surpreendido.
• Está tudo bem, Antonio?
– Ele assentiu e ambos deixaram o jogador sozinho na sala de imprensa.
Definitivamente as coisas não foram bem. A seleção foi eliminada sem sequer passar dos temidos quartos-de-final. Todo mundo estava sublevado, pela atuação e forma como os jogadores e dirigentes escurrieram o bulto.
Segundo entrava em casa após ter voltado da Portugal seu telefone tocou. Um mensagem, sorriu ao ver de quem era. Não havia sabido nada dele desde que tudo se complicara no profissional. As críticas haviam sido duras e não se havia cortado um cabelo, nem sequer ante o fato de que seu coração batia freneticamente com a simples menção do seu nome. Sorriu mais ainda ao ir lendo: “Não posso seguir esperando. Desejo verte, dize onde estás e irei buscar-te”. Escreveu a direção respondendo ao mensagem. De novo, em apenas um minuto chegou a resposta. 15 minutos.
Em apenas esse período deu tempo para ir ao quarto de banho, refrescar-se um pouco e levantar as persianas para abrir as janelas e que a casa se fosse arreando. Olhou à sua volta para se certificar de que tudo estava no seu lugar e se sobressaltou ao ouvir o timbre do interfone, quando perguntou quem era suas mãos começaram a suar. Abriu e esperou até que o jogador subisse no elevador, uma vez o viu no umbral se afastou para ceder-lhe o caminho e quando havia fechado a porta, os braços de Iván empurraram-no contra a madeira e os lábios do defesa procuravam avidamente a boca de Antonio que gemeu ligeiramente ante essa dulce invasão.
O beijo durou um longo minuto, se separaram quando os pulmões começaram a Reclamar sua necessária e vital dose de oxigênio. Se quedaram separados de pé em frente da casa, olhando-se com desejo. Iván passou a língua pelos lábios humedecidos, este gesto foi demasiado excitante para Romero que foi quem esta vez se lançou a beijar ardentemente sua parceira. Novamente demoraram mais de um minuto em se separar, jadeantes:
• Não entendo como podes me fazer tão quente... creo que estou no limiar da combustão espontânea.
• Isso tem fácil solução... – Respondeu com um susurro insinuante Romero, ante o brilho inquisitorial de Iván seguiu. – Ducha-te comigo.
• Me gusta tua ideia.
• Pues ven conmigo. – Le pegou da mão e puxou-o.
Iván se quedou extasiado vendo como já dentro da pequena estância que era o banho, o outro se desvestia. Agora, e sabia bem, o nervioso era ele. Jamais havia estado com um homem. Quando Romero levantou a cabeça viu os olhos dele clavados em sua figura, notou seu nervosismo, assim que lhe sorriu.
• Não te preocupes, não faremos nada que tu não queiras... e, se chegarmos a um ponto de não retorno serás tu quem me tomará. Depois de tudo estou mais acostumbrado, mais adiante, se repetirmos e quiseres, as tornas podem mudar.
• Gra... obrigado.
• Não há que dar graças, amor.
E foi tão natural, tão suave, tão tranquilo. Algo que se alguém o houvesse visto não o haveria descrito apenas como sexo, mas como amor. E apesar do calor, dos corpos ardentes e desnudos, ambos se quedaram dormidos um nos braços do outro.
O barulho das sirenas o despertou, se quedou olhando estranho o teto até que recordou que não estava em sua casa, que essa não eram nem sua habitação nem sua cama. Se voltou mas o que devia ser seu acompanhante não estava, no entanto ouviu ruídos e recordando o que havia acontecido assim como se sentia bem por isso ter passado, se levantou, enrolou a sábana em sua cintura e saiu em busca... do homem. Ele o encontrou na cozinha. Romero ouviu, olhou e sorriu para ele.
• Há fome? – Ivan assentiu enquanto reprimia um bocejo.
• Sabes cozinhar?
• Vivo sozinho desde os 21 anos, era aprender ou morrer de fome.
• Quem te ensinou?
• Embora pareça incrível, Busti e meu mestre na rádio.
• Joserra? – Inquiriu Iván enquanto pegava uma azeitona e se comia, mas Antonio negou com a cabeça.
• Pepe Domingo Castaño, me levou para sua casa com ele e sua mulher... durante duas semanas, ao meio-dia os dois fizeram que eu aprendesse o básico.
• É um mestre para muitos, não é?
• É um monstro, se eu chegasse a conseguir metade do que ele conseguiu, eu consideraria homem realizado.
• Espero que você consiga.
• E eu que você veja. Chegue-me o azeite, por favor. – Iván fez isso.
• Tens férias?
• Sim, até começarem as Olimpiadas, vou como correspondente e estou ansioso para que comecem, é uma experiência única. Embora se trabalhe a destempo...
• Querrías passar essas férias comigo?
• Pensabas que eu querria passá-las com outro? – Romero parou de cortar o abobrinha em rodajas finas e olhou para seu acompanhante. – Iván, o que sou para ti?
• Meu namorado.
• Pues dois adultos que são namorados costumam passar as férias juntos. Claro que quero ir contigo, aonde for. – E Iván se sentiu muito feliz. – Por sinal, você dirá a alguém que somos casal?
• Aos mais próximos, embora não por agora. É que não estou muito seguro de como os meus colegas vão se sentir quando estivermos saindo.
• Pelo fato de talvez pensarem que vou ir contando coisas que não deva, assuntos “íntimos” do time, não?
• Sinceramente, sim...
• Será questão de demonstrar-lhes que não direi nada que eles não queiram que eu diga. Já te disse, caro, sou profissional. – Iván se aproximou dele para beijá-lo suavemente na testa.
• Eu sei, sei que posso Confiar em ti. Embora esses dias tenham sido muito duros con nós... – Romero sorriu de meio lado.
• Melhor me callo o que penso sobre esse assunto... se vocês tivessem visto as lágrimas como uvas de Paco...
• Llorou? – Foi a pergunta surpreendida de Iván.
• Odeia ver vocês perder, mas é que além disso ele se jodiu novamente a perna. – O jogador fez um mohín de dor.
• Vaya! Quantas vezes já?
• Três ou quatro...
• Deveria fazer isso ver por um bom profissional...
• Se o pedimos todos, creio que o Dr. Guillen disse que vai lhe dar uma mão. – Pegou a garrafa de vinagre e verteu um pouco em uma colher, jogou-a em um tacho onde havia o que parecia iogur natural. - Me ajuda?
• Claro, o que faço?
• Fuck a miel..., – Iván fez-o. – Agora joga uma colher no iogur com vinagre e misture-os, enquanto eu esfrio os abobrinhas.
Entre os dois fizeram a ceia e puseram a mesa. Romero sacou do frigorífico uma garrafa de água fresca e pouco tempo depois ambos estavam sentados comendo sob a luz dourada da tarde.
Haviam escolhido um lugar discreto onde Iván não pudesse ser reconhecido. Entre os dois haviam decidido ir para um pequeno arquipélago na Austrália, Lord Howe. Durante as Olimpíadas de Sidney o repórter se tornou amigo de um jornalista australiano com contatos importantes, então eles foram um dos poucos 400 turistas que o local era capaz de aceitar, número estabelecido para proteger o ecosistema extraordinário.
A noite antes de regressar, Romero estava sentado sobre as coxas de Iván, ambos nus, acariciava com suas mãos as largas e fortes costas do garoto, ao mesmo tempo que de vez em quando se inclinava sobre ele e beijava suavesmente enquanto seus ouvidos recebiam os gemidos excitados do jogador, para ele eram a mais bela das bandas sonoras.
• Por favor... – O ouviu murmurar.
• O quê? O que desejas, meu campeão?
• Te preciso, por Favor, Toni... te preciso. Não me torture assim...
• Sentes que te torture? – O tom do repórter era sarcástico.
• Por favor, Toni...
• Shhh, tranquilo, minha vida... – Se moveu ligeiramente para se situar um pouco mais abaixo das nádegas de Iván, pôs suas mãos nelas e as abriu para ter acesso ao seu ânus. Inclinou-se sobre ele e passou ligeiramente a língua pelo local, o gemido de Iván foi intenso e cresceu quando notou como seu amante soprava, o que enviou descargas elétricas que lhe recorreram todo o corpo.
• Iván se agarrava com ambas as mãos ao colchão da cama, precisava fazê-lo porque estava tornando-o louco, louco de prazer, louco de amor. Só podia jadear e gemir, e suplicar porque Romero não parasse. Notou como ele se estendia sobre ele, seu hálito lhe roçava o pescoço, sentiu seus dentes mordiscando-lhe o lóbulo da orelha esquerda. O repórter sabia que isso o enlouquecia.
• Desejas que continue?
• ¡Por favor, Toni... não seas assim de perverso comigo!
• De acordo, meu amor... mas se dói avise e pare...
• ¡Vale, mas não te detengas!
Con sumo cuidado, Antonio foi dilatando o esfíncter de Iván, após humedecê-lo e lubrificar seu próprio membro procedeu a colocar a cabeça do mesmo sobre o ânus, começando a pressionar para adentrarse. Iván mordia a almofada para não gritar. O informador deslizou uma mão por baixo do corpo de seu amante até alcançá-lo ao pênis para acariciá-lo enquanto de vez em quando lhe dava beijos suaves na espinha. Foi entrando nele lentamente, deixando que se fosse amoldando pouco a pouco a seu falo, para que lhe resultasse o menos doloroso possível. Recordava sua própria primeira vez, o delicioso que foi apesar do dor e queria que Iván sentisse essa mesma sensação mas aumentada. Em menos de um minuto estava por completo dentro dele. Sorriu satisfeito, pelo próprio prazer que estava sentindo ele mesmo, a estreiteza de Helguera era sublime e, porque o gemido que este deixou... Sair da sua garganta não foi de dor. Ele havia conseguido, seu menino estava desfrutando tanto quanto ele.
• Não pares, caro... já não dói mais. – Iván jogou uma mão para trás procurando contato com o corpo de Romero, mas este a pegou e a apertou com uma das suas.
• Me pones tão quente.... me excitas tanto.... – Entrava e saía nele sem parar, sem dar-lhe trégua.
Eram dois corpos unidos, respirações agitadas, olhos acesos, gemidos, murmúrios, beijos, exclamações de prazer. O som da colchete como música de fundo e, finalmente, o grito gutural que saiu quase ao mesmo tempo das gargantas dos dois homens. Iván havia ejaculado entre seu ventre e o de Romero, enquanto este o fizera em seu interior. Os dois se deixaram cair, um ao lado do outro, na cama tentando recuperar o fôlego. Antonio passou a mão pela tripa, encontrando-se no caminho com o esperma derramado do seu amante. Levantou os dedos e ficou olhando o esperma com o cenho franzido, com a outra mão pegou um pouco e levou-o à boca. O jogador de futebol o mirava em silêncio fascinado.
• Delicioso... – Murmurou finalmente o repórter com uma sonrisa. – Todo em ti é delicioso. – Pôs-se de lado para olhar seu amante, beijou-lhe suavemente os lábios. – Eres incrível.
• Não tão incrível como és tu, coração. – Iván correspondeu ao beijo e apoiou a cabeça no peito do outro. Poco a pouco foram dormindo, acarinhados nos braços de dois homens que se estavam começando a descobrir enamorados um do outro.
• Por minha parte? – A voz de Antônio tinha um tom de estranheza e contrariedade.
• Não, na realidade tu não...
• É muito fácil meter-nos todos no mesmo saco, mas desconhecemos todo o trabalho que conlleva essa profissão, quero dizer, não é que eu me levante muito cedo, a essa hora de 9, mas é que eu me deito às 3 da madrugada e, isso entre semana, os fins-de-semana não sei nem quando vai começar a jornada, especialmente se jogássemos fora de casa...
• Isso quer dizer que nunca vamos poder ir dormir juntos? – A pergunta de Iván pegou Antônio completamente desprevenido, que se sonrou furiosamente. O jogador de futebol riu ante tal atitude.
• A ver... verdade... é que será difícil que isso aconteça, talvez possas fazer-me teu entre corrida e corrida pela banda. – O repórter se havia recuperado levemente e havia sido capaz de contra-atacar. Iván voltou a rir.
• Não sei quando isso vai suceder, mas que tu me farás teu, isso, tenho-o por seguro. – Romero sorriu suavemente ainda ligeramente colorado. Iván se aproximou dele, olhou para ele e suspirou.
• Lo sinto, talvez quando profundizarmos mais em nossa relação possa compreender melhor.
• Isso espero, porque de verdade que não quero fazer mal a ninguém. Só faço meu trabalho. Não te enfades comigo por isso. – Iván continuou olhando para ele, então lançou um vistazo ao redor e, uma vez comprovado que não havia ninguém, agarrou o rosto com as duas mãos e voltou a beijá-lo.
• Não farei, sinto... e te desejo. – Murmurou sobre seus lábios enquanto Antônio correspondia.
• Tenho que ir-me, Alcalá e Paco esperam meus recortes...
• Recortes? – Os lábios de Iván não se haviam separado da boca de Romero nem um milímetro.
• Opiniões e declarações, chamamos assim. – O jornalista tampouco se havia movido, mas foram obrigados a fazer isso quando ouviram passos aproximando-se. Para ocultar interpretações claras ante essa situação, Iván lhe deu um piscadito e exclamou:
• ¡Modera tus! Opiniões, Romerito! Já sabes o que te digo... – Nesse momento um colega de reportagem da Onda Cero entrou no local e ficou olhando ao mesmo tempo em que Antonio respondia.
• Isso é uma ameaça? Não me faças rir, Helguerita!
– Com passos seguros o repórter da Ser saiu do lugar enquanto seu colega se dirigia a ele surpreendido.
• Está tudo bem, Antonio?
– Ele assentiu e ambos deixaram o jogador sozinho na sala de imprensa.
Definitivamente as coisas não foram bem. A seleção foi eliminada sem sequer passar dos temidos quartos-de-final. Todo mundo estava sublevado, pela atuação e forma como os jogadores e dirigentes escurrieram o bulto.
Segundo entrava em casa após ter voltado da Portugal seu telefone tocou. Um mensagem, sorriu ao ver de quem era. Não havia sabido nada dele desde que tudo se complicara no profissional. As críticas haviam sido duras e não se havia cortado um cabelo, nem sequer ante o fato de que seu coração batia freneticamente com a simples menção do seu nome. Sorriu mais ainda ao ir lendo: “Não posso seguir esperando. Desejo verte, dize onde estás e irei buscar-te”. Escreveu a direção respondendo ao mensagem. De novo, em apenas um minuto chegou a resposta. 15 minutos.
Em apenas esse período deu tempo para ir ao quarto de banho, refrescar-se um pouco e levantar as persianas para abrir as janelas e que a casa se fosse arreando. Olhou à sua volta para se certificar de que tudo estava no seu lugar e se sobressaltou ao ouvir o timbre do interfone, quando perguntou quem era suas mãos começaram a suar. Abriu e esperou até que o jogador subisse no elevador, uma vez o viu no umbral se afastou para ceder-lhe o caminho e quando havia fechado a porta, os braços de Iván empurraram-no contra a madeira e os lábios do defesa procuravam avidamente a boca de Antonio que gemeu ligeiramente ante essa dulce invasão.
O beijo durou um longo minuto, se separaram quando os pulmões começaram a Reclamar sua necessária e vital dose de oxigênio. Se quedaram separados de pé em frente da casa, olhando-se com desejo. Iván passou a língua pelos lábios humedecidos, este gesto foi demasiado excitante para Romero que foi quem esta vez se lançou a beijar ardentemente sua parceira. Novamente demoraram mais de um minuto em se separar, jadeantes:
• Não entendo como podes me fazer tão quente... creo que estou no limiar da combustão espontânea.
• Isso tem fácil solução... – Respondeu com um susurro insinuante Romero, ante o brilho inquisitorial de Iván seguiu. – Ducha-te comigo.
• Me gusta tua ideia.
• Pues ven conmigo. – Le pegou da mão e puxou-o.
Iván se quedou extasiado vendo como já dentro da pequena estância que era o banho, o outro se desvestia. Agora, e sabia bem, o nervioso era ele. Jamais havia estado com um homem. Quando Romero levantou a cabeça viu os olhos dele clavados em sua figura, notou seu nervosismo, assim que lhe sorriu.
• Não te preocupes, não faremos nada que tu não queiras... e, se chegarmos a um ponto de não retorno serás tu quem me tomará. Depois de tudo estou mais acostumbrado, mais adiante, se repetirmos e quiseres, as tornas podem mudar.
• Gra... obrigado.
• Não há que dar graças, amor.
E foi tão natural, tão suave, tão tranquilo. Algo que se alguém o houvesse visto não o haveria descrito apenas como sexo, mas como amor. E apesar do calor, dos corpos ardentes e desnudos, ambos se quedaram dormidos um nos braços do outro.
O barulho das sirenas o despertou, se quedou olhando estranho o teto até que recordou que não estava em sua casa, que essa não eram nem sua habitação nem sua cama. Se voltou mas o que devia ser seu acompanhante não estava, no entanto ouviu ruídos e recordando o que havia acontecido assim como se sentia bem por isso ter passado, se levantou, enrolou a sábana em sua cintura e saiu em busca... do homem. Ele o encontrou na cozinha. Romero ouviu, olhou e sorriu para ele.
• Há fome? – Ivan assentiu enquanto reprimia um bocejo.
• Sabes cozinhar?
• Vivo sozinho desde os 21 anos, era aprender ou morrer de fome.
• Quem te ensinou?
• Embora pareça incrível, Busti e meu mestre na rádio.
• Joserra? – Inquiriu Iván enquanto pegava uma azeitona e se comia, mas Antonio negou com a cabeça.
• Pepe Domingo Castaño, me levou para sua casa com ele e sua mulher... durante duas semanas, ao meio-dia os dois fizeram que eu aprendesse o básico.
• É um mestre para muitos, não é?
• É um monstro, se eu chegasse a conseguir metade do que ele conseguiu, eu consideraria homem realizado.
• Espero que você consiga.
• E eu que você veja. Chegue-me o azeite, por favor. – Iván fez isso.
• Tens férias?
• Sim, até começarem as Olimpiadas, vou como correspondente e estou ansioso para que comecem, é uma experiência única. Embora se trabalhe a destempo...
• Querrías passar essas férias comigo?
• Pensabas que eu querria passá-las com outro? – Romero parou de cortar o abobrinha em rodajas finas e olhou para seu acompanhante. – Iván, o que sou para ti?
• Meu namorado.
• Pues dois adultos que são namorados costumam passar as férias juntos. Claro que quero ir contigo, aonde for. – E Iván se sentiu muito feliz. – Por sinal, você dirá a alguém que somos casal?
• Aos mais próximos, embora não por agora. É que não estou muito seguro de como os meus colegas vão se sentir quando estivermos saindo.
• Pelo fato de talvez pensarem que vou ir contando coisas que não deva, assuntos “íntimos” do time, não?
• Sinceramente, sim...
• Será questão de demonstrar-lhes que não direi nada que eles não queiram que eu diga. Já te disse, caro, sou profissional. – Iván se aproximou dele para beijá-lo suavemente na testa.
• Eu sei, sei que posso Confiar em ti. Embora esses dias tenham sido muito duros con nós... – Romero sorriu de meio lado.
• Melhor me callo o que penso sobre esse assunto... se vocês tivessem visto as lágrimas como uvas de Paco...
• Llorou? – Foi a pergunta surpreendida de Iván.
• Odeia ver vocês perder, mas é que além disso ele se jodiu novamente a perna. – O jogador fez um mohín de dor.
• Vaya! Quantas vezes já?
• Três ou quatro...
• Deveria fazer isso ver por um bom profissional...
• Se o pedimos todos, creio que o Dr. Guillen disse que vai lhe dar uma mão. – Pegou a garrafa de vinagre e verteu um pouco em uma colher, jogou-a em um tacho onde havia o que parecia iogur natural. - Me ajuda?
• Claro, o que faço?
• Fuck a miel..., – Iván fez-o. – Agora joga uma colher no iogur com vinagre e misture-os, enquanto eu esfrio os abobrinhas.
Entre os dois fizeram a ceia e puseram a mesa. Romero sacou do frigorífico uma garrafa de água fresca e pouco tempo depois ambos estavam sentados comendo sob a luz dourada da tarde.
Haviam escolhido um lugar discreto onde Iván não pudesse ser reconhecido. Entre os dois haviam decidido ir para um pequeno arquipélago na Austrália, Lord Howe. Durante as Olimpíadas de Sidney o repórter se tornou amigo de um jornalista australiano com contatos importantes, então eles foram um dos poucos 400 turistas que o local era capaz de aceitar, número estabelecido para proteger o ecosistema extraordinário.
A noite antes de regressar, Romero estava sentado sobre as coxas de Iván, ambos nus, acariciava com suas mãos as largas e fortes costas do garoto, ao mesmo tempo que de vez em quando se inclinava sobre ele e beijava suavesmente enquanto seus ouvidos recebiam os gemidos excitados do jogador, para ele eram a mais bela das bandas sonoras.
• Por favor... – O ouviu murmurar.
• O quê? O que desejas, meu campeão?
• Te preciso, por Favor, Toni... te preciso. Não me torture assim...
• Sentes que te torture? – O tom do repórter era sarcástico.
• Por favor, Toni...
• Shhh, tranquilo, minha vida... – Se moveu ligeiramente para se situar um pouco mais abaixo das nádegas de Iván, pôs suas mãos nelas e as abriu para ter acesso ao seu ânus. Inclinou-se sobre ele e passou ligeiramente a língua pelo local, o gemido de Iván foi intenso e cresceu quando notou como seu amante soprava, o que enviou descargas elétricas que lhe recorreram todo o corpo.
• Iván se agarrava com ambas as mãos ao colchão da cama, precisava fazê-lo porque estava tornando-o louco, louco de prazer, louco de amor. Só podia jadear e gemir, e suplicar porque Romero não parasse. Notou como ele se estendia sobre ele, seu hálito lhe roçava o pescoço, sentiu seus dentes mordiscando-lhe o lóbulo da orelha esquerda. O repórter sabia que isso o enlouquecia.
• Desejas que continue?
• ¡Por favor, Toni... não seas assim de perverso comigo!
• De acordo, meu amor... mas se dói avise e pare...
• ¡Vale, mas não te detengas!
Con sumo cuidado, Antonio foi dilatando o esfíncter de Iván, após humedecê-lo e lubrificar seu próprio membro procedeu a colocar a cabeça do mesmo sobre o ânus, começando a pressionar para adentrarse. Iván mordia a almofada para não gritar. O informador deslizou uma mão por baixo do corpo de seu amante até alcançá-lo ao pênis para acariciá-lo enquanto de vez em quando lhe dava beijos suaves na espinha. Foi entrando nele lentamente, deixando que se fosse amoldando pouco a pouco a seu falo, para que lhe resultasse o menos doloroso possível. Recordava sua própria primeira vez, o delicioso que foi apesar do dor e queria que Iván sentisse essa mesma sensação mas aumentada. Em menos de um minuto estava por completo dentro dele. Sorriu satisfeito, pelo próprio prazer que estava sentindo ele mesmo, a estreiteza de Helguera era sublime e, porque o gemido que este deixou... Sair da sua garganta não foi de dor. Ele havia conseguido, seu menino estava desfrutando tanto quanto ele.
• Não pares, caro... já não dói mais. – Iván jogou uma mão para trás procurando contato com o corpo de Romero, mas este a pegou e a apertou com uma das suas.
• Me pones tão quente.... me excitas tanto.... – Entrava e saía nele sem parar, sem dar-lhe trégua.
Eram dois corpos unidos, respirações agitadas, olhos acesos, gemidos, murmúrios, beijos, exclamações de prazer. O som da colchete como música de fundo e, finalmente, o grito gutural que saiu quase ao mesmo tempo das gargantas dos dois homens. Iván havia ejaculado entre seu ventre e o de Romero, enquanto este o fizera em seu interior. Os dois se deixaram cair, um ao lado do outro, na cama tentando recuperar o fôlego. Antonio passou a mão pela tripa, encontrando-se no caminho com o esperma derramado do seu amante. Levantou os dedos e ficou olhando o esperma com o cenho franzido, com a outra mão pegou um pouco e levou-o à boca. O jogador de futebol o mirava em silêncio fascinado.
• Delicioso... – Murmurou finalmente o repórter com uma sonrisa. – Todo em ti é delicioso. – Pôs-se de lado para olhar seu amante, beijou-lhe suavemente os lábios. – Eres incrível.
• Não tão incrível como és tu, coração. – Iván correspondeu ao beijo e apoiou a cabeça no peito do outro. Poco a pouco foram dormindo, acarinhados nos braços de dois homens que se estavam começando a descobrir enamorados um do outro.
1 comentários - Meu amigo gay e suas experiências I (conto erótico)
gracias